
A Mais Magazine esteve à conversa com Vítor Santos de Oliveira, advogado e sócio da sociedade de advogados Santos de Oliveira & Associados, uma firma de advocacia portuguesa, com escritórios localizados em Lisboa e no Porto.
Comecemos esta entrevista por nos contar um pouco sobre o seu lado profissional. A sua paixão pela Advocacia sempre esteve presente na sua vida ou foi algo que surgiu em algum momento específico do seu percurso académico?
Sou licenciado em Direito pela Universidade Lusíada e membro da Ordem dos Advogados desde 1996. Possuo ainda um curso de contabilidade e uma formação de formadores. Fui convidado para integrar o júri da Ordem dos Advogados Portugueses e para os cursos de formação de magistrados para o Tribunal Fiscal e Administrativo e, como formador no ISEL, no Curso Profissional de Direito do Trabalho. Sou também professor de Direito Penal e comentador dos meios de comunicação social sobre questões jurídicas.
A paixão pela Advocacia sempre esteve presente na minha vida, ainda se consolidou mais quando, aos 16 anos, fui estafeta de um Escritório de Advogados do Senhor Dr. João Nuno Azevedo Neves e Correia do Amaral, que foram um exemplo inspirador.
Posteriormente, como surgiu a oportunidade de abrir o seu próprio Escritório de Advogados?
Tendo concluído a licenciatura e o estágio, o percurso normal de qualquer advogado é instalar o seu escritório e exercer a profissão. Era, assim, há 30 anos. Desde 1996, desenvolvo a minha atividade jurídica em áreas como o Direito Penal, Direito Público e Fiscal e Direito da Família, inicialmente em prática individual e, desde junho de 2010, fundei, em conjunto com mais dois sócios, a sociedade Santos de Oliveira & Associados.
Que tipo de serviços o seu Escritório de Advogados disponibiliza? Em que áreas do Direito trabalham?
Estamos totalmente empenhados em consolidar a Santos de Oliveira & Associados como um dos principais escritórios multidisciplinares de advogados em Portugal, com uma ampla acessibilidade para clientes, sejam eles empresariais ou particulares.
Isto implica um planeamento cuidadoso do crescimento como estrutura, a fim de estarmos totalmente equipados para prestar serviços a uma gama mais ampla de clientes nacionais e internacionais. O investimento em estrutura deve, portanto, acompanhar de forma sólida o aumento da procura, sob o risco de desequilíbrio financeiro – o que, num período de recessão como o que estamos a atravessar, é muito difícil de superar.
Quanto à evolução do mercado, esta será definida por um novo conceito introduzido pela recente legislação – os escritórios de advocacia multidisciplinares. Assim, o conceito tradicional de escritório de advocacia irá certamente mudar com esta inovação, redefinindo-se em termos de estrutura, modus operandi e atividades principais. Os escritórios de advocacia terão de escolher claramente uma área específica de atividade na qual prestarão este serviço completo e implementar as mudanças necessárias na sua estrutura, associando os profissionais necessários, a fim de atrair clientes que operam nessa área. O escritório de advocacia não se limitará mais a fornecer apenas um serviço jurídico, mas uma solução integrada completa para a demanda do cliente. Isso certamente mudará o mercado num curto período.
Fale-nos sobre a gestão da firma nesta(s) área(s) e as suas competências específicas.
Para implementar o nosso lema, os principais investimentos da Santos de Oliveira & Associados têm-se centrado na integração dos advogados mais competentes, com diferentes áreas de especialização, a fim de prestar uma vasta gama de serviços de qualidade aos nossos clientes. Isto implica não só as melhores qualificações técnicas, mas também qualidades pessoais, que permitem a cada advogado que faz parte da nossa equipa trabalhar em proximidade com o cliente, criando assim um ambiente de total confiança. Esta abordagem implica que a nossa sociedade esteja equipada com todas as ferramentas tecnológicas que permitam aos nossos advogados não só prestar serviços jurídicos eficazes, mas também aceder e fornecer informações, quando necessário e solicitado, com eficiência. Isto exige uma atualização constante e, por conseguinte, investimento nesta área.
O reconhecimento dos nossos serviços jurídicos é, em geral, o nosso objetivo. Assim, outro dos nossos principais investimentos nos últimos anos tem sido a implementação das medidas necessárias para obter um Certificado de Qualidade oficial. Este procedimento encontra-se agora na fase final e o certificado será emitido até ao final do ano em curso.
Na sua ótica, quais os principais desafios que a Justiça em Portugal enfrenta? A morosidade da Justiça é um dos principais desafios a combater? Como fazê-lo?
Acredito que a Justiça Portuguesa, não precisa de mais reformas legislativas. É necessário, urgente, que o Poder Político estabeleça um novo pacto com todos os profissionais que operam no sector, conferindo-lhes a segurança, a estabilidade, os meios técnicos, a formação e a motivação que permita acabar com a morosidade que não reflete o real empenho e dedicação de todos à causa da justiça no nosso país.
