: Mais Magazine:: Comentários: 0

Localizada na Rua da Alegria, bem no coração da cidade do Porto, esta instituição de ensino é uma das oito escolas que integram o Instituto Politécnico desta região. Atualmente, na sua oferta formativa constam cursos de licenciatura, mestrado, pós-graduação e os TeSP. A “abertura de um programa doutoral em Criação Artística” é uma das novidades.

A Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo estimula o ensino do “saber fazendo”, onde o “saber” pode ser “adquirido pela forte prática artística” que é transmitida “aos estudantes nas várias unidades curriculares, onde estes acabam por ser “confrontados pelo exercício constante da sua “arte”, como nos diz Marco Conceição, Presidente da ESMAE.

O novo ano letivo vai trazer algumas novidades. Uma delas será “abertura do Programa Doutoral em Criação Artística, em parceria com a Universidade de Aveiro, a ESMAD e a ESAD do IPLeiria”. Com ela, esperam diferenciar a sua oferta formativa relativa aos doutoramentos e privilegiar “o caráter inovador do paradigma da investigação artística”.

Em cada ano, esta instituição também aposta “na divulgação dos seus cursos de forma muito próxima”, ao proporcionar uma semana aberta para escolas secundárias, onde essas “podem participar com os seus estudantes em aulas abertas e outras ações, como por exemplo “master classes e concertos/recitais”. Durante a pandemia covid-19, a aproximação e contacto com os futuros alunos não foi descartada, apenas passou para o formato online, com “aulas abertas” e diferentes atividades. Ensinar nesta fase nem sempre foi fácil, mas o balanço em termos quantitativos foi positivo, uma vez que não houve “uma quebra significativa no número de candidatos”. Aliás, a procura por alguns cursos “até aumentou”.

Os programas de mobilidade internacional são outras valências conferidas a todos os que passam por este estabelecimento de ensino. Marco Conceição admite que esses “enriquecem qualquer identidade cultural e artística” nos estudantes e que “devem ser um dos eixos estratégicos de uma escola com as características da ESMAE”, porque as “atividades culturais e artísticas são universais e podem ter um alcance além-fronteiras’’.

O sabor da vitória também é algo partilhado com os estudantes e diplomados desta organização, já que recorrentemente obtêm distinções em diferentes áreas, tanto “a nível nacional” como “internacional”. O Presidente caracteriza-as como sendo “fruto do excelente trabalho que esses estudantes realizaram durante toda a sua vida acadêmica e profissional” e assume que a própria escola e corpo docente também “têm um papel importante” ao “saber orientar esta excelência” e na prestação de apoio.

Os apoios estatais que ainda faltam e a “arte” do ensino artístico

Questionado sobre o que falta fazer em termos de incentivos do Governo para tornar o setor artístico mais valorizado, Marco Conceição afirma convicto que “haverá sempre incentivos novos e mais atrativos que poderão ser postos em prática”, acrescentando que considera positivo o facto de estes serem “mais regulares e abrangentes”, do que comparativamente aos apoios dados há 20-30 anos atrás. O presidente não termina este tópico de conversa sem antes alertar que “seria bom que as instituições de ensino, como é o caso da ESMAE, pudessem também concorrer a estes, ou outros incentivos semelhantes, pois grande parte da nossa atividade é de valorização do setor das Artes”.

Nesse sentido, acredita que o ensino artístico nunca teve “tanta qualidade” como agora, “fruto de um grande investimento na expansão e melhoria do ensino artístico nas escolas secundárias e profissionais’’. Isso permitiu aos alunos ganhar interesse na progressão dos estudos nesta área a “nível superior”, o que é benéfico tanto para a ESMAE como para “outras escolas www.esmae.ipp.ptcongéneres”. Para que a escalada de qualidade se mantenha no futuro é preciso que “o investimento feito até agora seja mantido”. É necessário que esse seja constante para a concretização “da formação contínua dos docentes, o apoio aos projetos de investigação artística e na manutenção ou aquisição de novos instrumentos e equipamentos”.