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Situada na Vila Morena eternizada por Zeca Afonso, a EPDRG é uma escola profissional com cursos do ensino básico e secundário, pautando-se por uma aprendizagem eminentemente prática.

“Na terra da fraternidade, à sombra de uma azinheira” insere-se a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Grândola. Este estabelecimento de ensino encaixa-se nas “características ambientais, económicas e socio-culturais do concelho de Grândola”, disponibilizando cursos que visam “responder às necessidades” da região e da formação em áreas concretas. Desse modo, contribuem “para o desenvolvimento sustentável e equilibrado do concelho e da região”, relata-nos Maria João Alves, Presidente da CAP (Comissão Administrativa Provisória).

Esta instituição “é reconhecida pelo seu ensino eminentemente prático”, possibilitando aos alunos o contacto direto com a realidade “dos contextos de trabalho”, o que facilita a preparação para a entrada no mercado de trabalho. Seguindo o pensamento de “colocar as mãos na massa”, oferece cursos para o 9º ano de escolaridade, como os de “operadores agrícola e operadores de máquinas agrícolas” e já no próximo ano letivo, no 10º ano, vai “abrir” com os cursos técnico-profissionais de “produção agropecuária; turismo; turismo ambiental e rural e restaurante-bar”.

Maria João Alves destaca que, mais do que dar uma profissão qualificada, a EPDRG quer formar “indivíduos conscientes, solidários (…) ativos e empreendedores”. Por isso, regularmente desenvolvem “ações de cidadania, com temas que facilitem essa formação, como a igualdade de género; a educação para a conservação do património; a proteção e conservação da natureza; a solidariedade e a literacia científica e literária.”

Questionada sobre como avalia o ensino profissional em Portugal, a Presidente admite que “tem vindo a ser valorizado do”, mas coloca um travão no otimismo, quando refere que “a nível da perceção social”, esta opção de ensino ainda é considerada “por muitos”, como de “segunda escolha”. Para ela, isso não faz qualquer sentido com a realidade, uma vez que uma considerável fatia de quem os frequenta “tornam-se excelentes profissionais”, desempenhando “cargos de responsabilidade em empresas”, ou por conta própria em que “transformam e modernizam” o seu monte numa “herdade produtiva”, e outros até “prosseguem estudos superiores”.

Em jeito de remate, Maria João Alves diz que não há melhor convite do que colocar os futuros alunos a ouvir os depoimentos e a conhecer o percurso profissional de quem estudou nesta instituição.