: Mais Magazine:: Comentários: 0

Esta rede que integra dez locais que fazem parte do distrito de Viana do Castelo – Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira – quer potencializar e internacionalizar a sua oferta turística.

A região do Alto Minho foi reconhecida, em 2018, pela Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar, como uma das Estações Náuticas (EN) de Portugal, integrando os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo. Manoel Batista, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, entidade que coordena a Estação Náutica do Alto Minho em conversa com a Mais Magazine, começa por apresentá-la como “uma plataforma de cooperação e coordenação dos atores do Alto Minho”. O mesmo adianta também que a conquista desta “certificação” de qualidade permitiu “dar continuidade ao trabalho que estava a ser desenvolvido na área do turismo e da promoção territorial”, acrescentando valor e atratividade ao mesmo, mas também reforçou “a rede de atuação conjunta de âmbito local e regional”, que “agrega,
fomenta e consolida os recursos e serviços relacionados com o sector”, garantindo assim “uma oferta integrada, competitiva e de qualidade”, para promover o Alto Minho como um destino de excelência”.

Atualmente, este território oferece uma rede de experiências e serviços relacionados com a tipologia e autenticidade da região, do ponto de vista cultural, natural, patrimonial, mas também atividades que podem ser realizadas em meio aquático e terrestre. Para além disso, dispõem de 35 parceiros, “desde os municípios do Alto Minho, unidades de alojamento, espaços culturais, empresas de animação turística e associações, que ajudam na concretização e divulgação dos programas. Apesar desta ampla oferta, a Estação Náutica assume o objetivo de a “melhorar, diversificar” e promover “no contexto internacional”. Para tal, já contam com “operadores marítimo-turísticos que trabalham diretamente com operadores especializados de países nórdicos, possibilitando que os turistas passem uma semana ativa e imersiva no Alto Minho”.

Anualmente este território é palco de várias provas e campeonatos. Nesse sentido, Manoel Batista afirma que nesta área os desportistas e campeões medalhados dispõem de “condições únicas para treinar, como é o caso do rio Lima, em Ponte de Lima, e as praias do Cabedelo e da Arda, que aliás têm sido tidas em conta para a realização de inúmeras provas”, quer a nível nacional, como internacional. O entrevistado
diz também que não podia tocar neste tema sem abordar a “fibra e dedicação dos atletas do Alto Minho”, vindo “logo à mente o nosso medalhado canoísta Fernando Pimenta, um dos embaixadores das Estações Náuticas e, simultaneamente, um ídolo para inúmeros jovens, bem como Pedro Afonso e a Marta Paço, campeã mundial de surf adaptado, na Califórnia”.

O Caminho Marítimo de Santiago e o compromisso com a sustentabilidade

A integração desta Estação Náutica no “caminho inaugural do Caminho Marítimo de Santiago” é uma alavanca, pois permite a “articulação com a cultura e história, devido à sua caraterística de peregrinação e ajuda a diversificar a oferta turística, qualificar os serviços e infraestruturas marítimas e criar mais e melhores condições para a prática de turismo náutico”.

A sustentabilidade é também um trabalho de casa diariamente cumprido. Nesta sequência, o responsável da EN salienta que “o Alto Minho é a primeira NUTS III do Continente em que todo o território está certificado, no âmbito da Carta Europeia de Turismo Sustentável e que, desde 2018, integra o Top 100 Sustainable Destination a nível mundial”.


O ponto final da conversa dá-se com Manoel Batista a convidar os leitores a visitarem este território “rico” e a “embrenharem-se na sua cultura e natureza”.