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Situada na Vila de Fão, esta instituição de natureza privada, ao longo destes “quase 30 anos de existência”, disponibiliza opções formativas nas áreas da Hotelaria, Turismo, Animação Sociocultural, Ação Educativa, Informática, Ambiente, Marketing e Comunicação. Seja qual for o destino do aluno, os objetivos da concretização destes cursos passam pela progressão dos estudos e a clara aproximação às “necessidades do mercado de trabalho da região”.

A pouco mais de um mês do regresso às aulas, a Escola Profissional de Esposende (EPE), pela mão da sua diretora Alexandra Vilar abre as portas à Mais Magazine. O seu presente e sobretudo o futuro são os temas em cima da mesa. Dá-se o clique da claquete e começa-se por falar sobre o ensino que a responsável da escola garante ser “centrado no aluno, com o intuito de aprender, aprender a ser, aprender a aprender e aprender a fazer”, além de ser orientado por valores e princípios, que têm como fim a sua formação integral, enquanto pessoa, nos seus interesses e ambições e, como cidadão, responsável, participativo e solidário.”

Este colocar as mãos na massa é centrado, em primeiro lugar, na progressão letiva e em segundo em “dar respostas às necessidades do mercado de trabalho da região’’. Em termos práticos, esse pensamento estimula “a proximidade entre professor e aluno”, bem como a integração e realização de atividades, eventos, colaborações e estágios (FCT), “num leque de parcerias com o tecido económico, empresarial e social, quer a nível nacional, como internacional”. Dentro dessa linha, o que sobressai é de facto a “partilha de experiências e saberes entre estudantes e os técnicos de diferentes áreas”.

Passando para o campo internacional, Alexandra Vilar justifica a contínua aposta da EPE em programas de intercâmbio e mobilidades para “fomentar a interculturalidade”, aumentar as “competências, nomeadamente linguísticas e comunicacionais, incentivar a troca de conhecimento com jovens de outras nacionalidades” e formar indivíduos “mais ativos e membros de uma sociedade mais integradora, inclusiva e que valoriza o seu património local”.

Ingressar no ensino profissional em Portugal

Antes do balanço e agradecimentos que dão o ponto final à conversa, a diretora foi desafiada a lançar-se numa avaliação daquilo que hoje é o ensino profissional em Portugal. A entrevistada diz que tem existido uma onda de valorização crescente, que é “fruto do sucesso dos alunos, das elevadas taxas de empregabilidade e do prosseguimento de estudos”. Contudo revela que “ainda há um estigma, difícil de combater”, relativamente aos alunos que optam por esta via e que, “se fizermos uma comparação da realidade portuguesa, com a dos outros países desenvolvidos, ainda estamos muito aquém do desejado.” A própria adianta que esse torcer o nariz muitas vezes surge de “alguns profissionais e entidades ligados ao ensino”, que acabam por transmitir a sua opinião para os próprios Encarregados de Educação.

Na Escola Profissional de Esposende a resposta a este obstáculo, tem sido feita ao oferecer “uma formação de qualidade, abrindo a escola à comunidade, envolvendo-se, partilhando experiências e saberes com todos os atores locais”.

Para fechar “em beleza”, Alexandra Vilar adota e profere as palavras “do pai das escolas profissionais, Dr. Joaquim de Azevedo” ao afirmar que “na nossa escola, o foco primordial são as pessoas que moram nos alunos“ e esses “têm de ser, cada vez mais, protagonistas”, e para tal, “é preciso rever modelos de participação”.