Fundada em 1987 pelo CEO e criativo Eugénio Campos, esta marca é uma referência incontornável quando se fala em joalharia portuguesa. Em entrevista à Mais Magazine, o joalheiro falou-nos do sucesso deste “filho”, das novidades que vai apresentar na Portojóia e ainda das dificuldades que a empresa e o próprio setor enfrentam com a escassez de mão de obra qualificada e matéria-prima.
Com mais de 30 anos de experiência, Eugénio Campos confidencia que o sucesso da marca Eugénio Campos Jewels – da qual é CEO e criador – deve-se aos seus valores, “ao design diferenciador, à generalidade das coleções”, onde a tendência, inovação e intemporalidade já são como dados adquiridos, mas sobretudo ao “valor acrescentado de cada joia”. Esta ascensão tem sido construída com laços de afinidade com o seu público-alvo, maioritariamente composto por mulheres, que é “bem informado, moderno e que procura e adquire joias mais do segmento de moda, ou seja, que as possa utilizar tanto no dia a dia, como em outras as ocasiões”. E dentro da vasta gama de produtos, os da coleção Strong, “mais intemporais e de valor superior”, têm um papel importante, uma vez que ajuda a reforçar a posição do utilizador feminino na sociedade, imprimindo-lhes diferença e poder.
Tal como sucedeu em anos anteriores, a Eugénio Campos Jewels, também este ano marcará presença na Portojóia, onde vai apresentar, como é habitual, “a maior coleção do ano, a de outono-inverno”, que contará já com as novidades da linha de natal. Essa é comporta por “dois conjuntos, criados de uma forma especial, onde as joias brilham, transmitem mais emoção e são ainda mais sofisticadas, permitindo à mulher Eugénio Campos Jewels, numa quadra particular, ter joias compatíveis com a sua habitual exigência”. O joalheiro não deixou de referir que esta feira internacional “é fundamental”, tanto para o setor, como para a empresa, pois fortalece “o seu posicionamento” no seu principal mercado, que é o português, mas também mostra a sua identidade e “dimensão, perante os visitantes internacionais”, para que estes consigam compreender “verdadeiramente aquilo que é uma referência de uma marca portuguesa”.
A sombra que recentemente tem assolado os serviços de setores mais especializados em Portugal são a escassez de mão de obra qualificada e de matéria-prima. Eugénio Campos confirma esse problema e afirma que o tem obrigado a pensar “com mais tempo na criatividade” para a elaboração das peças, bem como a planear atempadamente as novas coleções e a respetiva produção”. E fá-lo, para que possam “lançar as coleções nos timings que realmente” pretendem.
Exportação com idioma americano
Os Estados Unidos da América são, atualmente, o principal país exportador da Eugénio Campos Jewels. A sua diversidade de estados permite que o trabalho por lá desenvolvido seja “relativamente mais fácil”, como nos confessa o administrador. Ainda neste tema de conversa, o mesmo adiantou-nos o desejo de “crescer e evoluir no continente europeu, particularmente nos países que tenham comunidades portuguesas”, apesar de “constantemente pretenderem ser uma referência no mercado nacional”.
O presente e futuro do setor da joalharia portuguesa
Antes de se dar a “fivela” final na conversa, ainda houve tempo para abordar o presente e o futuro do setor, onde a marca Eugénio Campos Jewels se insere. O criativo acredita que o ramo é “modernizado, com uma oferta bastante alargada a todos os níveis, seja de ourivesaria, joalharia, ou alta relojoaria”, e “as maiores marcas internacionais estão representadas em Portugal” e por isso, “face à conjuntura do país, o setor é de sucesso”. Relativamente ao futuro, este passa pelo digital, que aliás “já está presente”, numa esfera “mais evoluída”.
Acerca da sua casa, que se tornou lar, Eugénio Campos, refere que os objetivos para daqui em diante são “manter a marca como referência portuguesa”, “crescer e posicionar” a mesma, “em termos de marca no segmento da joalharia e alta joalharia”, continuar “a criatividade no design das coleções, criar valor acrescentado em cada joia”, além de permanecerem “abertos ao mundo digital” e respetiva comunicação, “que não deixa de ser o presente e é, sempre, um objetivo para o futuro”.