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Localizada em Vila do Conde, esta escola disponibiliza cursos diversificados desde a licenciatura, mestrado ou pós-graduações até aos técnicos superiores profissionais, e em todos eles há uma “arte” que pode ser trabalhada e evidenciada pelos artistas estudantes. Nesse sentido, desenvolveram uma nova unidade de investigação.

A Escola Superior de Media Artes e Design pauta-se pela colaboração direta com os “municípios e as entidades locais ao redor de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, através de programas de intervenção, da realização de filmes, fotografia, publicações, plataformas e criações multimédia”. Para a Presidente desta instituição, Olívia Silva, este know-how “potencia a promoção, valorização e reconhecimento do patrimônio histórico social e económico” das regiões, além de acabar por apostar “no desenvolvimento e na transferência de saberes com as empresas, como a “OTII-MA/Ecosteel, ou a Much More Than a Window”. A responsável pela ESMAD também salientou que estas ações fomentam “a mobilidade de estudantes”, contribuindo para a descentralização, o que é “uma janela de oportunidades para os jovens”, uma vez que ficam a ter “acesso a uma realidade sociocultural, que é pujante e ativa e ao mesmo tempo, próxima da cidade do Porto”.

Já dizia Aristóteles, “toda a arte e toda a investigação, assim como toda ação e toda a escolha tem em mira um bem qualquer”. O desta instituição passa por “promover e desenvolver investigação de âmbito artístico, teórico e tecnológico”. E para concretizar esse objetivo, recentemente desenvolveram uma Unidade de Investigação em Media Artes e Design (uniMAD), que concretiza “projetos e programas nacionais e internacionais”. Neste último, a responsável por esta escola salienta em Erasmus+, o “Chronos – An Artwork Educational Time Travel Framework” e em Creative Europe, o “The Third City, no European Creative Lab”. Estes são “projetos elaborados e candidatados em consórcio com instituições internacionais, como as Universidades Politécnicas de Valência e de Madrid, o Politécnico de Milão, a Universidade de Ciências Aplicadas de Hamburgo e outras dedicadas à investigação em artes, media e tecnologia”. Quando o trabalho de investigação provém desta “casa”, através do seu corpo docente, quem acaba por ficar a ganhar é “a comunidade dos estudantes”, uma vez que as mais-valias absorvidas podem refletir-se “numa melhor preparação para o mercado de trabalho”. Além disso, ao longo de todo ano, “são também desafiados a participarem em oportunidades de I&D em diversos enquadramentos, ora convites de empresas, bolseiros de investigação ou em prémios de investigação aplicada”.

A par da investigação, “as parcerias e convénios com instituições e escolas internacionais suscitando a mobilidade incoming e outgoing de estudantes, docentes e não docentes” acabam por ser uma janela de oportunidades para a inovação, reconhecimento e acumulação de experiências. Dessas, Olívia Silva destaca a “Porto Global Hub, celebrada com a Porto Design Factory, onde são concretizadas um conjunto de “ações de empreendedorismo e de educação com instituições dos quatro continentes”; o “Link Me Up, um projeto europeu que estimula o espírito empresarial; o Carpe, um consórcio europeu que cruza investigação e educação; o Athena e a rede ELIA, que é uma rede internacional que junta escolas internacionais artísticas e universidades, como o Instituto Audiovisual de Vigo ou a Université Paris-Saclay”, onde são discutidos “joint degrees, mostras internacionais e projetos de investigação.”

Há uma frase feita que diz que todo o esforço tem a sua recompensa. Este pensamento acaba por “encaixar como uma luva” no trabalho que é desenvolvido e transmitido pela ESMAD, visto que ao longo dos anos têm uma fornada de estudantes com “projetos nomeados e premiados nos Prémios Sophia Estudante (Cinema), no Festival de Cannes, no Curtas Vila do Conde, no MACK First Book Award (Fotografia) e no Red Dot Design Award”. Para além destas distinções, há outros alunos que se destacam em outras vertentes, como na “criação do protótipo da nova mota elétrica da AJP Motos ou no desenvolvimento dos Projetos de Design para o Território”. A Presidente desta escola afirma orgulhosamente que, para que esta valorização da construção artística seja uma contínua possibilidade, vão manter “a aposta na requalificação dos espaços com estúdios profissionais – Black–Box, suites de edição, cabines de locução, estúdio de som e régies, e ainda uma Oficina de Design e uma Galeria de Arte.”

Sobre o futuro que está aí à porta, Olívia Silva diz que vai ganhar “novos contornos”, justificado com o elevado protagonismo que “o mundo online e as indústrias criativas” têm conquistado, e “em que as áreas da ESMAD conseguem assumir “um papel inspirador e catalisador.” Nesse sentido, já no próximo ano letivo, “em parceria com a Universidade de Aveiro, ESMAE/P.PORTO e ESAD/IPL, a escola integrará o doutoramento em Criação Artística, mas também “quatro pós-Graduações que estão incluídas no PRR, nas áreas de Cinematografia Digital, Fotolivro: Práticas Fotográficas e Editoriais, Web Design e Design de Interiores e Espaços.”