A fronteira com Espanha, a oriente, e o Guadiana, a ocidente, são as grandes fronteiras do concelho de Moura. A água dos seus rios e ribeiras, a fertilidade de boa parte das terras e a abundância de minério desde cedo que chamaram gente a este território. Longe dos grandes entrepostos comerciais do litoral, foi na terra e da terra que a população do concelho sempre viveu. Foi assim que, ao longo dos séculos, se organizaram e expandiram as aldeias. Foi assim que o concelho de Moura fez a sua história e se afirmou.
Para além de Moura, sete localidades, Amareleja, Safara, Sobral da Adiça, Póvoa de S. Miguel, Sto. Aleixo da Restauração, Santo Amador e Estrela, dão corpo e alma ao concelho. São sítios bem distintos, de personalidade própria. Envolvem-nos as oliveiras, que são imagem de marca do concelho. Nas suas imediações, ou cruzando-o, há rios, onde se pesca. Os campos são ainda terreno de caça ou, onde tal é possível, de passeio.
O ritmo da vida, ainda hoje marcado pelas estações agrícolas, é tão antigo como o próprio concelho. As quatro estações do ano conhecem ainda uma sequência com poucas alterações. Não se perdeu, assim, a arte de fazer os excelentes queijos, a doçaria, os enchidos, os vinhos e azeites que são motivo de orgulho para o concelho de Moura.
Num território onde a vida sempre correu num harmonioso equilíbrio entre o Homem e o meio ambiente à sua volta, novas perspectivas se abrem neste início do século XXI. O sol, fonte inspiradora de um arrojado projeto de energias renováveis, situado em Amareleja, a barragem de Alqueva e a futura exploração da Herdade da Contenda (propriedade do município) permitem aos habitantes do concelho uma renovada esperança e a perspectiva de um futuro melhor.