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Há 40 anos que Ricardo Junqueira faz da fotografia a sua melhor forma de se expressar, refletindo um trabalho de paixão, de descoberta e de fascínio por algo que não pode ser explicado com palavras, rabiscos, numa folha de papel ou numa tela. Fique a conhecer um pouco melhor o profissional “por detrás da lente” nesta edição da Mais Magazine.

Nasceu em Brasília em 1965, onde viveu até aos 22 anos. As primeiras fotografias foram tiradas com apenas 14 anos. A curiosidade tornou-se assim um hobby, o hobby tornou-se uma paixão e a paixão tornou-se uma profissão. Hoje, conta com mais de quatro décadas de experiência em fotografia profissional. Deixando os ofícios de lado, quem é Ricardo Junqueira, o homem por detrás da lente?

eterno curioso, sempre pronto a aceitar um novo desafio e com muita vontade de conhecer novos lugares e novas pessoas.

Começou a fotografar em 1979, tendo-se tornado fotógrafo profissional em 1984. Em que momento da sua vida se apercebeu que esta capacidade de capturar momentos tornando-os únicos – e quem sabe imortais – era a sua grande paixão?

Ainda trabalhava em um banco quando tive a chance de fazer um trabalho para uns amigos que tinham uma banda de rock que acabara de lançar um disco e precisava de fotografias para divulgação, neste trabalho que eu nem ia cobrar por ser para amigos, mas que por insistência deles acabei por receber o que eles quiseram eu ganhei em dois dias o que ganhava em um mês no banco. Foi revelador, no dia seguinte fui pedir demissão e desde então vivo de fazer o que mais gosto.

É especializado em fotografia de arquitetura, design de interiores, retratos, viagens, belas-artes, comercial e publicidade. Em 40 anos de atividade acumula trabalhos para arquitetos, desenvolvedores imobiliários, publicações, entre as quais The Wall Street Journal, Vogue, Elle, Revista Casa Vogue Mais Magazine, entre outros. De que forma, através da sua lente procura fazer jus à conhecida expressão “uma imagem vale mais que mil palavras”?

A fotografia precisa de usar o que por definição é a sua função, o seu poder de síntese, por isso meu trabalho tem bastante em comum com o de um arquiteto no sentido de que é preciso organizar as coisas dentro de um espaço limitado e de maneira harmoniosa, é um desafio delicioso.

Desde 1985, já participou em cerca de 50 exposições, coletivas e individuais, tendo sido já premiado diversas vezes internacionalmente. Quem deseje conhecer um pouco melhor o trabalho fotográfico que desenvolve onde o poderá fazer?

Pode ver no meu site (www.ricardojunqueira.pt), onde está parte do trabalho, mas também nas minhas contas do Instagram (@_ricardojunqueira e @ricardojfoto) e tenho o meu livro Pós-New Fotografia em algumas bibliotecas (Arquivo municipal de Lisboa – Fotográfico, biblioteca Gulbenkian, centro de fotografia do Porto).

Há algum registo fotográfico com significado especial que ainda gostaria de incluir no seu portfólio?

Sim, quero isto todos os dias e cada trabalho é uma nova oportunidade, uma das coisas que eu mais gosto do meu trabalho é o acesso. Já tive a chance de voar em quase todos os tipos de aeronaves, já fotografei em centros cirúrgicos, durante operações, já estive dentro de tubulações de esgoto, em cozinhas de restaurantes fantásticos e pude ver com se produzem muitos tipos de produtos, é uma experiência muito rica.