António Almeida-Dias assumiu a presidência da APESP (Associação Portuguesa Ensino Superior Privado) no ano passado. No seu discurso, o presidente referiu alguns dos fatores que considera relevantes para o desenvolvimento do ensino superior em Portugal, destacando a internacionalização. O nosso país tem de se tornar um importante destino para estudantes estrangeiros, fazendo com que esta atividade contribua para o crescimento da economia.
Para isso é preciso inovar, responder de forma cabal aos desafios de um mundo em mudança, produzindo mais conhecimento e induzindo o desenvolvimento tecnológico.
“Se o privado não puder ser diferente, não tem sentido existir”. Para António Almeida-Dias, os referenciais de qualidade devem ser aplicados de forma transversal a todo o ensino superior, independentemente da sua natureza estatal ou privada, em particular no que diz à conferência e reconhecimento de graus e diplomas, às condições acesso, entre outros fatores. Por outro lado, tem que haver espaço para a diferença entre o subsistema estatal e o subsistema privado. É preciso não esquecer que a questão de o financiamento ter origem no orçamento do Estado, no caso das instituições setor público, ou nos orçamentos das famílias, como acontece no sector privado, faz toda a diferença, tanto no planeamento estratégico, como nos processos de gestão das instituições, obrigando, no caso das não estatais a uma maior exigência e rigor na governação e a uma forte capacidade de inovar e garantir altos níveis de atratividade.
No ano letivo de 2020/2021, 20 % do total de estudantes que ingressaram no ensino superior optaram por instituições do setor particular, social e cooperativo. Em algumas áreas, como é o caso da saúde, há cursos onde este setor predomina. Foram cerca de 51 mil os estudantes que entraram no universitário e 21 mil no politécnico. Atualmente, António Almeida Dias afirma que “mais de 75 mil jovens escolhem o Ensino Superior Privado Português para construir o seu futuro”.