A Engimotion, start-up de tecnologia industrial do Porto, acaba de apresentar a sua nova tecnologia proprietária, totalmente desenvolvida em Portugal. A inovadora tecnologia PoleAttraction™ é um avanço significativo no que à eletroadesão diz respeito.
A Engimotion é uma start-up tecnológica focada em desenvolver soluções robóticas disruptivas que permitam aos seus clientes resolver os mais complexos problemas de handling de produtos nas indústrias mais exigentes, como a têxtil, médica e eletrónica. Com a chegada da pandemia, no início de 2020, e com a grande maioria das encomendas de clientes canceladas, a equipa começou a trabalhar numa ideia ambiciosa. Depois de 18 meses de trabalho intenso, inúmeras horas de desenvolvimento e grandes investimentos, a empresa de jovens engenheiros aproveitou a conferência de tecnologia WebSummit para mostrar ao mundo o seu protótipo.
PoleAttraction™, a mais avançada tecnologia de eletroadesão, made in Portugal
A eletroadesão é o efeito eletroestático que faz com que um balão fique preso ao teto depois de ser esfregado numa camisola de lã, por exemplo. Esta é a possibilidade que a Engimotion está a explorar para melhorar o handling de diferentes materiais e objetos. Filipe Rei e Roberto Silva, o CEO e o CTO da empresa respetivamente, garantem que a sua tecnologia “permite que os robôs industriais agarrem de forma eficaz e eficiente coisas que outras tecnologias, como a sucção por vácuo ou sistemas eletromecânicos, não conseguem, sem criar algum tipo de dano nos objetos”. Esta tecnologia 100% made in Portugal é capaz de manipular materiais muito delicados, como tecidos médicos, peles de elevado valor acrescentado, ou até mesmo células fotovoltaicas utilizadas para a produção de energia solar. “Esta inovação não requer muita energia, tornando-a uma das tecnologias mais eficientes do mundo em termos energéticos”, explicam. Com base nesta tecnologia, a start-up desenvolveu uma garra robótica inovadora que está a revolucionar o mercado, não só por permitir o manuseio eficiente de materiais delicados, mas também porque irá ajudar à expansão do uso de robôs em indústrias bastante intensivas em mão-de-obra até à data. “Estamos a verificar um interesse crescente de empresas que se destacam nas suas áreas de atividade com uma equipa de operadores humanos incrível, mas que estão à procura de formas de complementar tarefas pouco ergonómicas e altamente repetitivas com tecnologia avançada. Estas empresas estão à procura de ferramentas ‘fora da caixa, plug-and-play, e que não comprometam a fiabilidade e a eficácia”, diz o CEO.