É o Politécnico mais jovem do país, mas já conta com “27 anos de existência e de experiência”, “6200 estudantes, cinco escolas – Gestão, Tecnologia, Design, Hotelaria e Turismo e a Técnica Superior Profissional – quatro polos localizados em Braga, Guimarães, Famalicão e Esposende, além do Campus em Barcelos”. As portas para o próximo ano letivo 2022-2023 vão ser abertas com algumas novidades na oferta formativa.
É na cidade do Galo mais famoso de Portugal que o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave está situado. É novo em idade, mas maduro em experiência de ensino. Ao longo dos últimos anos o crescimento tem sido “exponencial” e “sustentado”. Em conversa com a Mais Magazine, a Presidente desta Instituição – Maria José Fernandes – afirma que o destaque do estabelecimento está na procura constante de “fazer diferente” e na “preocupação de criar cursos que aportam valor para a região” onde se inserem e dessa forma “completam a oferta formativa disponível”. Esta “vocação” em capacitar os habitantes, através do “conhecimento prático” e da “investigação” que desenvolvem reflete-se “no crescimento das empresas, da região e do país”. E a ligação de mãos dadas com a “qualificação”, desta cidade do distrito de Braga, nomeadamente em cursos pós-laborais, é justificada com os números favoráveis em “população jovem e adulta”. Esses que agora têm a “oportunidade” de voltar aos sonhos e objetivos, fazendo “formação superior” e “com isso, melhorar a sua qualidade de vida e da comunidade envolvente”.
O Politécnico “com uma das mais elevadas taxas de colocação de vagas a nível nacional” assume nas suas opções formativas um alinhamento “com a realidade das empresas” e um “trabalho em rede”, de modo a responder às suas necessidades. Nesse sentido, no ano letivo que se avizinha haverá algumas novidades, pois “funcionará pela primeira vez a licenciatura em Design Audiovisual”, aprovada “no âmbito do PRR, do Impulso Adultos, estando também aprovada a licenciatura em Gestão Hoteleira”. Para o próximo ano letivo foram também aprovados “um conjunto de mestrados profissionais, inseridos no programa Impulso Adultos, do PRR”, “direcionados para vertentes empresariais e industriais e que visam a requalificação ou aquisição de novas competências para profissionais integrados no mercado de trabalho, e com mais de cinco anos de experiência”. Os cursos deste novo ciclo de estudos que já foram aprovados são: “Modelação 3D e Fabrico Aditivo, Logística e Gestão da Cadeia de Abastecimento, Tecnologias de Apoio à Educação STEAM, Gestão das Operações, Gestão Fiscal e Gestão para Executivos.”
“Além da oferta formativa tradicional de licenciaturas e mestrados”, o IPCA tem apostado nos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP). Atualmente dispõe de “35 CTeSP, um número muito expressivo, em “áreas chave, que possibilitam maior empregabilidade”. Maria José Fernandes indica que “nestas formações” apostam numa “relação com o mercado”, tendo cursos a funcionar mesmo nas empresas ou com docentes que são altos quadros do meio empresarial.
Internacionalização e investigação como pontos estratégicos do IPCA
A vertente internacional é uma “aposta estratégica” desta entidade de ensino, uma vez que consideram crucial “manter e ampliar” a aliança de parcerias que reforcem a “cooperação internacional entre instituições”. A Presidente adianta que a integração do Politécnico “na Regional Universal Network (RUN-EU) com o Politécnico de Leiria e mais cinco instituições internacionais” veio “proporcionar aos nossos estudantes múltiplas experiências de mobilidade e aquisição de competências”.
A investigação também é um fator determinante para esta organização que tem “três unidades de I&D classificadas com “Muito Bom” pela FCT” (2AI, CICF e ID+) e por isso investe recorrentemente na “qualificação do seu corpo docente”. Prova desta priorização é hoje possuírem nas suas instalações “80% por cento de docentes doutorados e quase 100 investigadores, entre bolseiros de investigação e estudantes de doutoramento.”
Os projetos para o futuro
Questionada sobre os projetos para o futuro do IPCA, a responsável adiantou que têm prevista a “construção do B-Cric”. O alargamento do Campus de Barcelos é um objetivo há “muito ansiado” e que com uma “nova identidade” vai ser capaz de responder às necessidades do Instituto e da região. Nele, vão ser agregados os “centros e áreas de investigação, a residência de estudantes e um auditório multiusos, que também servirá a comunidade”.
Para além disso, Maria José Fernandes referiu que “está para breve” a consolidação da sexta escola do Politécnico, que será dedicada ao “Desporto, Bem-Estar e Sistemas Biomédicos”; mas também a “concretização da Escola de Design no centro da cidade de Barcelos; a passagem da Escola de Hotelaria e Turismo para a Escola-Hotel, em Guimarães e por último “a construção de um edifício para albergar o polo de Esposende, onde ficará também a Escola de Verão do IPCA”.