O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, criado em 1979, é um órgão que representa, de forma conjunta, as instituições públicas de Ensino Superior Politécnico em Portugal. Atualmente, fazem parte desta organização representativa os institutos superiores politécnicos públicos, as escolas superiores não integradas e, ainda, as universidades dos Açores, do Algarve, de Aveiro e da Madeira.
Para a Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Maria José Fernandes, este órgão promove a cooperação e a união entre os elementos integrantes. “Valores que são considerados fundamentais e estão na base do trabalho e da definição da nossa estratégia e linhas de ação. É assim que sustentamos todo o nosso trabalho, em prol do cumprimento da missão que está adstrita ao Ensino Superior”, clarifica.
O CCISP, caraterizado pela sua competência, assume a vontade de afirmar os politécnicos, enquanto “agentes transformadores”, dado que, uma das principais missões assenta na contribuição para que Portugal possa dispor de um Ensino Superior “moderno, dinâmico e eficiente”. Acima de tudo, que prepare as novas gerações para terem a capacidade de enfrentar, “com competência, os desafios do presente e do futuro”.
No âmbito do Portugal Polytechnics International Network (PPIN) estão a disseminar a internacionalização do Ensino Superior Politécnico e “a reforçar laços com congéneres de países identificados como mercados estratégicos, firmando parcerias de fulcral importância para os estudantes, que assim têm a possibilidade de estar mais bem preparados para o mercado de trabalho”, afirma. Para a Presidente do CCISP, caso seja decidido que os institutos superiores podem passar a atribuir doutoramentos, será potenciada “uma tipologia formativa de matriz inegavelmente politécnica, reforçando o acesso à ciência baseada na prática, pelas empresas implementadas em Portugal”. O Conselho acredita que esta mudança pode aprofundar a dualidade do sistema de ensino superior, refutando os medos que dizem respeito à “diluição dos subsistemas, à perda de diversidade ou ao isomorfismo das instituições”.
Outra das reivindicações em cima da mesa passa por alterar a designação para “Universidades Politécnicas”. Isto porque, a denominação atual “dificulta o diálogo com os vários parceiros internacionais”, uma vez que mostram dificuldades em perceber qual a posição tomada pelos Politécnicos, no sistema nacional de ensino superior. Neste ano de 2023, o CCISP espera, “desde logo, a consagração destas alterações muito concretas”, que se mostram substanciais para o sucesso do Ensino Superior português.