A água é o bem mais essencial à vida humana e central para o desenvolvimento socioeconómico do país. Em Portugal, o Grupo Águas de Portugal presta serviços de águas a cerca de 80% da população. Uma tarefa de enorme responsabilidade e crescente exigência, uma vez que progressivamente se fazem sentir de forma mais percetível os efeitos nefastos das alterações climáticas na disponibilidade de água. José Furtado, Presidente do Grupo Águas de Portugal, fala à Mais Magazine sobre a atividade da organização que lidera e sobre algumas medidas importantes no combate à escassez de água.
Com atividade nos domínios do abastecimento de água, saneamento de águas residuais e produção de água para reutilização, o Grupo Águas de Portugal assume como propósito “fazer a diferença na vida das pessoas”. Para José Furtado, o serviço público prestado pela instituição que lidera é de extrema importância por “ser essencial à vida e à preservação do ambiente num contexto em que a gestão da água ganha centralidade”. Além disso, em resultado da escassez de água que se faz sentir um pouco por todo o país, o Grupo Águas de Portugal incube-se ainda de ser um agente ativo na promoção da “gestão eficiente da água e do seu uso racional, estando vinculado a um compromisso de sustentabilidade que estabelece objetivos bem claros em domínios sensíveis como a crise climática, a descarbonização, a transformação digital e a economia circular”, explica José Furtado.
Poupar água é um dever de todos nós
O presidente do Grupo Águas de Portugal considera que “no contexto das alterações climáticas, a década atual é com efeito a mais crítica no que respeita a gestão dos recursos hídricos no nosso País”, sendo assim urgente encontrar soluções que garantam a sustentabilidade a longo prazo. Uma vez que a “água que temos disponível para todos os usos é só uma”, a mudança nos hábitos de consumo deste recurso deve ser uma ação consciente, proativa e conjunta, transversal a todos, desde os municípios e setor industrial e agrícola até às pequenas atividades realizadas em nossas casas. “No que respeita aos consumos domésticos, são fundamentais os pequenos gestos de uso consciente da água, que temos vindo a divulgar amplamente em diversas campanhas de sensibilização e que podem ser consultados no Portal da Água. É fundamental não esquecer que a água é central a todas as atividades pelo que ao consumirmos um qualquer produto, estamos indiretamente a consumir água”, explica o presidente do Grupo Águas de Portugal. Garantir a sustentabilidade da água deve começar já, pelo que é necessário implementar uma série de medidas fundamentais na adaptação às alterações climáticas. “No quadro da adaptação às alterações climáticas destacaria o referido reforço da capacidade e resiliência dos sistemas, bem como da melhoria da eficiência hídrica. Em paralelo, também a descarbonização e a transformação digital no ciclo urbano da água e ainda a valorização dos recursos numa ótica de economia circular”, conclui José Furtado.