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Em entrevista à Mais Magazine, Mário Tomé, Presidente da Câmara Municipal de Mértola, falou sobre o desafio de liderar este concelho alentejano e desvendou ainda os principais pontos de interesse turístico que não pode perder em Mértola.

Quais os desafios mais importantes que o levaram a assumir o cargo da presidência do município em 2021?

Os desafios são vários e complexos, mas sem dúvida que o que me levou a assumir este cargo foi o sentimento de dívida que nutro pelo nosso concelho e a necessidade de querer fazer mais pela gentes e terra que me viu nascer. Felizmente, as nossas ideias foram aquelas que melhor foram aceites pela nossa população e por isso iniciámos este mandato com o compromisso de desenvolver o Concelho e proporcionar à população as melhores condições de vida possíveis. Liderar, juntamente com a minha equipa, um Município como o de Mértola requer muita dedicação, uma vez que os desafios são diários, complexos e de vários âmbitos completamente díspares. Neste momento, continuamos a apostar de forma contínua no melhoramento das infraestruturas do concelho, como a nossa rede de saneamento e a rede viária do concelho, mas devo destacar dois grandes projetos que poderão alterar e contribuir de forma muito significativa para Mértola: a Estação Biológica de Mértola e o Lar de S. Miguel do Pinheiro.

Na sua ótica, quais os principais pontos turísticos de Mértola que me-recem a visita dos nossos leitores?

Mértola é, claramente, conhecida por intermédio do seu valor histórico-cultural, derivado do trabalho intenso de 40 anos de investigação arqueológica e científica, desenvolvida numa parceria entre o Campo Arqueológico de Mértola e a Câmara Municipal. A excelência deste valor associada à biodiversidade da Área Protegida do Parque Natural do Vale do Guadiana, o património industrial mineiro da localidade da Mina de São Domingos e o próprio rio Guadiana tornam este território um local ímpar para a atividade turística.

Mário Tomé, Presidente da Câmara Municipal de Mértola

De que forma a Câmara Municipal de Mértola tem assumido um importante papel na promoção do território?

É um esforço conjunto que nos leva a disponibilizar uma diversidade de oferta turística com o intuito de promover um produto diferenciado e que valoriza a nossa história, cultura, tradição e os nossos valores naturais, gerando receitas nos agentes económicos, mesmo em períodos com um menor fluxo turístico. Por outro lado, também realizamos um esforço considerável na promoção de Mértola nos mercados externos e de importância estratégica para Mértola como Espanha, Reino Unido, Alemanha e França, sem deixar de estar atento a novos mercados como o Brasil, Holanda e Bélgica.

Qual a importância que o setor do turismo apresenta atualmente no município?

É muito significativa. De forma direta, gera receitas nos alojamentos, restauração, no comércio local. É uma importante contribuição na economia local numa altura onde a faturação tende a diminuir fruto das dinâmicas globais. Este efeito multiplicador na economia local permite a sustentabilidade da mesma, não ficando reduzida ou limitada aos meses fortes do verão permitindo combater a sazonalidade ao mesmo tempo que tranquiliza e ajuda a especializar todos os que vivem destas atividades. O potencial turístico da região assenta particularmente em três eixos: o património histórico–cultural; o rio Guadiana/Área Protegida do Parque Natural do Vale do Guadiana, e a comunidade.

Quais as principais medidas a curto/médio prazo que ambiciona aplicar no concelho?

A nossa estratégia é assente em vários projetos que vão alterar de forma significativa a realidade do concelho como os já referidos. O exemplo da Estação Biológica, um centro de investigação que já se encontra a funcionar em instalações provisórias até termino das obras nos antigos celeiros da EPAC, ou o Lar de S. Miguel do Pinheiro, que irá dar uma resposta muito importante à comunidade. Estes dois projetos, que se encontram em obra neste momento, vão criar postos de trabalho qualificados e não qualificados, ajudando de forma muito significativa na fixação de pessoas no nosso território.