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Está presente no concelho de Leiria com cinco escolas superiores – Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Escola Superior de Saúde. Mas também em Caldas da Rainha – Escola Superior de Artes e Design, e em Peniche – Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar. Presta um ensino “multicultural e global”. A próxima “época” vai arrancar com uma plataforma online de voluntariado.

É a “nona maior instituição de ensino superior em Portugal”, mas garantem que não sentem “mais responsabilidade” por carregarem esse reconhecimento. Apenas “a ambição de continuarem a dar mais e melhores respostas às necessidades da sociedade, particularmente da região” onde estão inseridos, começa por nos contar o Presidente do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa. Por isso, a oferta formativa deste estabelecimento de ensino, além de ser “sólida” e “reconhecida pela sua qualidade técnica e científica”, ainda é articulada com as “necessidades e saídas profissionais da região e do país, numa clara colaboração com “os principais atores da região”. É daí que surge a mais recente colaboração com a LSI STONE, uma empresa da região em que os objetivos passam “por valorizar um dos mais ativos, dinâmicos e empreendedores setores económicos” da região – a transformação e valorização da pedra natural – e promover “estágios, bolsas aos nossos melhores estudantes, projetos de investigação com impacto, serviços de I&D especializados e residências artísticas”.

“Transforma Politécnico de Leiria” é o novo reforço para o ano letivo que se avizinha. É uma plataforma de voluntariado on-line, desenhada para “facilitar e promover” este “valor” “à comunidade académica”, “não só em função das necessidades das diversas iniciativas promovidas” por este Politécnico, “mas, principalmente, pela região”. Em termos práticos o processo passa pela comunidade envolvente, e aqui falamos dos “municípios, organizações sociais, centros hospitalares e unidades de saúde” colocarem nesta ferramenta as ações que necessitam de voluntários para que depois os alunos se inscrevam naquelas que lhes saltam à vista e vão ao encontro dos seus interesses. Através deste meio vai ser possível afirmar a “responsabilidade social” do Politécnico, bem como a sua “estratégia institucional na área de formação”. Além das valências “técnicas e científicas”, a presidência pretende que os estudantes, “os profissionais de hoje e do futuro, tenham competências transversais, emocionais e elevados valores de cidadania”, no sentido de virem a ser mais “valorizados pelos empregadores” e contribuírem “para um mundo mais coeso, mais justo e solidário”. No fundo “possibilitar a geração de um CV social, válido e credível”.

Rui Pedrosa

Internacionalização e a investigação de mãos dadas pela inovação e competitividade
O Politécnico de Leiria também aterra em pistas internacionais, uma vez que são “líderes da RUN-EU Regional University Network – European University”. A “aliança europeia” que têm construído é “uma grande conquista e oportunidade para a nossa transformação e para nos tornarmos ainda mais competitivos nacional e internacionalmente, pois estamos a falar de investimento estratégico na inovação pedagógica, na criação das competências do futuro”, na concretização de “cursos curtos avançados, em conjunto com outras universidades da Europa”. Outro dos programas internacionais que estabelecem e que Rui Pedrosa não deixou de referir são os “European Degrees”, afinal “os grandes objetivos de todas as universidades europeias”. Tratam-se de “graus em associação e duplas titulações”, que permitem “uma maior competitividade para a participação em projetos I&D internacionais” e a “colaboração entre as diferentes regiões dos seis países que hoje integram a RUN-EU”.

O Politécnico de Leiria tem igualmente um papel vincado na investigação. Voltou a ser considerada como a instituição politécnica em Portugal com o maior número de pedidos de patentes. Para o Presidente do Politécnico de Leiria este é um “facto que resulta da capacidade dos nossos professores, investigadores e estudantes criarem e inovarem em novos processos, serviços e produtos”. Rui Pedrosa acrescenta ainda que este resultado decorre “do ecossistema de investigação e inovação, abraçando um “elevado número de projetos I&D aprovados e executados, as estratégias de apoio institucionais e os projetos de inovação de suporte às atividades de I&D resultantes das nossas unidades de investigação e das nossas Escolas.”

A prezada ligação ao Mar
O Politécnico de Leiria tem uma ligação quase umbilical com o Mar. Ao longo do tempo tem “dado o seu contributo inequívoco para a sustentabilidade e valorização da economia do mar”, mediante os “investimentos realizados na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), na infraestrutura científica CETEMARES” e, mais recentemente, “no parque de ciência e tecnologia do mar, SMARTOCEAN”. No início de junho, José Maria Costa, Secretário de Estado do Mar, no âmbito da sua intervenção na Conferência Economia do Mar, enalteceu esta união. Algo que para o Presidente da instituição foi “muito relevante”, acabando até por dar “alento para fazermos ainda mais e melhor”.

Relativamente aos projetos para o futuro, Rui Pedrosa destaca – no âmbito do projeto PRR – “a aprovação do Skills4Future, com a nova Escola Superior de Educação e Ciências Sociais”; a criação do “Learning Factory na ESTG, ligada à fabricação direta digital e à indústria 4.0”; o desenvolvimento de “três novos laboratórios no hub de inovação em saúde e o reforço do centro de simulação clínica”; a construção de “novas residências” e a “requalificação das existentes”; e a renovação e ampliação de edifícios de algumas escolas. Já em oferta formativa, vão existir novos mestrados – “Fisioterapia, Cuidados Paliativos, Terapia da Mão” – em colaboração com a Universidade de Burgos, Economia Azul e Circular e um novo doutoramento – Criação Artística – em associação com a Universidade de Aveiro e com o Politécnico do Porto.”