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Foi no ano de 2010 que, junto ao Parque das Nações, o conceituado Chef Júlio Fernandes inaugurou o D’Bacalhau, um restaurante dedicado a um dos produtos mais apreciados da gastronomia portuguesa. Passados dozes anos, o Chef e proprietário do restaurante, contou à Mais Magazine como começou esta experiência e como tem sido esta aventura.

Para começar a contar a história daquele que é um dos restaurantes mais procurados na zona de Lisboa, temos de recuar até fevereiro de 2010, ano em que abriu o estabelecimento. Segundo Júlio Fernandes, a ideia surgiu do seu filho, Henrique Fernandes, que “quis trabalhar num projeto que possibilitasse servir, numa mesma dose, bacalhau confecionado de quatro formas diferentes”.

Como o próprio nome indica, neste restaurante, o bacalhau é rei. Sendo um dos pratos mais antigos da gastronomia portuguesa, para o proprietário, “o segredo está em saber adequar as várias partes do bacalhau aos pratos mais procurados pelos clientes”. O Chef explica: “os cachaços de bacalhau são excelentes para o bacalhau à Gomes de Sá. As pataniscas devem ser feitas com lombos de bacalhau. As partes da cabeça são excelentes cozidas, tal como os rabos. As caras de bacalhau panadas são uma loucura. As línguas e as bochechas são um pitéu inesquecível e uma feijoada de samos não fica atrás das tripas à moda do Porto.”

No D’Bacalhau, o peixe de águas longínquas é confecionado de 20 maneiras diferentes, não fosse este um símbolo da gastronomia portuguesa. Ainda assim, a tradição colocada nos pratos é acompanhada de alguns elementos inovadores. Tudo da autoria do Chef Júlio Fernandes. É claro que já existem várias receitas de Bacalhau, mas, tal como Júlio Fernandes refere, “um cozinheiro tem obrigação de procurar inovar e procurar pratos novos com novas técnicas que tragam satisfação ao cliente”. Foi com isto em mente que, há cerca de dois meses, e após um ano de experiências, nasceu o Bacalhau à Chef Júlio, que já é um dos pratos mais vendidos no restaurante.

Num restaurante onde os seus pratos dependem muito da qualidade de um elemento específico, é preponderante que esse tenha selo de qualidade. Desta forma, o Chef explica que sempre procuraram trabalhar “com os melhores, como é o caso da Riberalves, do Senhor Bacalhau, da Fozmar e agora a Caxamar, porque são fornecedores que sempre garantiram a qualidade do “Gadus Morhua” da Noruega ou da Islândia”.



A notoriedade e o prestígio que o D’Bacalhau ganhou ao longos dos últimos anos faz com que, todos os anos, centenas de turistas procurem o restaurante, após terem ouvido boas opiniões dos que por lá já passaram. Este reconhecimento abrange, também, o grande obreiro do restaurante, Júlio Fernandes, que já foi convidado para vários programas portugueses e também brasileiros, de modo a divulgar a gastronomia portuguesa, mais especificamente os pratos de bacalhau que levaram o restaurante ao sucesso.

A caminhar a passos largos para uma das alturas em que os portugueses mais consomem este peixe, no D’Bacalhau Natal é uma mera continuidade do que acontece durante o resto do ano. “De qualquer forma, é no Natal que se apresenta o ex-libris do D’Bacalhau, num prato composto por uma travessa grande, com quatro travessas mais pequenas, que junta o Bacalhau à Braz, o Bacalhau à Lagareiro, o Bacalhau com Natas e o celebre Bacalhau à Chef Júlio”, referiu.

O nome diz tudo, num restaurante que é, passando a analogia, uma Disneyland para os fãs de bacalhau. Há pratos maiores, outros mais pequenos e com vários tipos deste peixe tão famoso da gastronomia portuguesa. Contudo, é importante referir que o D’Bacalhau também conta com pratos vegetarianos, risottos e vários pratos de carne. Os mais pequenos não são esquecidos, havendo, ainda, um menu especialmente feito à sua medida.

Com capacidade de 535 lugares, divididos em várias salas, e com uma esplanada com 150 lugares, com uma vista fabulosa para o rio Tejo, encontra-se, no Parque das Nações, um dos restaurantes que melhor trata o bacalhau. Para quem nunca visitou o restaurante, o Chef Júlio Fernandes refere que a cozinha “integra um ingrediente único, que é o amor que o Chef dedica à confeção do bacalhau. Por último, gostaria de convidar quem ainda não visitou o D’Bacalhau a experimentar este restaurante e a degustar todos os 20 pratos de bacalhau que são confecionados diariamente”.