O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) é membro efetivo da Associação Europeia de Universidades (EUA), onde 47 países estão representados através das suas Universidades, Conselhos de Reitores e outras organizações de Ensino Superior e investigação. Em Portugal o CRUP integra como membros efetivos o conjunto das Universidades públicas, o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, a Universidade Católica Portuguesa e o IUM – Instituto Universitário Militar, num total de 16 instituições de Ensino Superior. Fique a conhecê-lo um pouco melhor pela voz do seu Presidente, António de Sousa Pereira.
O CRUP é uma entidade de coordenação do ensino universitário em Portugal que, desde a sua fundação, norteia a sua atuação pela consciência da importância decisiva do Ensino Superior para o desenvolvimento humano e material do país e, consequentemente, para a consolidação do seu sistema democrático e da sua vida cívica. Por forma a melhor promover a qualidade, modernização e expansão do Ensino Superior, representando 16 das suas maiores instituições, o CRUP tem-se afirmado, ao longo dos anos, como um fórum especializado de análise, reflexão e debate sobre políticas públicas dirigidas ao sistema universitário português. Neste sentido, não admira que o CRUP seja, cada vez mais, “um parceiro de referência na governação do Ensino Superior”.
O CRUP assume como uma das principais missões contribuir para que Portugal disponha de um Ensino Superior moderno, dinâmico e eficiente, que prepare as novas gerações para enfrentarem com competência os desafios do presente e do futuro, e que contribua para assegurar a dignidade e o progresso do país. Para António de Sousa Pereira, Presidente do CRUP, a estratégia para atingir este objetivo deverá passar, em primeiro lugar, pela alocação de recursos (financeiros, infraestruturais, científicos, tecnológicos e humanos) que garantam às universidades condições para o cabal cumprimento da sua missão institucional e dos seus deveres sociais (criação de valor para a sociedade). A adoção de um regime jurídico e de políticas públicas “que reforcem a autonomia, agilizem a gestão e desburocratizem os processos da governação universitária” é também, para o Presidente, uma das principais diretrizes a seguir, a que se junta ainda “a promoção da internacionalização das instituições”, criando incentivos à atração de talento internacional, à produção de saber com impacto global e à integração em consórcios e redes de conhecimento europeus.
Depois das dificuldades que a crise sanitária colocou às instituições, há que recuperar o tempo perdido e acelerar o desenvolvimento do Ensino Superior à boleia da recuperação económica pós-pandemia, da execução dos novos fundos europeus, da implementação da Agenda Estratégica da UE e das disrupções tecnocientíficas que acontecem no mundo. Para António de Sousa Pereira, o principal desafio passa por ter “um Ensino Superior em Portugal com mais qualidade, maior impacto internacional, mais apto para produzir conhecimento e mais capaz de criar valor económico, social e cultural”. Para isso, o CRUP tem trabalhado com as universidades que representa no sentido de encontrar estratégias comuns e formas de atuação conjunta, que permitam superar dificuldades e, ao mesmo tempo, maximizar potencialidades e sinergias.
A vertigem disruptiva em que se encontra o mundo acentuou a importância do Ensino Superior, enquanto um dos atores fundamentais na transição para modelos de sociedade em que o conhecimento é a principal energia transformadora. Consciente desta realidade o CRUP promete continuar ativo, responsável e construtivo na defesa do Ensino Superior português, cujo futuro promete ser auspicioso. António de Sousa Pereira realça neste contexto a importância da “massa crítica e capacidade instalada” das universidades portuguesas, que lhes permitirá no futuro dar “um salto qualitativo, desde que seja criado em Portugal um contexto que valorize os centros de produção e difusão do conhecimento”. Se tal acontecer, o Presidente do CRUP perspetiva “um Ensino Superior com processos de ensino-aprendizagem mais modernos, maior capacidade científica e tecnológica, níveis mais elevados de internacionalização e maior interação com o tecido social e empresarial”.