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Localizado junto à Praça de Touros De Almeirim, o restaurante “O Forno” é um espaço tipicamente ribatejano que tem para oferecer aos seus clientes as melhores iguarias da região. António Martins, proprietário do restaurante, falou à Mais Magazine sobre os valores caraterísticas da sua casa e dos principais pratos e vinhos que aqui pode encontrar.

O restaurante “O Forno” é um espaço que conta já com muitos anos de atividade, tendo também uma importante vertente familiar associada. Conte-nos um pouco sobre a história deste espaço e também sobre a formo como assu-miu as rédeas deste restaurante.

“O Forno” foi um sonho concretizado pelo meu sogro, em 1982! O Sr. Henrique era uma pessoa que se relacionava muito bem com as pessoas da terra, onde era sempre solicitado para fazer petiscos que todos apreciavam muito. O sonho foi crescendo e a ele se juntou a família direta e nasce assim esse projeto. Mais tarde, infelizmente, com a incapacidade devido a doença, o meu sogro entrega a mim e à minha mulher as rédeas da casa.

Quais as principais caraterísticas e valores que marcam o vosso serviço e que vos tornam diferenciados face aos outros estabelecimentos da área da restauração na região?

a evolução dos tempos algumas coisas tiveram a necessidade de serem ajustadas! Mas tal como o Sr. Henrique dizia: “a publicidade mais importante faz-se no prato do cliente”. Produtos frescos e de qualidade aliados a uma forma de os cozinhar com simplicidade foram sempre as caraterísticas e os valores preservados ao longo de todos estes anos.

Quais as principais iguarias que compõe o vosso cardápio e que gostava de destacar, nomeadamente os pratos típicos do Ribatejo?

A nossa ementa logo desde o início foi uma inovação para Almeirim. Introduzir o peixe fresco foi o principal. Éramos uma terra de boa Sopa da Pedra e carnes grelhadas. O meu sogro cozinhava muito bem peixe e pensou em arriscar no melhor que o mar tinha para oferecer. Foi um sucesso para nós! Os clientes tiveram uma adesão enorme ao peixe grelhado. Incluindo também pratos de bacalhau onde podemos destacar a nossa Tiborna de Bacalhau, o Bacalhau à Brás e o Bacalhau à Lagareiro com migas. Falando dos nossos pratos de carne, posso destacar os nossos Bifes à Casa e à Portuguesa, as costeletas de borrego grelhadas e as tradicionais febras grelhadas. Num passado mais recente chegaram os secretos de porto preto e as carnes de vaca maturadas que são sempre uma boa refeição. Nos pratos do dia que é uma referência da nossa casa, destacamos o ensopado de borrego, a vitela assada no forno, o pato no forno com o seu arroz de forno ou a galinha à antiga. Sazonalmente, durante o inverno, temos o Cozido à Portuguesa muito apreciado na nossa casa.

A nível dos vinhos o seu restaurante apresenta uma oferta cuidada e diversificada e que, principalmente, re-presenta a região de bons vinhos como é o Ribatejo? Fale-nos um pouco sobre a vossa carta de vinhos.

nós numa região vitivinícola, temos a destacar a grandiosidade da nossa Adega Cooperativa de Almeirim, uma das maiores do nosso país, assim como as nossas casas agrícolas, algumas delas seculares. Tentamos ter sempre vinhos de todas elas. Devido à nossa situação geográfica, onde os portugueses se deslocam de norte a sul do país, temos o cuidado de tentar agradar a todos eles, tendo as melhores referências de vinhos do nosso país.

Nos últimos anos, a região ribatejana tem se assumido como um importante polo magnético a nível turístico. No seu restaurante sente o maior impacto turístico no dia a dia? Qual a importância desta vertente no negócio?

Sem dúvida que a região do Ribatejo tem crescido bastante, somos um povo de trabalho! E a restauração tem um peso e uma responsabilidade enorme no setor do turismo. Existem algumas dificuldades ao nível da capacidade de resposta para os nossos clientes. Falo do estacionamento com maior capacidade, de pessoal qualificado para todos os setores da restauração e uma abordagem diferente na organização entre a própria restauração de Almeirim, para que possamos ter um serviço diariamente mais eficaz aos nossos clientes.

Quais as principais metas a curto/médio prazo para o restaurante “O Forno”?

restauração exige tempo, muito trabalho e resiliência. Gostaria muito de poder continuar a inovar e a conseguir manter as rédeas desta casa com o suporte de uma boa equipa para que possamos manter as caraterísticas com que nasceu e cresceu. No futuro, melhorar e acreditar que a nossa restauração que irá continuar forte, numa Ribatejo que tem muito para oferecer.