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Já é um jovem do século XXI e é com irreverência, própria da idade, que exprime o desejo de ouvir com toda a clareza os clientes, aconselhando-os a escolher equipamentos em que o “som produzido seja o mais próximo e fiel possível ao original”. Aliado a este toque de personalidade, neste espaço oferece-se um catálogo composto por míticas e internacionais marcas. E já este ano, a panóplia aumentou com grandes nomes.

Dois anos depois do virar do século nasceu a Exaudio, loja de aparelhos de som em Alcabideche, sob a mão de João Pina – adepto incondicional da música e das particularidades do som – respondendo a uma necessidade da época que era a “de adquirir colunas provenientes de uma das marcas mais conceituadas a nível internacional e das mais usadas nos estúdios profissionais de gravação de referência mundial, a ATC”. Apesar de já existirem em “inúmeras produções discográficas nacionais”, em Portugal, não havia uma representação em escala. Com 21 anos de existência na indústria musical, o administrador conta-nos que se destacam “pela qualidade dos aconselhamentos prestados aos clientes, mas também pelo seu know-how, uma vez que tem 18 anos de carreira na área e a sua formação é diferente da maior parte dos protagonistas do resto do mercado”. Neste compasso, o objetivo “é sempre a melhor prestação sonora possível na casa do consumidor, de forma a que este disponha de toda a informação suficiente para tomar uma decisão consciente sobre o que efetivamente faz sentido adquirir, em ter-mos de equipamentos, sendo assim, a parte comercial vem sempre em segundo lugar”. E aqui, ao contrário do tango que se dança a dois, não se vendem “dois sistemas iguais”, logo, não disponibilizam soluções “one size, fits all”, porque “cada cliente e sistema são únicos”.

Relativamente ao perfil de utilizadores da Exaudio, João Pina relata que são principalmente “homens, acima de 45 anos, com algum poder económico e apreciadores de música, sejam audiófilos, ou melómanos”, portanto os novos curiosos ainda são muito poucos. No que toca a marcas, a “aparelhagem” é extensa e vai a todos os gostos, onde o cliente pode “escolher a que mais lhe dá prazer ouvir”. Atualmente, as principais são “o ATC, Acapella, Audio Note, Bryston, Bricas-ti Design, Chord co. e TAD. Todavia, já este ano apresentaram novas, como a “Thales Tonearms e Turntables – marcas de gira-discos e braços feitos na Suíça; as Células EMT – dos fabricantes mais conceituados e antigos no mercado de células de gira-discos; a X-quisite – que dispõe de células de preço premium com nova tecnologia, envolvendo peças cerâmicas; por último e talvez das marcas mais prestigiadas que conseguimos até hoje: TAD – mítica Japonesa de colunas, subsidiária da Pioneer, destinada ao mercado ultra high end”. Este piano de opções “tem contribuído para um posicionamento da empresa no mercado diferenciado, pois estamos a falar de entidades de referência e com historial no mercado internacional”. Esta empresa portuguesa também é importadora e distribuidora. E nesse capítulo, exportam exclusivamente algumas marcas para Espanha, nomeadamente Acapella Audio, Bricasti design, Merging,Nottingham Analogue, Signal Projects, TAD e Tom Evans Audio Design.


Aspetos a ter em conta na hora de comprar o SOM

Questionado sobre os aspetos que se deveriam de ter em conta no ato de compra de um aparelho de áudio, João Pina, perentoriamente diz “tanta coisa”, como por exemplo “o tipo de música, o tamanho da divisão onde será colocado, a preferência pelo volume da música – ora se prefere ouvir em volumes baixos ou altos – a compatibilidade com outros componentes de um sistema existente, e por fim o orçamento”. O próprio adianta ainda que “na maioria das vezes o maior entrave podem ser as condições acústicas das divisões”. Essas “podem ser tratadas com painéis acústicos, contudo existe no mercado uma grande relutância em optar por essa escolha, apesar de o design que os mesmos apresentam já se enquadrar com qualquer tipo de decoração”.

O futuro do SOM em Portugal

O responsável da Exaudio, desafiado a abordar o panorama da música em Portugal, respondeu que “o país por si só não é muito dado à apreciação de música como arte e cultura”, apontando a falta de aprendizagem musical nos estabelecimentos de ensino como uma grande razão para www.exaudio.pttal. Isso leva a que as gerações mais jovens “não compreendam o conceito de se sentarem e apreciarem música com qualidade”. Para estes, em particular, “o ato de ouvir música é algo que acontece no concerto gratuito que uma Câmara Municipal possa oferecer, no rádio do carro, na discoteca, ou no supermercado”. Ora, não investem num sistema dedicado a tal, sendo-lhe até “completamente estranho”, sobretudo em tempos em que há distância de um toque, toca som numa plataforma de streaming.


Por isso, dando uma reviravolta à situação, João Pina convida todos os leitores da Mais Magazine a passarem pela loja e “ouvirem por eles próprios a qualidade de som que podem ter em casa”. Caso aceitem a sugestão, aconselha a que façam uma marcação prévia. Antes do final da conversa, o administrador ainda revelou que para o futuro da organização pretende “agregar mais algumas marcas de referência e continuar a lutar por sermos melhores, porque nunca nos interessou ser-mos os maiores”.