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O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) destaca-se por uma formação e qualificação diferenciadora, abrangendo uma grande diversidade de áreas de conhecimento, distribuídas por quatro escolas e 56 cursos. Luís Loures, Presidente do IPP, esteve à conversa com a Mais Magazine e deu a conhecer um pouco melhor esta instituição.

Criado há 42 anos (agosto de 1980), o Politécnico de Portalegre tem crescido alinhado com sua identidade enquanto instituição de Ensino Superior Público situada no Alto Alentejo. Atualmente, integra quatro Escolas Superiores – a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, a Escola Superior de Saúde, situadas em Portalegre, e a Escola Superior Agrária, localizada em Elvas, – que oferecem um largo espetro de programas de formação. “O Politécnico de Portalegre tem no alinhamento da sua oferta formativa uma forte preocupação a nível regional e nacional, centrada nos objetivos de desenvolvimento estratégicos do território”, explica o Presidente da instituição de ensino. Neste sentido, o IPP enquadra a sua oferta formativa para temáticas estruturantes, como o desenvolvimento sustentável, a digitalização, a descarbonização, a responsabilidade social ou a economia circular, afirmando-se, cada vez mais, nestes domínios a nível nacional e internacional.

O Ensino Superior como fator de desenvolvimento regional

O IPP tem como uma das suas grandes preocupações o desenvolvimento regional, tendo uma forte relação com a comunidade envolvente. Por outro lado, preocupa-se em acompanhar a inserção profissional dos seus alunos, criando condições para a sua fixação na região. “Esta estratégia ligada à região e atenta às necessidades, inclui e valoriza o acompanhamento dos nossos estudantes na inserção na vida profissional. Se isso acontece ainda durante a formação é reforçado pela possibilidade de integração na BioBIP – a nossa incubadora de empresas”, elucida. Em funcionamento desde 2015, esta estrutura do IPP, vocacionada para a incubação de empresas e/ou projetos, ultima a ampliação do seu espaço, com a BioBIP2 – TechTRASFER. Graças a um investimento de cerca de quatro milhões de euros está prevista a aquisição de novos equipamentos para a nave da Bioenergia e a criação de um centro de experimentação e prototipagem, animação e multimédia. “Esta ampliação irá ainda capacitar a atração de novos investimentos, mas também estimular o potencial criativo e empreendedor dos nossos estudantes em articulação com a rede Alumni”.

Apesar desta forte aposta regional, o Politécnico não descura o intercâmbio e as relações externas nacionais e internacionais. Neste âmbito, a instituição tem desenvolvido um trabalho significativo de onde se destaca o MERIDIES CONSOR-TIUM – consórcio liderado pelo IPP que integra os Politécnicos de Beja, Santarém e Setúbal e a Universidade de Évora. Para além disso, conta ainda com parcerias com mais de 100 instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, como são exemplo os protocolos estabelecidos com a IBM e a NOS, que vieram reforçar a oferta formativa nas áreas da transição digital, ou com a AIP – Associação Industrial Portuguesa, focando aqui a aposta na área da neutralidade carbónica. Além disto, nos próximos três anos o projeto coordenado pelo IPP permitirá a criação de uma nova escola de Pós-Graduações em Portalegre, que se prevê que venha contribuir para a qualificação e requalificação de mais de 600 profissionais nos domínios de intervenção do consórcio.

Investigação e inovação
Com o intuito de estar cada vez mais próximo da comunidade e contribuir para o seu desenvolvimento sustentado, o IPP oferece diversos serviços, quer através dos seus laboratórios, quer através de parcerias e apoio à investigação aplicada. Desta feita, o IPP incorpora uma unidade de I&D, denominada VALORIZA e ainda um Laboratório Colaborativo na área das Biore-finarias. Foi também neste contexto que surgiu a integração do instituto no Labora-tório Colaborativo InnovPlantProtect, no centro de competências InovTechAgro, na Academia para o Hidrogénio ou ainda no recentemente apresentado Centro Tecnoógico de Construção Sustentável.

Politécnico de Portalegre com novas residências
O IPP tem atualmente em marcha um plano integrado de reforço da capacidade de alojamento de estudantes, investigadores e estudantes internacionais, através da construção de novas residências, requalificação das existentes e estabelecimento de parcerias com o setor privado. “Temos reforçado nos últimos anos a capacidade de atração de novos estudantes, nesse sentido, e pese embora a cidade tenha uma estratégia visível no setor privado a este nível, é muito importante capacitar o Politécnico de Portalegre para alojar os seus alunos”. Prevê-se que esta estratégia de requalificação e expansão venha reforçar a capacidade de oferta com cerca de 200 novas camas que, não sendo suficientes, terão um contributo indiscutível ao nível da habitação dos estudantes.