Madalena de Mello Viana estudou Turismo e teve a oportunidade de viajar pelo mundo. Considerando-se uma apaixonada pela zona do Ribatejo, hoje dedica-se ao turismo fluvial através da Ollem Turismo.
A Ollem Turismo foi fundada no ano de 2005 por Madalena de Mello Viana quando esta se apercebeu que existia “vida e oportunidade de dar a conhecer a região ribeirinha do Ribatejo”, começa por explicar. Esta é uma zona onde predomina uma paisagem de luxo, acompanhada por “lendas e tradições à espera de serem partilhadas e divulgadas”, salienta. Para esse efeito, a empresa desenvolve circuitos e tourings com especial incidência na cultura Avieira e disponibiliza um serviço personalizado e altamente qualificado. Tendo em conta a qualidade do trabalho desenvolvido ao longo dos anos, a Ollem Turismo tem sido distinguida com vários prémios, entre eles o de Animação Turística do Ribatejo 2017, o Travel Hospitality Awards, em 2019 e, mais recentemente, o de Melhor Animação Turística, na Gala dos Vinhos do Tejo, em 2021. Para Madalena Mello, a visão em relação ao futuro deste projeto é bem clara, “continuar a inovar, tal como sempre fizemos”.
Barco Casa: um conceito inovador
Embora a Rota dos Avieiros seja considerada a Rota Premium, existem outras, tais como a Rota das Muralhas, a Rota do Vinho do Tejo e a Rota do Cavalo Lusitano. De destacar que estas têm parcerias estabelecidas com museus e casas agrícolas da região. No entanto, Madalena sentiu, desde sempre, a “necessidade de ligar Lisboa ao Ribatejo através do Rio Tejo”. Foi com esse objetivo que desenhou e construiu um barco casa. Falamos de um conceito totalmente inovador não só pela sua originalidade, como também por se tratar de um barco ecológico, tendo em conta que se encontra equipado com painéis solares e possui um tratamento de águas residuais certificado. Este barco, para fazer a subida do rio, tem capacidade para transportar até 18 pessoas e, para dormir, são disponibilizados dois quartos, cada um com a sua casa de banho e cozinha, totalmente equipados. Seja para uma estadia mais curta ou mais longa, a diversão, o descanso e a aventura são garantidos, fazendo desta uma “experiência inesquecível sobre o rio”.
A Rota dos Avieiros
Esta foi a primeira rota criada e registada pela Ollem e surge devido à curiosidade que Madalena tinha em saber mais sobre os avieiros, povo que “veio da praia da Vieira de Leiria” com destino ao Rio Tejo no princípio do século XX, “à procura de uma vida melhor”. Segundo a empreendedora, os avieiros acabaram por se estabelecer nas aldeias construídas em palafitas devido às cheias ocorridas no ribatejo. Atualmente, existem 12 aldeias avieiras que vão desde Lisboa até à Golegã, sendo que apenas uma está recuperada: o Escaroupim.