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Com os dias e os termómetros a aumentar, poucos planos superam uma ida à praia para banhos de sol e de mar. Ou uma simples ida à esplanada de um bar de praia, acompanhada de uma bebida fresca e da imagem registada na memória do telefone (ou apenas na do próprio) de um bonito pôr de sol. Escrevo este editorial num dia de primavera em que as máximas deverão rondar os 35 graus no Porto e em Lisboa e, talvez o leitor concorde comigo, são sempre especiais estes primeiros dias que parecem ter já avançado para a estação do ano seguinte. 

Nesta época balnear há mais 21 praias a hastear orgulhosamente a Bandeira Azul, sinónimo de qualidade da água e de sustentabilidade. Uma novidade avançada este ano é que, a partir de 2023, também a qualidade dos areais vai passar a ser medida. Entre reentradas, manutenções e novidades, o universo da Bandeira Azul totaliza as 431 distinções (inclui também marinas e embarcações ecoturísticas) atribuídas pela Associação Bandeira Azul da Europa.

As 393 praias estão distribuídas por 101 municípios, algumas das quais partilhamos consigo nesta edição. É um convite para desfrutar da leveza do verão com a garantia de segurança. E este ano também, até ver, sem as restrições associadas à pandemia COVID-19. Ao longo de 2022 continuam as comemorações dos 35 anos do Programa Azul, assinalados em 2021, com o mote “Ajuda o Mar a Contar Outra História”. Uma iniciativa que parte do lugar do Mar na nossa cultura e convida os mais novos a escrever sobre o oceano numa perspetiva atual, e por isso diferente, daquela que o fizeram nomes maiores da nossa literatura.

Também no nosso imaginário a praia tem um lugar especial que descreve um arco. Começa por ser o da infância, feito de mergulhos na água gelada, escaldões (hoje felizmente mais vigiados), construções nem sempre bem conseguidas na areia, contagem decrescente para os banhos “por causa da digestão”, e de dias intermináveis de um verão igualmente sem fim.

Hoje, estendidos nas toalhas, o ouvido vai intercetando conversas, e deslizamos para o comentário “sociológico”. A beleza das nossas praias, além da natural, é que às vezes conseguem ser uma amostra do país porque nelas, felizmente, há lugar para toda a gente.