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A Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) nasceu em 1974. Hoje, conta com mais de 500 estabelecimentos associados, localizados em todo o continente e nas ilhas, representando cerca de 20% do setor da educação em Portugal, do Pré-Escolar ao Ensino Secundário. Luís Virtuoso, Presidente da AEEP esteve à conversa com a Mais Magazine e deu a conhecer o importante trabalho desenvolvido por esta associação no desenvolvimento e alavancagem do ensino particular e cooperativo não superior.

Com quase meio século de atividade, a AEEP é a instituição mais representativa do setor de educação não superior não estatal (privado, cooperativo ou social) em Portugal. Assumindo como principal missão assegurar o desenvolvimento do ensino particular e cooperativo não superior, promovendo a defesa dos direitos e liberdades fundamentais no domínio da educação e do ensino e, designadamente, a liberdade de ensinar e de aprender, o direito de opção educativa e a igualdade de oportunidades e de condições de acesso e de frequência no quadro do sistema educativo, a AEEP tem vindo a desenvolver um importante trabalho ao longo das últimas décadas na afirmação e promoção do ensino privado, como nos explica Luís Virtuoso: “Temos vindo a trabalhar ao longo de décadas no aprofundamento da nossa autonomia, enquanto setor e sempre com um grande foco na inovação, procurando evoluir ao nível pedagógico e tecnológico para acompanhar o andar dos novos tempos, que são crescentemente exigentes e trazem consigo novos desafios. Temos procurado a excelência, assente na qualidade, no rigor, na pedagogia da presença, porque só assim o setor particular de educação se conseguirá afirmar como primeira escolha das famílias, muitas das quais realizam importantes sacrifícios para que os seus filhos possam frequentar a escola da sua escolha. Somos uma associação que intervém no espaço público e que procura, por via do diálogo com o Ministério da Educação e com os poderes públicos, criar as condições para um sistema de ensino mais plural e inclusivo.”

Na vanguarda da modernização e internacionalização do setor
A AEEP assume ainda como objetivo fundamental promover o desenvolvimento, a modernização e a internacionalização do setor. Para isso, tem procurado estar na vanguarda da pedagogia, na oferta da adaptação curricular à evolução dos tempos, na flexibilidade curricular, nas metodologias ativas de ensino e na introdução de tecnologia em contexto escolar. “É com satisfação que verificamos que algumas das medidas nas quais fomos pioneiros, em termos curriculares, pedagógicos e tecnológicos, são hoje práticas generalizadas a nível nacional, como por exemplo o inglês no primeiro ciclo ou um mais amplo uso de computadores em situação de sala de aula. O contexto de maior autonomia em que operamos face à escola pública confere-nos, ao nível da inovação e modernização, maior agilidade, e isso é positivo para a educação em Portugal como um todo”.

“É na diversidade que verdadeiramente se garante a inclusão”
Olhando para os números, facilmente percebemos que o setor de educação não estatal é cada vez mais procurado pelas famílias. Com uma grande diversidade de Projetos Educativos e respostas diferenciadas adequadas às necessidades de cada um, o ensino particular encontra na diversidade e liberdade duas das suas maiores riquezas. “A nossa conceção da educação não é estatista nem centralista, não acreditamos que o Estado tenha de ser proprietário das escolas, nem acreditamos que o Estado tenha vocação para ser Educador. É na diversidade que verdadeiramente se garante a inclusão, porque cada família é uma família e cada aluno é um aluno. A realização e o crescimento pessoal através da educação serão tão mais efetivos quanto mais a escola estiver adaptada ao aluno. Soluções sem diversidade e pluralidade apenas obrigam o aluno a adaptar-se à escola, quando conceptualmente acreditamos que deve ser justamente ao contrário.”