Álvaro Beijinha assumiu a liderança da Câmara Municipal de Santiago do Cacém em 2013, estando já a cumprir o terceiro mandato consecutivo. Em entrevista à Mais Magazine, o presidente da autarquia falou sobre as linhas orientadoras do município e os principais pontos turísticos que não pode perder em Santiago do Cacém.
O que o motivou a abraçar este enorme desafio de assumir o cargo da presidência de Santiago do Cacém?
O motivo principal é o de dar continui-dade ao que temos feito nos últimos anos, com fortes investimentos nas várias áreas, sendo certo que definimos grandes linhas de ação. Uma primeira que tem a ver com a aposta no desenvolvimento económico e no emprego que é sempre algo que nos preocupa. A Câmara Municipal não tem no seu âmbito de competências legais a criação de emprego no município, isso caberá ao Governo, mas queremos ter um papel ativo com a dinamização dos nossos parques empresariais. Temos vindo a atrair cada vez mais pessoas para o nosso município, nomeadamente através da promoção do nosso território, o que tem tido como consequência cada vez mais investimentos na área do turismo. A segunda prioridade tem a ver com o desenvolvimento urbano e sustentável que queremos que seja cada vez mais atrativo e isso passa pela regeneração das nossas cidades, vilas e aldeias. Uma terceira área que consideramos prioritária tem a ver com o investimento no desenvolvimento e coesão social, ou seja, investir na educação, no desporto, na cultura, no apoio aos mais necessitados e idosos e também uma forte componente de envolvimento dos jovens.
Na sua ótica, quais os principais pontos turísticos e gastronómicos de Santiago do Cacém que merece a visita dos nossos leitores e que tornam a cidade tão singular?
São inúmeras as propostas que este nosso território tem para oferecer, que se torna difícil enumerá-las, no entanto, destaco algumas delas: o Badoka Safari Park, a Vila do Gin (o primeiro parque temático do gin do mundo associado ao Gin Black Pig, o mais premiado da Europa), a Rota Vicentina, que tem o seu início em Santiago do Cacém, a Rota dos Museus (são cinco os museus que a integram), o nosso território integra os Caminhos de Santiago – Caminho Central, a Reserva Natural da Lagoa de Santo André e da Sancha, os percursos históricos e as nossas praias. Destaco, também, os nossos monumentos e património histórico, o nosso artesanato, entre tantos pontos de interesse que a natureza nos oferece. Temos uma agenda cultural que, também ela, proporciona a oferta de espetáculos transversais a vários públicos .A gastronomia caracteriza-se por uma oferta variada e por uma simbiose interessante, porque estamos entre a planície alentejana e o litoral. Por um lado, temos os tradicionais pratos alentejanos à base da carne de porco, do borrego e do pão e, por outro lado, os pratos de peixe dos quais destaco as enguias da Lagoa de Santo André, que dão nome ao Festival que promovemos todos os anos. No Cercal do Alentejo preservamos a memória tradicional com o Festival da Patanisca. Nos nossos certames temos sempre espaço reservado à gastronomia e aos vinhos produzidos no nosso Concelho.
De que forma a Câmara Municipal de Santiago do Cacém tem assumido um importante papel na promoção do território e suas valências com vista a captar mais turistas e a tornar o município num polo magnético a nível turístico?
Temos apostado na promoção da marca “Município de Santiago do Cacém, Terra Única”, em eventos desportivos que são formas de, por um lado, promover o município e, por outro lado, trazer grande eventos quer nacionais, quer internacionais, que atraem por ano milhares de pessoas. Somos presença assídua na BTL, que nos traz um retorno ímpar no número de turistas que nos procuram.
Qual a importância, nomeadamente a nível económico e de desenvolvimento territorial, que o setor do turismo apresenta atualmente no município?
A revisão do nosso PDM veio permitir o licenciamento e a construção de um maior número de unidades de Turismo Rural e de Alojamentos Locais de grande qualidade. Para além do já mencionado, o retorno em termos económicos é bastante significativo em dormidas, na restauração e no comércio local. A procura de trabalhadores para estas áreas, tem criado oportunidades de emprego para os nossos munícipes.
Quais as principais medidas a curto/médio prazo que ambiciona aplicar no concelho?
Temos procurado ter uma política de combate às assimetrias ao investir nas freguesias do interior do concelho. Vamos continuar a investir neste território e nas pessoas que fazem deste município uma “Terra Única”.