Nesta edição da revista Mais Magazine, estivemos à conversa com o presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel – ARAN. Assumindo como missão promover, defender e apoiar os interesses legítimos das atividades do setor automóvel que representa, a ARAN é atualmente uma referência nacional no domínio do Associativismo Automóvel Português.
Com mais de 80 anos de história, a ARAN surgiu no Porto, como Grémio das Oficinas do Norte e a partir dos anos 90 adquiriu âmbito nacional. De olhos postos no futuro, a instituição mantém há oito anos como foco o associado e a sua melhor representação e apoio.
A transição rápida do setor está a ser acompanhada pela ARAN, que participa de forma ativa e está consciente de que as decisões tomadas irão ser implementadas em Portugal e as empresas devem estar preparadas.
Atenta aos problemas do setor, a associação já mostrava antes da pandemia uma preocupação com a carga fiscal, a falta de regulamentação e a economia paralela. O novo contexto pandémico trouxe a necessidade de tomar medidas urgentes nomeadamente a criação de um Protocolo Sanitário em conjunto com as outras associações, o fornecimento de máscaras e de desinfetantes e o apoio jurídico constante.
A falta de componentes específicos, que irá condicionar a atividade económica até depois do ano 2022 e a falta de produção de veículos, que levará a uma procura maior de carros usados, são alguns dos desafios que o setor enfrenta. O tema foi debatido na Conferência Comemorativa dos anos da ARAN “ Repensar o Futuro do Setor”, onde todos os participantes concordaram que um dos grandes reptos é conseguir uma regulamentação justa para o setor automóvel. A somar também a alteração na legislação europeia de distribuição e reparação de automóveis. As dificuldades estendem-se ao negócio das peças aftermarket, a começar pelo aumento do custo das matérias-primas, que também se reflete no setor automóvel.
Com um papel essencial, a missão da ARAN passa por valorizar as profissões do setor, desde o vendedor, mecânico ao motorista de pronto socorro. Uma valorização que passa pela aposta na formação e aquisição de novas competências técnicas e comerciais com ferramentas tecnológicas adequadas.
Os próximos anos serão tempos de grandes desafios, mas também de oportunidade, e a ARAN tem a premissa de continuar a defender o setor automóvel, que concentra 19 por cento da receita fiscal do país. Consciente de que o setor automóvel representa um papel de extrema importância, a associação é a favor da criação de um plano específico de medidas de apoio ao setor.
Com um mercado cada vez mais global, a ARAN garante estar preparada para continuar o trabalho com foco no futuro para representar os associados apresentando-lhes as melhores soluções de gestão.