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A Guarda é uma das cidades mais antigas de Portugal. As paisagens agrestes e os caprichos da natureza, mas também a pureza do ar e a proximidade de tudo o que a cidade oferece, certificam este território como um bom sítio para viver. Da gastronomia ao artesanato, dos equipamentos às atividades que preenchem facilmente os tempos livres, da proximidade ao emprego, às ótimas acessibilidades a outras paragens, João Prata, Presidente, dá-lhe a conhecer nesta edição uma mão cheia de motivos para viver e sentir este território.

Na Guarda respira-se um ar saudável e leve, próprio da montanha onde está inserida – a Serra da Estrela, a maior área protegida portuguesa. Herdeira de um património cultural rico e único de mais de 800 anos de História, a Guarda é símbolo do diálogo entre culturas e religiões e espaço privilegiado de encontro. A Guarda é um território culturalmente rico, onde a autenticidade e a tradição se aliam à criatividade.

A cidade mais alta de Portugal (1056 metros), foi e ainda é reconhecida como a cidade dos F’s – Forte, Fiel, Fria, Formosa e Farta. A sua origem tem várias explicações e ninguém melhor que João Prata para nos explicar a origem desta denominação: “Forte foi o seu desempenho de guardiã do reino dos invasores castelhanos. Fiel, porque em tempos de invasão houve um verdadeiro e corajoso alcaide da Guarda, Álvaro Gil Cabral que preferiu guerrear a entregar as chaves da cidade ao invasor. Fria, pela Serra da Estrela que a resguarda dos ares marítimos, e deixa o bom e seco frio aqui e ali acompanhados pela precipitação em forma de neve. Formosa, pela sua beleza ainda ligada a uma ancestralidade com presença marcante na zona histórica, desde a torre de Menagem à muralha do Castelo, passando pela Torre dos Ferreiros e pela majestosa Sé Catedral. Farta, pela bondade divina que lhe deixou vastos e férteis terrenos que, quando agricultados, e mercê da bondade climática de alguns dos vales existentes, permitia e permite abastecer com a qualidade dos produtos da terra as populações”.

Assim é a Guarda, que oferece a história conjugada com a monumentalidade patrimonial e ambiental das suas vastas rotas. Uma gastronomia a gosto numa cidade hospitaleira e de portas abertas a todos os que a queiram visitar. “As ruas da zona urbana da Freguesia da Guarda são carregadas de história, retratos de momentos importantes da história do nosso país”, ressalva o presidente. Nelas passamos pela judiaria, a marca do segundo rei de Portugal, por autores eminentes da literatura do país, pelas marcas das relações com Espanha. Guarda é também presente, espelhado nos edifícios que almejam objetivos para um futuro construído a partir das raízes.

Um executivo em prol do desenvolvimento
A Freguesia da Guarda resulta do processo de agregação de três freguesias urbanas: Sé, São Vicente e São Miguel. João Prata lidera os destinos deste território desde 2013. As áreas alvo de especial incidência no mandato 2013/2017 foram precisamente cuidar da agregação efetiva das três Freguesias, “integrar os funcionários, modos de trabalho, a clara melhoria dos serviços e da oferta dos mesmos à população e reforçar a presença /marca da “Freguesia da Guarda junto da população”, explica o autarca.

Após a reforma administrativa nacional, a freguesia ficou com 26 mil habitantes e cerca de 40Km2 de área, onde se envolve uma boa parcela urbana e uma vasta área marcadamente rural. “É, pois, uma freguesia completa e valorizada, precisamente por essa diversidade territorial”, afirma.

O primeiro e segundo mandato ficaram ainda marcados pelo esforço de proximidade, com a realização das sessões da Assembleia de Freguesia deslocalizadas nas sedes das associações da Freguesia abertas à população. “Iniciámos as reuniões nos bairros residenciais para aferir as necessidades e os anseios da população”.

Na área educativa o executivo apostou na qualificação e apoio ao ato educativo, incrementando projetos de apoio nos jardins-de-infância com educação física, musical e dramática. Depois, nas turmas do 1º ciclo, com uma proposta assente na preocupação de apoiar as crianças na transição/inserção no 1º ciclo com o projeto “Estou Atento, Assim Aprendo Melhor”. “Envolvemos nestas duas apostas mais de 600 crianças”, confessa o edil. Também a população sénior foi alvo de especial atenção por parte do executivo liderado por João Prata, que desenvolveu um conjunto de iniciativas direcionadas aos mais velhos.

“Conseguimos também implementar as hortas comunitárias e, neste momento, estamos também empenhados em recuperar os cinco fornos existentes na Freguesia”, assume o presidente que tem depositado ainda um esforço maior no cuidado e manutenção dos sete cemitérios geridos pela Junta de Freguesia. O apoio às associações de base conheceu também um forte impulso, resultado da imprescindível cooperação com a Câmara Municipal. “Participámos no programa Erasmus+, conseguimos o Galardão da Bandeira Verde e na Economia Circular concretizámos o projeto “Guarda sem Desperdício”, enumera.

Neste mandato autárquico, para além da continuidade dos projetos já desenvolvidos, o executivo tem vindo a apostar no fator “proximidade”, através do projeto “Provedor do Bairro”. Mas os projetos em vista para a Freguesia não param por aqui, como nos explica João Prata: “Pretendemos concluir e, principalmente, valorizar a oferta do forno comunitário. Para além disso, temos também um conjunto de edifícios onde pretendemos intervir fisicamente e agregar-lhes várias atividades. A equipa do serviço externo continuará a marcar a presença com intervenções de limpeza, manutenção e conservação de caminhos, edifícios, logradouros, áreas verdes e nos terrenos sobrantes nas zonas residenciais, bem como nos pomares”.

Poder Local: cidadania e participação
O Poder Local tem a sua principal força na proximidade às populações, afirmando-se como a primeira voz do povo. Por sua vez, o cidadão encara-o como o seu primeiro grande parceiro, aquele a quem se deve dirigir em primeira linha e onde deve colher o apoio
necessário. Para o executivo liderado por João Prata, o grande objetivo será sempre o de promover o envolvimento e a responsabilização de cada cidadão como agente capaz da mudança na sua freguesia. “Tentamos dar voz às preocupações dos fregueses perante as entidades competentes e ser a resposta pronta, quando disso somos capazes”, esclarece o presidente.

Vivificar a participação cidadã é um dos principais objetivos do atual executivo que reconhece nas freguesias portuguesas “a oportunidade de uma aprendizagem e prática da democracia participativa”. “Vamos continuar a realizar encontros frequentes
com a nossa comunidade, com o tecido associativo, dinamizaremos mais o espaço público com potencial de encontro dos cidadãos para incentivar todos os cidadãos na partilha e construção das melhores decisões /soluções para o nosso território”.

Durante os vários picos da pandemia de covid-19, as freguesias estiveram muito presentes nas suas comunidades, como por aqui na Freguesia da Guarda, entregaram alimentos em casa, mantiveram as respostas aos cidadãos na componente administrativa e nos espaços do cidadão e postos dos CTT, envolveram-se em campanhas de angariação de fundos, participaram em operações de desinfeção dos locais, apoiaram as entidades de saúde no contacto e transporte da população idosas para a vacinação, entre muitas outras ações. “Com o que temos e o que conhecemos fomos construindo as respostas possíveis e necessárias”, conta-nos João Prata, acrescentando que “acima de tudo tentou-se, com fortes evidências, praticar a proximidade que tanto está associada às Juntas de Freguesia”.