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Desde 1979 que o Instituto Piaget tem vindo a cimentar a sua posição de relevância no panorama educativo português. Em entrevista à Mais Magazine, Rui Tomás, Secretário-Geral do Instituto, fala sobre a oferta formativa da instituição e das suas mais-valias para o sucesso escolar dos estudantes.

Qual a oferta formativa que o Instit-to Piaget está habilitado a oferecer a todos os seus alunos?

Consideramos que temos uma oferta pedagógica que é diversificada, que está distribuída pelos nossos diferentes polos académicos e estruturada em torno de alguns eixos que achamos fundamentais. Destaco a formação nas áreas da saúde, desporto, psicologia, gestão, tecnologia, educação e relações internacionais. Trata-se de uma oferta que tem crescido nos diferentes níveis de ensino e que acaba por permitir e promover que os estudantes possam prosseguir os seus estudos dentro do grupo do Instituto Piaget. Gostava ainda de destacar ao nível das licenciaturas, alguns exemplos de reforço recente da oferta formativa, como o curso de Relações Internacionais e o curso de Medicina Tradicional Chinesa – pioneiro em Portugal e o único lecionado atualmente na Europa. Temos ainda mestrados novos nas áreas da saúde e psicologia. No fundo, é uma oferta formativa que tem vindo a aumentar de forma consistente e, consequentemente, uma comunidade académica que também tem crescido.

De que forma o Instituto Piaget promove a inovação no seu projeto educativo e nas metodologias empregues e, desta forma, se destaca dos restantes estabelecimentos de ensino em Portugal?

Não sendo a antiguidade um posto, os 44 anos do Piaget são um reflexo da experiência e do trabalho consolidado do Instituto no panorama educativo português. De facto, desde 1979, o Instituto tem vindo a deixar uma marca indelével na sociedade e consolidou-se, por exemplo, na área da investigação e na ligação às comunidades envolventes. O que nos define enquanto instituição é a nossa vertente humanista, integradora e ecológica, que são atributos que fazem parte dos nossos estatutos desde a origem. Outra marca distintiva é o ambiente de grande proximidade que se vive em todos os polos académicos entre estudantes, docentes e equipas não docentes. Apesar de trabalharmos todos os dias para formar excelentes profissionais, há uma preocupação adicional: formar jovens conscientes, atentos às comunidades em que se inserem e que estejam envolvidos nas questões globais da sociedade. Por isso, os modelos pedagógicos estão pensados para que os alunos possam desenvolver as competências que entendemos que são fundamentais para os jovens do século XXI, tais como o espírito de colaboração, trabalho de equipa, pensamento criativo, cidadania e imaginação. Olhando para o futuro, estamos cientes que a transformação digital da sociedade é um movimento irreversível. Neste sentido, esta transformação é vivida a três níveis no Instituto: as infraestruturas, as aplicações e as pessoas. Por isso, suportamos as metodologias de ensino em recursos digitais e em linha com os princípios subjacentes a um plano de ação para a educação digital. Nesta lógica, introduzimos alguns cursos nesta área, como cibersegurança, programação em web, desenho digital e infraestruturas cloud, a juntar a engenharia informática que já tínhamos.

Rui Tomás, Secretário-Geral do Instituto Piaget

Que tipo de trabalhos científicos são produzidos nos centros científicos do Instituto Piaget e qual a sua importância para comunidade científica?

Nós, e todas as instituições de ensino portuguesas, estamos numa fase de reorganização dos processos de investigação, fruto das novas orientações. Até ao final de 2023, estávamos organizados com três unidades e, agora, fundimos num único centro de investigação, o Insight – Piaget Resource Centre for Ecological Human Development, que está atualmente na fase de formalização junto da FCT. Com esta nova unidade estamos comprometidos essencialmente em promover investigação de alto impacto social, ou seja, projetos que abordem questões relevantes para a sociedade, com o objetivo de gerar conhecimento para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Para tal, este novo centro multidisciplinar está divido em 5 grupos de investigação: saúde, movimento humano, educação, gestão e tecnologia.

Com que instituições o Instituto Piaget mantém parceria?

Por sermos uma instituição de âmbito nacional e transnacional, mantivemos ao longo dos anos uma lógica consistente e simples: estamos sempre abertos a novas parcerias, considerando-as essenciais para qualquer projeto educativo. Neste sentido, temos várias colaborações nas diferentes áreas em que formamos estudantes. A título de exemplo, e sem qualquer critério especial, na área da saúde, mantemos parceria com o Grupo Lusíadas; na área do desporto, com o SL Benfica e o Sporting CP; e na área da tecnologia, com a Altice, Huawei e Microsoft. Temos ainda vários projetos estruturados com organismos da Administração Pública, associações locais, e restantes stakeholders, além, naturalmente, de diversas universidades, nossos pares neste caminho que trilhamos. Todas as parcerias são benéficas para os alunos, uma vez que permitem, entre outros fatores, realizar estágios curriculares e desenvolver projetos, ou mesmo encontrar futuro profissional. Diria, em resumo, que estamos em contacto com a vida real e com o país real.