O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) é composto pelo conjunto das Universidades públicas, a Universidade Católica Portuguesa e o IUM – Instituto Universitário Militar, num total de 16 instituições de ensino superior. Numa edição em que lhe damos a conhecer algumas das melhores universidades do país, fazemos um balanço do presente e futuro do ensino superior em Portugal, pelo olhar de António de Sousa Pereira, Presidente do CRUP.
Desde a sua génese, o CRUP assume como uma das suas principais missões contribuir para que Portugal disponha de um ensino superior moderno, dinâmico e eficiente, que prepare as novas gerações para enfrentarem com competência os desafios do presente e do futuro, e que contribua para assegurar a dignidade e o progresso do país. Nesse sentido, e por forma a atingir este compromisso, António de Sousa Pereira, Presidente do CRUP e Reitor da Universidade do Porto, afirma que é “imperioso reforçar” o financiamento do ensino superior sob pena de as universidades portuguesas “perderem capacidade de reter talento e atratividade para captar alunos internacionais”. A adoção de um regime jurídico e de políticas públicas “que reforcem a autonomia, agilizem a gestão e desburocratizem os processos da governação universitária” é também, para o Presidente, uma das principais diretrizes a seguir, a que se junta ainda “a promoção da internacionalização das instituições”, criando incentivos à atraçã de talento internacional, à produção de saber com impacto global e à integração em consórcios e redes de conhecimento europeus.
Depois das dificuldades que a crise sanitária colocou às instituições, há que recuperar o tempo perdido e acelerar o desenvolvimento do ensino superior à boleia da recuperação económica pós-pandemia, da execução dos novos fundos europeus, da implementação da Agenda Estratégica da UE e das disrupções tecnocientíficas que acontecem no mundo. Para António de Sousa Pereira, um dos principais desafios passa por “continuar a apostar na massificação do ensino superior”, de forma a tentar combater o défice de potencial humano sentido sobretudo no mercado de trabalho que revela, cada vez mais, dificuldades em encontrar recursos humanos qualificados de que “as empresas e instituições necessitam para serem produtivas, modernas e competitivas”. Para isso, o CRUP tem trabalhado com as universidades que representa no sentido de encontrar estratégias comuns e formas de atuação conjuntas, que permitam superar dificuldades e, ao mesmo tempo, maximizar potencialidades e sinergias, sobretudo com indústria. O Presidente do CRUP refere que, apesar da cooperação entre a academia e a indústria ter evoluído positivamente nas últimas décadas, ainda há um longo caminho a percorrer para que essa cooperação seja “mais intensa, sinérgica, produtiva e transdisciplinar”.
Empenhado em contribuir para a adoção de políticas públicas que valorizem a educação, a ciência e a cultura, promotoras da qualidade, modernização e expansão do ensino superior, o CRUP tem vindo a desenvolver ao longo dos anos um meritório trabalho com as universidades que representa e com as instituições que tutelam o ensino superior, para encontrar estratégias que permitam superar dificuldades e maximizar potencialidades e sinergias. Para o futuro, o objetivo mantém-se o mesmo: lutar e trabalhar para o progresso do país, através de um ensino superior mais competitivo, inovador e eficiente.