A AIB é a entidade responsável por defender os interesses e direitos de todos os seus associados no ramo do bacalhau, promovendo aquele que é um dos produtos mais apreciados da gastronomia portuguesa. Em entrevista à Mais Magazine, Luísa Melo, presidente da direção da AIB (Associação dos Industriais do Bacalhau), deu a conhecer o trabalho desenvolvido pela associação.
A missão da AIB passa por “promover o desenvolvimento da atividade industrial do bacalhau, representando, intervindo e defendendo de forma efetiva os in-teresses empresariais do setor”, explica Luísa Melo. Esta atuação concretiza-se, sobretudo, através da divulgação e valorização da indústria de salga e secagem do bacalhau, bem como da indústria de bacalhau demolhado ultracongelado, nas suas vertentes de transformação e comercialização.
Desde a sua fundação, a 17 de novembro de 1993, a associação tem procurado ser um pilar de apoio para as empresas do setor. “A AIB procura contribuir para o desenvolvimento do setor em geral e das empresas associadas em particular, prestando informação concreta e atualizada sobre as diversas matérias inerentes à atividade”, refere a presidente. Essa informação abrange um vasto leque de áreas — “económica, financeira, social, ambiental, fiscal e aduaneira” — refletindo o compromisso da AIB com uma visão integrada da indústria.
A cooperação com outras entidades é outro eixo essencial da sua atuação. “A AIB norteia a sua atividade por uma política de estreita colaboração com entidades e instituições, nacionais e internacionais, privilegiando as importantes relações que mantém com os organismos oficiais que tutelam o setor”, sublinha Luísa Melo.
Paralelamente, a associação tem vindo a apostar na inovação e no desenvolvimento tecnológico. “A promoção da investigação tecnológica para o desenvolvimento de projetos inovadores que contribuam para a modernização e otimização da indústria que representamos é uma das atribuições estatutárias que mais valorizamos”, destaca a responsável, consciente de que o futuro do setor depende da sua capacidade de se adaptar e evoluir.
Contudo, os desafios que o setor enfrenta, com a sucessiva diminuição da quota de pesca e a introdução do regulamento UE 2023/2720, que impôs a aplicação de direitos aduaneiros à matéria-prima proveniente da Rússia, tem tido como consequência um aumento significativo de preço do produto, situação que se manterá em 2026 e que faz antever fortes desafios para a indústria do sector.
