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A Micronipol, em Ourém, dedica-se à reciclagem do plástico na constante procura de práticas amigas do ambiente que levem a um planeta mais sustentável. João Machado, General Manager da Micronipol, falou à Mais Magazine sobre a atividade da empresa que conta com mais de 20 anos de experiência e que, em média, recicla mais de 20 mil toneladas de plástico por ano.

A criação e promoção de uma economia circular na indústria do plástico é uma medida chave para ir ao encontro da necessidade de preservar o meio ambiente que nos envolve e garantir a sua sustentabilidade. Por isso mesmo, para João Machado, o compromisso que a Micronipol leva a cabo há mais de 20 anos é “uma das mais nobres missões que um ser humano pode ambicionar: contribuir ativamente para um planeta mais saudável e sustentável”. Este contributo ambiental da Micronipol chega através da reciclagem do plástico que, para o General Manager da empresa, permite a redução da “pegada ecológica de um dos mais importantes materiais para o estilo de vida contemporâneo, promovendo assim um quotidiano mais confortável e digno para todos”.

Reutilização é a palavra-chave
Neste sentido, para que a empresa consiga alcançar os objetivos a que se propõe, esta trabalha em parceria com pessoas, empresas e instituições que valorizam o plástico reciclado, de modo a reduzir o resíduo plástico industrial e doméstico. Estas relações duradouras permitem ainda perceber as necessidades específicas de cada cliente e procurar soluções que se revelem uma fórmula perfeita. Simultaneamente, a Micronipol aposta na formação contínua de toda a sua equipa profissional e recorre a tecnologias que permitem a criação de um ambiente propício à implementação de novas e modernas metodologias de trabalho. Desta forma, a empresa garante a satisfação dos clientes e prestação de um serviço de elevada qualidade marcada pelos altos padrões de eficiência na reutilização do plástico. “A reutilização é palavra-chave em tudo o que fazemos na Micronipol. Compreendemos a importância de transformar uma economia de uso único numa economia circular onde o plástico já utilizado uma vez é transformado, é-lhe dado uma nova forma e consequentemente uma segunda e até terceira vida”, destaca João Machado.


Tudo começa pela separação dos plásticos feita em casa
Para que se consiga criar um modelo sustentável para o plástico as boas práticas devem começar logo nas nossas casas. A decisão consciente de encaminhar os nossos resíduos para a reciclagem é uma prática fulcral para que empresas como a Micronipol tenham mais facilidade no tratamento e reutilização dos resíduos plásticos. A separação dos produtos plásticos colocados no eco[1]ponto amarelo é realizada “em operadores de triagem que são valorizados no mercado através das sociedades gestoras como o Ponto Verde, Novo Verde ou Eletrão”, sendo que após chegar às instalações da empresa de Ourém, “é separado de eventuais contaminantes, destroçado, moído e lavado de modo a ser extrudido em granulado que, depois de um rigoroso processo de controlo de qualidade, pode novamente ser utilizado no processo produtivo de materiais plásticos”, refere o General Manager da Micronipol.

Um setor em franca expansão em Portugal
Em Portugal, o setor da reciclagem do plástico está em franca expansão, garantindo cada vez mais investimentos que asseguram a eficiência do setor. A exigência crescente por parte dos consumidores e das instituições políticas e económicas sobre a sustentabilidade do planeta é um fator-chave para a angariação de fundos de investimento. No entanto, João Machado ressalta que toda a rede que engloba a recolha dos resíduos plásticos não tem evoluído como seria ideal, dificultando a atividade de empresas como a Micronipol. “Infelizmente a capacidade de recolha de resíduos plásticos não tem evoluído à mesma velocidade o que dificulta o crescimento da atividade ao ritmo que todos gostaríamos. A quantidade de plástico que ainda hoje vai para aterro é significativa. Se por um lado é um fator limitativo ao dia de hoje, a perspetiva de futuro é promissora, uma vez que não há falta de matéria-prima, há é um desperdício que urge corrigir”.

Ainda assim, o General Manager da Micronipol vê com bons olhos o futuro do setor, uma vez que acredita que a “maior consciencialização da população, a pressão regulatória da União Europeia e a evolução tecnológica” representam mais-valias que asseguram que se registem melhorias consideráveis no setor nos próximos anos. “Outro fator que leva à atratividade da indústria da reciclagem é o surgimento de novas aplicações. É nossa convicção que a evolução tecnológica e a pressão para redução da utilização de plástico virgem, pelo maior impacto que causa no ambiente, levará à incorporação de plástico reciclado em indústrias e produtos novos e de maior valor acrescentado, como a construção, agricultura e setor automóvel”, acrescenta João Machado.

Os 20 anos de atividade da Micronipol em Portugal revelam a longevidade e resiliência da empresa, que tem sido um dos principais agentes ativos na promoção da reutilização do plástico no país. Apesar de todas as crises que o setor enfrentou, a Micronipol sempre soube resistir e, nos últimos anos, tem registado um acrescimento acima da média, o que possibilitou a introdução de investimentos importantes, nomeadamente na produção de energia limpa, tendo em vista a autossuficiência até 80% da atividade, e na área produtiva, que ascendem a 7 milhões de euros. O sucesso que a Micronipol tem registado permite um crescimento do número de funcionários, que é superior a 10% no último ano, chegando aos 52 e que prevê que continue a crescer ao mesmo ritmo. “Estamos convictos que a Micronipol está no caminho certo e que a sociedade pode contar com a sua capacidade e conhecimento para vencer as dificuldades que o país e o mundo atravessam, nomeadamente na área ambiental e sustentabilidade”, conclui João Machado.