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Foi estabelecido o benefício de 90 000 pipas (550 litros cada) de mosto para produção de Vinho do Porto. Este é o principal resultado do Comunicado de Vindima para 2024 aprovado hoje pelo Conselho Interprofissional (CI) do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP, IP).

A quantidade de benefício estabelecido para a vindima de 2024 resulta de um grande esforço de negociação entre a produção e o comércio. As propostas iniciais estavam muito separadas para um acordo quanto às quantidades pretendidas. Houve uma posição que permitiu que o valor não sofresse uma queda mais acentuada, espelhando a evolução negativa das vendas, mas que evoluiu positivamente e defendeu o objetivo principal da diminuição do impacto socioeconómico na região e a valorização do Vinho do Porto.

É de salientar que, num processo não fechado, e antecipando dificuldades acrescidas pela complexa situação atual, o Conselho Interprofissional do IVDP, IP tem vindo, em grupos de trabalho sectoriais, a desenvolver análises e a propor medidas para minimizar o efeito do decréscimo mundial do consumo de vinho, prejudicado também pelas campanhas anti álcool que vão surgindo.

Destaque, desde logo, para a conclusão da revisão do Estatuto das Denominações de Origem Protegidas (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP), propondo um novo diploma para discussão e aprovação.

Foi também clarificada a utilização da designação Vinhas Velhas, no sentido de valorizar a sua utilização e proteger o património genético da região.

Por outro lado, a região foi pioneira ao alterar, para baixo, a regulação do rendimento por hectare para a vindima de 2024, com o objetivo de gerir a oferta e valorizar a uva.

Esta decisão foi ainda acompanhada de uma medida complementar, visando o maior controlo na entrada de vinhos a granel oriundos do exterior da região.

“A sustentabilidade social e económica da região esteve na base do valor do benefício que hoje estabelecemos, visando essencialmente promover a justa remuneração dos viticultores, contribuindo para assegurar os rendimentos do setor”, defende Gilberto Igrejas, presidente do IVDP, IP.