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A PROFICO Consultores de Engenharia S.A. tem como missão servir os seus Clientes com eficiência, dedicação e autonomia.

A empresa Profico presta serviços em diversos domínios da engenharia civil, tais como projetos de pontes e obras de arte, estruturas de edificações em geral, infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, hidráulica, urbanismo e gestão de empreendimentos. Através da sua participada PROFICO AMBIENTE, tem estado presente no mercado dos Estudos Ambientais em vários projetos de relevância no país.

No campo económico-financeiro a empresa caracteriza-se pela apresentação de rácios de gestão e financeiros muito sólidos.

Fundada em 1991, a Profico tem como missão contribuir para a promoção da engenharia portuguesa. Nesse sentido, qual a análise que faz do percurso percorrido pela empresa até ao momento?

Ao longo destes 32 anos de vida da PROFICO, só podemos fazer um balanço bastante positivo da nossa atividade. O crescimento lento e sustentado da empresa fez-se suportado em vários pilares, começando pelo recrutamento dos recursos humanos em que nos pautámos sempre pela exigência de preparação técnica complementada pela formação on job. Desde sempre que considerámos ser um dever da empresa dar formação aos seus colaboradores, e sempre recorremos a estagiários formados em escolas com qualidade, investindo na sua formação, independentemente de subsídios ou não. As pessoas valem por si e não é preciso que o Estado subsidie as empresas para estas terem a preocupação de formar os técnicos competentes do futuro.

Outro pilar é a estabilidade financeira: nos últimos 20 anos a empresa recebeu sempre a classificação de PME Líder e em 5 desses anos a de PME Excelência. Para que nos possamos concentrar em fazer o melhor o que sabemos, não se pode ter incerteza sobre o recebimento salarial. Um terceiro pilar é o da Inovação; sem jargões ocos nem aventureirismo, abraçamos novas ideias e novas formas de trabalhar, com a vontade de prestar um bom serviço aos clientes, mas também para satisfação pessoal. Gostamos de fazer bem, e de melhorar continuamente e pensamos que isso é extensivo às nossas equipas. Queremos estar na linha da frente dos mais capazes.

Do seu ponto de vista, que caraterísticas fazem da Profico uma referência no seu ramo de atividade? O que vos distingue da concorrência?

Começando pelo fim: Costumo dizer que nas empresas de serviços de engenharia como no futebol, há várias divisões e dentro da primeira divisão onde estamos claramente, há os do primeiro terço da tabela, onde queremos estar e há os res-tantes. Em relação à generalidade tudo nos distingue, desde a postura perante o cliente à solidez técnica, métodos de traba-lho, cumprimento de todas as regras e leis (e olhe que não é fácil), estabilidade financeira, inovação, abordagem holística dos problemas, etc. Já quanto ao grupo de empresas da frente, somos todos diferentes, mas para ser honesto, posso reconhecer alguns aspetos de outras empresas concorrentes que são melhores e outros piores. Somos seguramente dos mais sólidos financeiramente e o que fazemos tem muita qualidade, mas não seremos tão bons a recrutar, menos agressivos comercialmente e com menor abrangência de serviços que prestamos e menor dimensão.

A perspetiva de empresa de referência no mercado é, pois, dada pelo mix de caraterísticas relevantes que acabo de elencar, tendo presente que os pontos menos fortes são para melhorar.

Quais são os maiores desafios que a empresa enfrenta atualmente e de que forma tem tentado ultrapassa-los?

O maior desafio é sem dúvida conseguir recrutar recursos humanos de qualidade, sem ultrapassar as barreiras éticas, o que nos impede de recrutar em empresas com quem fazemos parcerias. Por outro lado, consideramos que para um trabalho de qualidade semelhante, o salário deve ser semelhante, pelo que não adotamos a postura de contratar por qualquer preço.

Uma preocupação que subsiste na nossa atividade e que se tem agravado, prende-se com o arrastar dos contratos por dificuldades junto das entidades licenciadoras que bloqueiam decisões por demasiado tempo. Os nossos preços são feitos com base numa estimativa de horas que o serviço irá consumir; é uma estimativa e tem risco associado. Naturalmente esta simulação não aguenta tudo e quando um estudo ou projeto se arrasta meses para além do previsto sem explicação objetiva, é toda a avaliação de tempos de afetação que fica em causa, logo, a inviabilização do orçamento. Os clientes, nomeadamente estrangeiros têm enorme dificuldade em entender como é possível tamanhas derrapagens nos licenciamentos.

Depois há o eterno problema de que queremos tudo, mas não há disponibilidade para pagar. Exemplo típico é a execução dum projeto em BIM, onde temos feito uma forte aposta e temos diversos projetos em curso. Há muita ignorância sobre o que é o BIM, mas este não é o local para aprofundar este assunto. Apenas quero realçar que há custos acrescidos com licenças, formação de técnicos e tempo de preparação do projeto, para além da compatibilização mais sofisticada entre disciplinas. No fim o cliente fica com um projeto melhor para a preparação da fase de obra, e na manutenção durante o ciclo de vida do ativo. Porém, poucos estão disponíveis para pagar este benefício. Com muitos players com estratégias de dumping, é difícil cobrar o preço justo que permita ter uma política salarial adequada, o que vamos fazendo à custa de um redobrado esforço de gestão empresarial.

De momento têm algum projeto em mãos que gostasse de destacar?

Estamos a trabalhar no lote 4 do Metro de Lisboa, que fecha o anel das linhas amarela e verde e engloba as estações da Estrela, Santos / D. Carlos e remodelação do Cais do Sodré. Na ferrovia pesada estamos envolvidos em muitos contratos em alguns casos em consórcio, destacando-se a Quadruplicação da Linha de Cintura de Lisboa, com a reformulação da via férrea da Gare do Oriente na componente ferroviária e a complexa Duplicação e Modernização do troço Poceirão-Bombel, na Linha do Alentejo, com 12 fases construtivas.

Para terminar, em termos futuros, o que podemos esperar da Profico?

Para ser sintético: manter o rumo, mas inovando, para que Clientes, Colaboradores, a empresa e o país fiquem melhor.

Queremos dignificar a engenharia portuguesa.