Há 11 anos que a BioGenoa – Serviços e Gestão de Resíduos atua no mercado da recolha, tratamento e reencaminhamento de óleos alimentares usados (OAU), na região da Grande Lisboa e do Alentejo. Com uma atuação movida pela paixão pelo meio ambiente, a BioGenoa ajuda hoje organizações e empresas a assegurar a sustentabilidade do amanhã.
Foi em 2011 que a empresa que lhe damos a conhecer nesta edição iniciou a sua aventura pelo mundo dos negócios e na defesa do ambiente. Hoje, mais de uma década depois, a BioGenoa é uma empresa de referência no mercado, com raízes sólidas nas áreas onde atua e presta serviços de recolha e tratamento dos OAU, consultoria ambiental, limpeza de filtros das hottes e de caixas separadoras de gorduras. “Desde sempre nos pautamos pelo compromisso de contribuir para a redução das emissões de CO2 e poupança de água, assim como pela sustentabilidade da atividade de forma a manter um serviço de qualidade”, começa por confidenciar Vânia Torres, Sócia-Gerente, acerca do posicionamento da empresa no mercado.
BioGenoa: a sua escolha na recolha e gestão de OAU
A BioGenoa tem, desde a sua génese, como principal atividade a recolha de OAU junto de estabelecimentos do canal HORECA, da indústria e do canal doméstico. Por forma a prestar um serviço de proximidade a todos os seus clientes e parceiros, a empresa do Montijo tem vindo a crescer em número de pontos de recolha de OAU e, paralelamente, na área geográfica de representação, seguindo a passos largos para um plano de recolha nacional. “A BioGenoa disponibiliza o serviço de recolha de OAU de forma gratuita. Neste momento, os nossos serviços já se estendem um pouco para a zona Centro do país, mas incidem principalmente na área da Grande Lisboa, distrito de Setúbal e toda a região do Alentejo”.
Seguindo a premissa da economia circular, os OAU recolhidos pela empresa são posteriormente tratados e reencaminhados para utilização no fabrico de biocombustíveis. “Depois de recolhido o resíduo é transportado até aos nossos armazéns, onde é processado em tanques de grande capacidade até à sua expedição para fábricas de biocombustíveis nacionais”, explica.
No caso concreto da BioGenoa, existe ainda um outro destino para os OAU recolhidos. Graças a uma parceria com um projeto de caráter inovador e totalmente desenvolvido na Universidade de Coimbra – o Green Grease, os óleos recolhidos pela BioGenoa são ainda transformados em detergentes ecológicos de elevada biodegradabilidade. Um movimento inovador que pretende ser uma inspiração para iniciativas futuras de âmbito global nas áreas da ecologia, reciclagem e valorização dos recursos.
Uma empresa viciada em sustentabilidade
Não restam dúvidas de que a humanidade se depara, de ano para ano, com um agravar dos problemas relacionados com o ambiente. Cada vez mais são necessários novos modelos económicos que permitam a sustentabilidade da humanidade e do planeta. A economia circular pode ser um dos passos para a resolução deste problema. Através da circularização dos fluxos de recursos é possível minimizar a extração e maximizar a produtividade, como explica Vânia Torres: “Se pensarmos no caminho que o carbono existente nos OAU percorreu, podemos observar a circularidade deste resíduo transformado agora em matéria–prima. As plantas oleaginosas utilizam a luz solar para capturar CO2 da atmosfera e produzir gordura que se acumula nas sementes. Depois essas sementes são utilizadas, sob a forma de gordura, na alimentação humana através da fritura de alimentos. Por fim, após esta utilização ficamos com um resíduo que se transforma em matéria-prima para o fabrico de biocombustíveis e detergentes, completando assim o seu caminho circular”.
Neste âmbito importa referir as inúmeras vantagens que os produtos feitos à base de OAU têm no meio ambiente, nomeadamente o biodiesel que, quando comparado ao gasóleo ou ao biodiesel produzido a partir de óleos e gorduras novas, se afigura como um produto totalmente renovável, biodegradável e com baixa pegada carbónica.
Sensibilização promove transformação positiva na comunidade
Os óleos alimentares foram durante muitos anos eliminados de forma incontrolada, acabando por representar um potencial perigo de contaminação, quer dos solos, quer das águas, tanto a nível de aquíferos como das ribeiras e águas do mar. E, apesar da reciclagem de OAU ter entrado no mundo dos portugueses há cerca de duas décadas, continua a ser necessário reforçar a importância da separação de resíduos na atualidade. “Infelizmente, ainda existe algum desconhecimento de que o óleo alimentar, depois de usado nas frituras dos alimentos, pode e deve ser enviado para reciclagem. Quando se despeja o óleo no esgoto isso provoca problemas nas estações de tratamento, elevando os custos operacionais das ETAR ́s, não esquecendo que esses custos são pagos por todos nós, cidadãos portugueses. Neste momento, a recolha de OAU abrange praticamente 100% dos estabelecimentos comerciais e, podemos afirmar que nós, os OGR (operadores de gestão de resíduos), enquanto empresas privadas e sem qualquer apoio estatal, já efetuamos com sucesso esse trabalho de consciencialização ao longo dos anos. No entanto, ao nível dos OAU provenientes do sector doméstico estamos ainda a trabalhar para que se consiga atingir metas equivalentes ao já conseguido no canal HORECA”, alerta. É a pensar na importância da consciencialização e sensibilização para esta problemática que a BioGenoa tem neste momento acordos com 17 Municípios para a recolha dos OAU a nível doméstico. “Para além disso, em conjunto com os municípios onde temos parcerias, efetuamos investimento em equipamentos, disponibilizamos informação às populações de forma a incentivar boas práticas sociais e ambientais, divulgamos informação nos meios digitais e em ações de sensibilização junto dos mais pequenos, nas escolas, onde o futuro começa a ser preparado”.
Movida pela paixão pela sustentabilidade e pelo meio ambiente, a BioGenoa continuará no futuro a traçar o seu caminho na procura de melhores práticas, melhores equipamentos, mais investimento em energias renováveis, proximidade ao cliente, responsabilidade social e formação dos seus quadros. “Acreditamos que todos estes objetivos nos ajudam a ser mais competitivos e resilientes. Queremos continuar a contribuir para um ambiente melhor”.