: Mais Magazine:: Comentários: 0

Fica na zona da Asprela, no Porto, naquela que é a zona mais densamente povoada de polos universitários e politécnicos, assim como de infraestruturas várias que os servem. A Escola Superior de Educação (ESE) do P. PORTO oferece cursos – Licenciatura, Mestrado, Pós-Graduação e CTeSP – que estimulam as competências práticas.

O segredo para o sucesso do ensino que é prestado na Escola Superior de Educação “resulta da combinação de quatro fatores fundamentais”. São eles, o “da qualidade e larga experiência do seu corpo docente; a relação de proximidade entre estes e os estudantes; o contacto com os contextos de trabalho (…), através de modalidades realizadas no terreno e nos estágios; e, por último, a articulação entre o ensino, a investigação e projetos de intervenção na comunidade”, como nos explica José Alexandre Pinto, Presidente desta instituição. E para que esse sucesso seja concretizado, de ano para ano, a escola divulga a sua ampla oferta formativa através “da participação em feiras de educação, do contacto com instituições, de uma contínua publicação nas redes sociais, mas sobretudo do tradicional “boca a boca”, que é feito entre antigos, atuais e futuros estudantes”.

O CTeSP – Curso Técnico Superior Profissional – é uma das opções formativas deste estabelecimento de ensino, que coloca as valências práticas em primeiro lugar. Por um lado, esse estímulo ao “aprender fazendo” é concretizado através de “parcerias com instituições de educação formal e não formal, mas também com empresas e prestadores de serviços”. Essas parcerias, “têm promovido um sentido de responsabilidade nos estudantes e um reforço da valorização do seu trabalho”, e prova disso é a “integração profissional” desses “nos locais onde desenvolveram os seus estágios”. E por outro, é motivado pela “forte ligação dos docentes ao tecido educativo e empresarial”. Com esse trabalho diário prepara-se os alunos “para as necessidades de mercado, dotando-os de competências transdisciplinares em áreas deficitárias”.

Nessa “luta” pela transmissão massiva da prática, com o intuito de sensibilizar e consciencializar os profissionais de amanhã da realidade que vão enfrentar, seja em que área formativa for, a ESE constitui duas unidades de investigação, inED e CIPEM/ INET-md. Estas são estruturas importantes para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de competências para a uma boa qualificação e consequente “transição para o mercado de trabalho”. José Alexandre Pinto continua a justificar a aposta nesses serviços ao acrescentar que a “investigação procura saberes que contribuam para transformar a realidade social”, pois “todas as organizações pretendem colaboradores competentes, mas também com espírito crítico e questionador”. O Presidente ainda vai mais longe na caraterização do papel da investigação ao referir que essa vertente possibilita “conhecer e transformar a educação, que é o princípio orientador e a finalidade de atuação desta escola, na promoção dos direitos da cidadania e da convivência nas sociedades globalizadas do terceiro milénio”.

A internacionalização é outro aliado do reconhecimento da ESE e do próprio ensino. Nesse sentido, têm sido celebrados “novos acordos bilaterais com outras instituições de ensino superior reconhecidas internacionalmente pelo trabalho que desenvolvem na área da educação”. Para José Alexandre Pinto, estas iniciativas permitem “a partilha de práticas de ensino e de investigação inovadores e de alto nível”, bem como do desenvolvimento de “soft skills como a colaboração, criatividade e ainda competências linguísticas e socioculturais”.

As fragilidades da educação

Presidente de uma escola superior de educação, onde há vários mestrados ministrados nesta área, José Alexandre Pinto foi questionado se em Portugal ainda existem jovens que tenham o sonho de virem a ser professores, ao qual respondeu com um “sim” claro. Acredita que o número pode até aumentar quando “forem tomadas medidas no sentido de dignificar a carreira docente, nomeadamente através da revalorização material na fase inicial da carreira e de um esquema de progressão motivador”. Para além disso, também é “indispensável aumentar as vagas nas regiões onde a procura é mais elevada”.

Nesta sequência, o responsável desta entidade de ensino alerta que é uma condicionante o facto de a “legislação em vigor fixar como condição obrigatória de acesso à maior parte dos nossos mestrados que profissionalizam na educação, a aprovação numa única Licenciatura: a Licenciatura em Educação Básica (LEB). Desse modo, o número de candidatos é condicionado pelo número de vagas que nos são autorizadas para acesso à LEB”.

Relativamente ao futuro, José Alexandre Pinto revela que “com a oportunidade criada pelo PRR” estão “empenhados em lançar dois novos cursos: uma Licenciatura em tecnologias para a educação STEAM e um Mestrado de especialização em didática do Português, na era digital”. Para além disso, pretendem investir na requalificação e no “apetrechar dos espaços de formação”. O Presidente da ESE finaliza a conversa com um ponto de situação sobre os anos de mandato, referindo que espera ter “contribuído para reforçar a posição de excelência da escola”.