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“O CFPIC está comprometido com esta missão de reforçar, através do aumento das qualificações e desenvolvimento de competências, o capital humano, que é o maior ativo, dentro das estruturas organizacionais”, afirma Paula Gil, Presidente do CFPIC, em entrevista à Mais Magazine.

Que o calçado português é reconhecido como um dos melhores do mundo não é novidade para ninguém. Um pouco por todo o globo, milhares de pessoas caminham com “Portugal nos pés”. Mas afinal o que torna o calçado made in Portugal tão apreciado? A resposta é simples. O setor do calçado nacional consegue unir em cada peça produzida o melhor dos dois mundos: qualidade e inovação. A verdade é que as mãos dos portugueses são autênticas varinhas de condão para garantir a qualidade do que trazemos nos pés. Se queremos continuar a marcar pela diferença, a aposta na valorização dos recursos humanos e na formação técnica são cada vez mais imprescindíveis. Foi com o objetivo de dar resposta a estas necessidades do setor Paula Gil, Diretora do CFPIC do calçado que surgiu o CFPIC, em 1965. “O CFPIC está, pelas suas atribuições e competências, comprometido com esta missão de reforçar, através do aumento das qualificações e desenvolvimento de competências, o capital humano, que é o maior ativo, dentro das estruturas organizacionais”, explica Paula Gil, Diretora do CFPIC. Através dos seus núcleos, localizados em S. João da Madeira e Felgueiras, o CFPIC tem desenvolvido um trabalho meritório junto das empresas do setor do calçado, contribuindo para o desenvolvimento económico e social do país e para responder aos desafios de uma indústria em franca aceleração tecnológica. “Num setor tão relevante para a economia do país, a falta de mão-de-obra qualificada é uma realidade sentida pelos empresários”. Sendo a principal função do Centro a de formar profissionais face aos desafios com que se confrontam atualmente todas as empresas, o CFPIC responde, em primeiro lugar, às necessidades de formação contínua dos ativos empregados do setor. Em paralelo responde às necessidades de qualificação dos desempregados, numa perspetiva de reconversão ou atualização de competências, preparando-os para os atuais desafios, bem como dos jovens, tendo uma oferta diversificada que visa combater o estigma de que trabalhar na indústria, seja ela qual for, não é prestigiante.

Metodologias inovadoras de formação

Realizada na própria empresa ou no Centro de Formação, em horário laboral ou pós-laboral, em regime presencial ou à distância, a formação profissional proporcionada pelo CFPIC tem-se verificado uma importante ferramenta na criação de profissionais mais qualificados. “A formação profissional que hoje se pode disponibilizar é muito variada, quer em termos de modalidades, quer em termos de conteúdos e duração. É verdadeiramente uma formação à feição de cada solicitação”, explica Paula Gil. Por forma a reforçar a sua oferta formativa, o CFPIC abriu em 2022 dois polos de formação, em Cinfães e na Benedita, que já permitiram qualificar 60 pessoas para a indústria do calçado. O CFPIC tem estado sempre na vanguarda da formação e orgulha se de ter no panorama nacional de talentos, vários seus ex-formandos. Luís Onofre, Paulo Renato e Egídio Alves são alguns dos nomes mais sonantes. “Isso é o resultado do trabalho da nossa equipa de profissionais qualificados, que nos permite promover as competências técnicas necessárias nas diversas fases do processo de fabricação”. As constantes mutações no mercado exigem respostas rápidas que respondam aos novos desafios desta indústria. “O CFPIC está implicado no desenvolvimento de processos formativos que promovam a aquisição de competências nos quatro domínios do “saber” – saber, saber fazer, saber estar e saber evoluir. Por isso, temos de continuar a apostar em novos percursos de formação, em cooperação com todos os parceiros com relevância para o Cluster do Calçado, encarando, com confiança no futuro, os desafios do presente”.