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A Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) é, desde 2007, a grande porta-voz dos municípios portugueses tradicionalmente reconhecidos pelos seus vinhos. Luís Encarnação, Presidente da AMPV, falou à Mais Magazine sobre o trabalho desenvolvido pela associação e o panorama do enoturismo em Portugal.

Quais os objetivos que norteiam a atividade da AMPV desde 2007 no setor vinícola?

AMPV nasceu em 2007 com o objetivo de defender, promover e valorizar os territórios do nosso país com tradição vitivinícola. Entendemos que o vinho e o enoturismo são áreas estratégicas para o nosso país e, por isso, pretendemos agregar os municípios que têm potencialidades nestas áreas e, em conjunto, desenvolvermos projetos e ações que valorizem e promovam todo o potencial endógeno dos territórios cuja economia, cultura e identidade histórica estão fortemente associadas ao vinho.

Que tipo de projetos a AMPV leva a cabo no sentido de alcançar os objetivos estabelecidos por si na promoção dos produtores de vinho português?

Nós temos secções próprias, dentro da AMPV, que trabalham outras áreas importantes do nosso mundo rural, como por exemplo, a gastronomia, os azeites ou os Museus do Vinho. Temos eventos e projetos consolidados, que vão ao encontro da valorização dos nossos territórios e que envolvem uma participação muito expressiva dos municípios, como a eleição da Rainha das Vindimas de Portugal, o Dia Mundial do Enoturismo, o Concurso enológico Cidades do Vinho, que este ano decorreu em São João da Pesqueira, o Festival Nacional da Canção Rural, a recém-criada Rede das Freguesias Vinhateiras ou o portal enoturismo.pt.

Quais os vossos parceiros e que vantagens trazem à vossa missão no setor?

temos uma colaboração muito estreita com várias associações nacionais e estrangeiras e com as quais desenvolvemos grandes e importantes projetos, sobretudo com a Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal, a Recevin – Rede Europeia de Cidades do Vinho, a Iter Vitis, a Ametur – Associação Mundial de Enoturismo, a Acevin – associação espanhola de Cidades do Vinho e a Città del Vino – associação italiana de Cidades do Vinho.

O enoturismo é uma modalidade turística que tem ganho cada vez mais praticantes. Qual a relevância do enoturismo no nacional?

Nós temos um setor do vinho muito forte e dinâmico. Produzimos cada vez mais vinho, com cada vez mais qualidade, fruto também da crescente modernização e qualificação do setor. Por outro lado, temos um património muito rico, desde adegas, museus, quintas, temos tradições que vão passando de geração em geração, temos paisagens lindas, temos mar, temos rio, praia e montanha… uma grande diversidade de norte a sul do país. Temos uma gastronomia muito apreciada e vinhos distintos e de enorme qualidade. E temos pessoas cada vez mais qualificadas a investir nesta área, a criar espaços de enoturismo que proporcionam experiências diferentes e diferenciadoras. Portanto, Portugal tem crescido muito nesta área e tem possibilidade de crescer muito mais.