A Marina de Lisboa, com as suas quatro docas de recreio, geridas de forma integrada pela Administração do Porto de Lisboa e localizadas na margem norte do rio Tejo (Alcântara, Santo Amaro, Belém e Bom Sucesso), disponibiliza vários serviços e tem capacidade para cerca de
900 embarcações. Com uma localização privilegiada na área ribeirinha de Lisboa, os seus clientes podem beneficiar ainda de todos os serviços que uma grande metrópole tem para oferecer.
A importância estratégica do desenvolvimento da náutica de recreio no Estuário do Tejo está ligada diretamente à preservação e defesa da sua vertente ambiental. Além das entidades competentes para o efeito, é responsabilidade da APL a defesa das boas práticas ambientais nas áreas sob a sua responsabilidade, procurando ainda definir e implementar práticas e procedimentos que permitam mitigar os impactes ambientais resultantes das atividades desenvolvidas, inclusive nas docas de recreio, numa perspetiva de melhoria contínua do seu desempenho.
São várias as ações realizadas para melhorar o desempenha ambiental do porto de Lisboa e das suas docas, nomeadamente ao nível dos consumos de água e energia elétrica, da recolha e tratamento de resíduos e do incentivo à descarbonização da atividade náutica. Refira-se, a título de exemplo as diversas ações de sensibilização para a poupança de água, nomeadamente com a disponibilização de agulhetas para mangueiras, a substituição de toda a iluminação por LEDs, a substituição dos equipamentos para receção de resíduos oleosos e perigosos
nas docas de recreio bem como o sistema pump out para extração de águas residuais das embarcações por equipamentos mais modernos e eficientes. Antecipando a procura de embarcações não poluentes, foram criados, na doca de Santo Amaro dois lugares, exclusivamente para embarcações elétricas, iniciativa esta que será, no curto prazo, alargada a outras docas da Marina de Lisboa, dando resposta à evolução da procura crescente.
A par destas ações, a Marina de Lisboa tem desenvolvido ações de sensibilização da comunidade náutica, com o envolvimento de todos e da ABAE, para a problemática do lixo nos oceanos e para a necessidade de se preservar o meio marinho. Neste âmbito decorreu no passado mês de junho o evento Encontros na Marina de Lisboa – O Mar que protegemos, o primeiro de vários que pretendemos organizar com o intuito de sensibilizar toda a comunidade para a importância de adotarmos boas praticas ambientais nas nossas ações do dia a dia na salvaguarda do meio ambiente.
Acompanhando esta conduta de boas práticas, a Doca de Santo Amaro tem sido detentora do galardão atribuído pela Bandeira Azul. Este prémio foi concedido pela primeira vez em 2015 e desde então existe um reconhecimento do trabalho realizado com as sucessivas renovações desta distinção.
O Estuário do Tejo é ainda palco da atividade náutica de Marítimo-Turística, em que diversas embarcações se dedicam a atividades
de passeios, restauração ou mesmo organização de eventos a bordo. O crescente número de operadores e de embarcações dedicados a esta atividade reflete o potencial e a sua mais-valia para a evolução do conceito de turismo estuarino. Atualmente existem mais de 100 operadores correspondentes a perto de 200 embarcações.
A APL pretende, ainda, dinamizar o segmento de Megaiates, aproveitando o potencial que esta atividade apresenta tendo em conta a localização estratégica de Lisboa, no circuito entre norte da Europa, onde se encontram os principais estaleiros de reparação e construção destas unidades, e o mediterrâneo e as caraíbas, os seus principais destinos de eleição. Para o efeito, está a desenvolver o projeto para reativar a antiga doca de Pedrouços que conjugará várias valências ligadas ao mar.
Também as atividades dos clubes náuticos encontram no porto de Lisboa lugar para serem desenvolvidas e incentivadas, nas suas vertentes social, cultural, recreativo ou desportivo. A existência de uma rede integrada de infraestruturas, com a contínua melhoria das condições de apoio, contribuirá para promover a fruição do plano de água estuarino.