É uma spin-off da Universidade do Porto especializada em cibersegurança e quer ajudar a manter a segurança das comunicações das organizações. Foi pela voz de Carlos Carvalho, CEO, que ficamos a conhecer a Adyta e o trabalho que desenvolve, desde 2015, no âmbito da segurança digital e das comunicações.
Poderíamos começar a nossa conversa por conhecer um pouco melhor a Adyta e o que fazem?
A Adyta é resultado de trabalho em I&D académico, realizado na U. Porto, em concreto na Faculdade de Ciências na área de Ciências de Computadores. Por isso faz parte de um rol de mais de 100 empresas com chancela “Spin-off U. Porto”. Por boa transição de conhecimento e tecnologia, resultou numa empresa que hoje opera no mercado como todas as outras, com os mesmos deveres e desafios.
Hoje somos uma empresa tecnológica com atividade em 3 áreas basilares: as comunicações seguras, os serviços de cibersegurança e a Investigação e Desenvolvimento (I&D). Nas comunicações seguras desenvolvemos uma solução própria de comunicação entre dispositivos móveis (a app Adyta.Phone), capaz de proteger as comunicações de voz e texto, sem reter qualquer tipo de dados dos seus utilizadores, garantindo-lhes total controlo sobre a solução no seu todo, e que nos próximos meses terá a sua segunda versão disponível no mercado global.
Nos serviços de cibersegurança disponibilizamos aos nossos clientes tudo aquilo que é essencial para melhorar o desempenho de cibersegurança das organizações, diminuindo os seus riscos. Ajudamos a proteger os ativos mais importantes das empresas: a sua informação, os seus dados.
Em I&D, sendo nós uma empresa que resulta de inovação, procuramos manter muito foco em continuar a investigar e desenvolver soluções que respondam aos desafios que o avanço tecnológico proporciona. É por isso que integramos consórcios como o “City Catalist – Catalisador para Cidades Sustentáveis”, onde trabalhamos no desenvolvimento de soluções de comunicação segura em ambiente IoT, e o “Discretion “, no âmbito do Programa Europeu de Desenvolvimento Industrial de Defesa, que tem como objetivo o fornecimento de serviços de criptografia de alta segurança de última geração para serem aplicados em cenários de Defesa.
Desde o início deste ano que a cibersegurança tem vindo a ser mais noticiada, em resultado de ataques a algumas empresas de referência. Como olham para este tema?
Os ciberataques não são uma novidade e o seu crescimento é algo que tem vindo a acontecer há vários anos. Essencial é que todas as organizações tenham consciência de que isto não é um fenómeno passageiro, mas sim algo que veio para ficar e que é essencial prepararem-se o mais possível primeiro, para procurar evitar sofrer um ciberataque, segundo, para, em caso de o sofrerem, rapidamente recuperarem.
A Adyta ajuda os seus clientes a protegerem-se de ciberataques?
Procuramos fazê-lo. É essencial que as organizações tenham um autoconhecimento alargado sobre a sua exposição a riscos de cibersegurança, devendo regularmente testar os seus sistemas, procurando falhas que possam corrigir prontamente. Além disso, importa informar e formar os colaboradores, porque muito do risco está associado à falta de conhecimento e preparação do humano. E depois é fundamental ter um plano de resposta a incidentes que permita a uma empresa, por exemplo, recuperar rapidamente, e com o menor dano possível, de um ciberataque. Na Adyta procuramos ajudar em todas estas fases.
Por tudo isso, considera importante o investimento em cibersegurança?
Sim. A cibersegurança é um investimento e não um custo. Porque o verdadeiro custo acontece quando uma entidade perde os seus ativos (informação, dados, elementos de trabalho), por falta de cuidados com cibersegurança. E, como disse Richard Clarke, “se uma empresa investe mais em café do que em cibersegurança, então vai ser atacada”.