AICCOPN – 130 anos de uma história de dedicação aos associados, às empresas e ao setor da construção
A AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas é a única associação empresarial, de âmbito nacional, representativa das mais diversas atividades que integram o setor da construção. Com 130 anos de história, o seu compromisso com a promoção e desenvolvimento do setor e com a defesa dos interesses dos seus associados manteve-se inalterável ao longo das décadas e é assim que pretende continuar, como nos explica em entrevista Manuel Reis Campos, Presidente da AICCOPN.
Ao longo dos seus 130 anos de história, a AICCOPN foi sempre norteando a sua atuação pelos princípios que estiveram na origem da sua fundação – rigor, qualidade e mestria. Com serviços especializados, uma oferta formativa ajustada às empresas, com a disponibilização de medicina e segurança no trabalho e um Centro de Arbitragem, direcionado paras as especificidades do setor, a AICCOPN é, mais do que nunca, uma estrutura capaz de dar resposta aos desafios dos novos tempos. “Identificar os desafios do setor e, a cada momento, promover um acompanhamento permanente e de proximidade junto das empresas, assegurando a prestação de serviços especializados, a par de um foco no crescimento e no desenvolvimento sustentável do tecido empresarial português e de um trabalho contínuo em articulação com as instituições e as entidades reguladoras desta atividade, tem sido uma constante que nos tem permitido cumprir a missão de apoiar e defender as empresas associadas e todo o setor”, explica Manuel Reis Campos.
Esta dinâmica de evolução contínua tem permitido à AICCOPN estar ao lado das empresas nos grandes desafios estruturais do setor, designadamente a competitividade empresarial, que abrange matérias tão distintas como o enquadramento legal e a regulação da atividade, a fiscalidade, a internacionalização, a capacitação das empresas e a sua transição digital e tecnológica. De igual modo, e sendo o setor da construção responsável por 51,9% do investimento total da economia, a associação tem desempenhado um papel ativo na defesa da capacidade de atrair e dinamizar investimento público e privado.
No entanto, e tendo presente a atual conjuntura, Manuel Reis Campos faz questão de destacar três desafios concretos que o setor enfrenta e que são também prioritários para a associação. “A anómala subida dos preços das matérias-primas, da energia e dos materiais de construção é o constrangimento operacional mais apontado pelas empresas e requer medidas extraordinárias, como é o caso da criação do novo Regime Excecional de Revisão de Preços. A falta de mão-de-obra qualificada é outro dos problemas assinalados pelas empresas”, assume. Ultrapassar esta dificuldade constitui um desafio prioritário para a AICCOPN, que defende a implementação de soluções concretas para um “efetivo alinhamento entre o sistema de Formação Profissional e as necessidades das empresas e do mercado de trabalho”, tirando assim partido dos centros de excelência do setor, o CICCOPN e o CENFIC. Manuel Reis Campos destaca ainda a necessidade de implementar o investimento público previsto no PRR e no PT2020, que encerra no final de 2023. “É prioritário planear, calendarizar e contratualizar os investimentos, definição que é essencial para as empresas nacionais se posicionarem de forma competitiva e que assume ainda maior relevância neste contexto macroeconómico marcado pela incerteza e pelas pressões inflacionistas”, explica.
Apesar de um contexto macroeconómico que se tem vindo a degradar, o setor é apontado como determinante para o crescimento económico, tendo sido destacado pelo seu contributo positivo durante a pandemia e estando presente no cerne da estratégia europeia de recuperação e resiliência. “As estimativas apontam para um crescimento da produção de 5,5% este ano e, não obstante as dificuldades conjunturais que têm emergido, há todas as condições para a concretização destas perspetivas, esperando-se um futuro positivo para o setor que, de resto, é essencial para a estabilização e retoma de toda a economia”, afirma o presidente da associação.