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É o órgão de representação conjunta das instituições públicas de Ensino Superior Politécnico, integra 15 politécnicos, cinco escolas politécnicas públicas não integradas e ainda representa as universidades dos Açores, Algarve, Aveiro, Évora e Madeira. No trabalho que ministram procuram inovar e colaborar com entidades locais, o que este ano gerou frutos.

O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos nasceu em 1979, com a “cooperação e a união a serem valores base do trabalho, da definição da estratégia e das linhas de ação que orientam e sustentam” tudo aquilo que é construído, “em prol do cumprimento da missão que está adstrita ao Ensino Superior”, como começa por explicar, à Mais Magazine, a presidente Maria José Fernandes. A própria adianta que, a par disso, procuram “afirmar os institutos politécnicos enquanto agentes transformadores”, tornando-os em “espaços privilegiados para a experimentação, criação, cocriação e desenvolvimento das soft skills”, com vista a “contribuir www.ccisp.ptque Portugal disponha de um Ensino Superior moderno, dinâmico e eficiente, preparando as novas gerações para os desafios do presente e do futuro”.

De forma a cumprirem esse objetivo, ao longo do tempo fomentam a “inovação pedagógica” e trabalham “em conjunto com os empregadores e as instituições locais, otimizando assim a capacidade de oferta”. Para além disso, “o CCISP tem vindo a desenvolver uma estratégia alicerçada no trabalho em rede, na cooperação, envolvimento e na participação de diferentes atores – pessoal docente, investigadores, estudantes”. Os recentes indicadores da DGEEC – Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência – são reveladores deste esforço, uma vez que evidenciam que no primeiro semestre do ano letivo 2021-22, existiu um aumento do número de estudantes inscritos, face ao ano de 2015-16, ultrapassando os 28%. O mesmo se constatou no patamar de diplomados – relativamente ao ano letivo de 2020-21 houve um aumento de 40%. Acerca deste assunto, a Presidente do Conselho admite que estes números revelam a “resiliência e confiança no Ensino Superior Politécnico, espelhando a sua atratividade, a qualidade e diversidade das formações ministradas”, concluindo que os Politécnicos estão a afirmar-se e a crescer a nível nacional e internacional.

Com esta realidade, Maria José Fernandes alerta que é ainda mais urgente a modificação da designação de Politécnicos para Universidades Politécnicas, mas também proporcionar a estas instituições a “possibilidade legal e formal dos seus membros outorgarem o grau de doutor”. Além deste desafio, destaca ainda outros no Ensino Superior, tais como o processo de transformação digital, a questão do fincamento e do investimento.