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A Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB) agrupa no seu universo de associados mais de 80% da produção industrial de bacalhau em Portugal, o equivalente a cerca de 400 milhões de euros de volume de negócios anual, empregando, de forma direta, milhares de trabalhadores. Numa edição dedicada ao “rei da gastronomia portuguesa”, estivemos à conversa com Luísa Melo, Presidente da AIB, para conhecer um pouco melhor o trabalho desenvolvido por esta associação na promoção e desenvolvimento deste setor tão relevante para a economia nacional.

Desde a sua formação, em 1993, a AIB tem procurado contribuir com eficácia para o desenvolvimento da indústria do bacalhau e das empresas associadas, em particular, prestando informação concreta e atualizada sobre as diversas matérias inerentes à atividade, como sejam, as de carácter económico, financeiro, social, ambiental, fiscal e aduaneiro. “Junto das entidades que regulam e fiscalizam a atividade industrial, a AIB constitui-se como o interlocutor do setor que procura intervir com o objetivo de dar contributos para a melhoria das condições regulatórias da atividade, seja em áreas que dependem das instâncias comunitárias, uma vez que Portugal é membro da União Europeia, seja alertando para práticas comerciais restritivas de comércio, ou, noutro âmbito, junto das empresas motivando para a referência e promoção dos produtos com origem na indústria portuguesa”, explica Luísa Melo acerca do trabalho desenvolvido pela associação. Para além disso, a AIB pauta ainda a sua atividade por uma política de estreita colaboração com entidades e instituições, nacionais e internacionais, procurando encontrar as melhores soluções para os problemas com que o setor debate.


Quando questionada acerca dos principais desafios com que este setor se depara, Luísa Melo não hesitou: “Os principais desafios do setor passam pelo muito acentuado crescimento do custo dos fatores de produção. O presente enquadramento macroeconómico é também fator de grande preocupação pela incerteza quanto ao comportamento da oferta de matérias-primas e da procura dos mercados consumidores”. Investigação tecnológica alavanca modernização e otimização desta indústria A promoção da investigação tecnológica para o desenvolvimento de projetos inovadores que contribuam para a modernização e otimização da indústria que representa é uma das atribuições estatutárias mais valorizadas pela associação que, em 2003, estabeleceu um protocolo de colaboração com a Universidade de Aveiro, para o desenvolvimento de projetos inovadores em parceria com o Departamento de Engenharia Mecânica daquela universidade. “A colaboração com as entidades de conhecimento científico são uma forma de trazer e aplicar na indústria, conceitos de melhoria na eficácia e eficiência dos processos industriais conferindo, deste modo, maior competitividade às nossas empresas que competem com concorrentes de outros países tanto no mercado doméstico como nos mercados externos”, explica. Dito isto, é inegável que a AIB tem vindo a desenvolver um importante trabalho na promoção e desenvolvimento da atividade industrial do bacalhau. Para o futuro, fica o compromisso de continuar a “desempenhar um papel de aglutinador e representante dos interesses das empresas suas associadas, promovendo ações e projetos que possam contribuir para a manutenção e o crescimento desta atividade em Portugal e, com isso, continuar a proporcionar aos consumi[1]dores produtos de excelência”.