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Em entrevista, Miguel Castelo-Branco, presidente da Faculdade de Ciências de Saúde da UBI destaca a singularidade desta instituição no modelo de ensino centrado no estudante e no uso de tecnologias de ponta.

Em que aspetos é que a Faculdade de Ciências da Saúde da UBI se diferencia de outras instituições similares?

A Faculdade de Ciências da Saúde da UBI diferencia-se pela sua identidade própria no que diz respeito ao modelo de ensino aprendizagem que desenvolve, centrada no estudante, com uso das mais atuais tecnologias e instrumentos pedagógicos, além disso entrosa-se com a região e com as suas especificidades, quer oportunidades quer desafios, como o da população idosa e a baixa densidade. Promove a integração entre academia, população e região, através de projetos de investigação conduzidos pelo Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) e pelo Centro Académico Clínico das Beiras (CACB), que envolvem parcerias com unidades locais de saúde, instituições de ensino superior e organizações públicas e privadas. O UBIMedical desempenha, também, um papel crucial como elo de ligação entre a investigação em saúde e as necessidades da sociedade, operando com dois pilares fundamentais: a incubação de base tecnológica e a componente laboratorial. Ao oferecer serviços de scouting, pré-incubação e aceleração a projetos empreendedores, tem impulsionado o surgimento e crescimento de 41 startups, muitas delas oriundas da investigação ubiana. Essas empresas não só fortalecem um cluster biomédico e biotecnológico na região, mas também atraem outras de fora, além de participarem ativamente em projetos de I&D. Com uma variedade de laboratórios es-ecializados, contribui para a prestação de serviços altamente especializados, realização de projetos em consórcio, fixando pessoas e apoiando as empresas incubadas. A par destas evidências e numa perspetiva ligada à tecnologia mais avançada, como é o caso da cirurgia robótica feita por apoio tecnológico, incluindo a Inteligência Artificial, criámos uma nova versão do centro de desenvolvimento e competências cirúrgicas, com a designação de CUBI – “Cirurgia na Universidade Da Beira Interior”, e uma das áreas em que estamos a apostar é a da cirurgia robótica.

Miguel Castelo-Branco, Presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI

Qual é a principal missão do vosso CICS – Centro de Investigação em Ciências da Saúde?

A principal missão do CICS é apoiar a investigação em diversas áreas da saúde, como BioFarmacêutica, Biomateriais, descoberta de drogas, hormonas e metabolismo, produtos naturais, investigação microbiológica, doenças neurológicas e neurovasculares, e doenças respiratórias e alérgicas. A investigação é conduzida por investigadores de excelência em laboratórios altamente equipados, resultando numa ampla produção científica e contribuindo para o surgimento de novas empresas, bem como para o desenvolvimento económico da região. Atualmente, integrado no RISE-Health que é uma rede de centros de investigação, permite que haja uma descentralização em termos dos polos, do funcionamento do próprio centro de investigação. Além disso, possibilita mais solidez, aumenta o número de investigadores e o número de áreas em volta dos pontos de investigação e consequentemente a expansão das áreas de pesquisa envolvidas.

De que forma é que os prémios que têm arrecadado ao longo dos anos contribuem para a reputação e excelência académica da vossa instituição?

Reconhecer o mérito do caminho que se tem trilhado é importante, particularmente nas escolas mais recentes, com menos tradição e contra as quais existem ainda alguns preconceitos, dada a sua falta de história. Reconhecido internacionalmente, o Mestrado Integrado em Medicina destacou-se no ranking da U-Multirank, refletindo o compromisso da FCS com a aprendizagem ativa e inovação na educação médica. Os prémios recebidos ao longo dos anos são o reconhecimento do compromisso com a excelência académica e a qualidade da investigação realizada pela FCS da UBI. A mais recente acreditação do mestrado integrado em medicina pela A3Es é o reflexo da nossa exigência. Os prémios fortalecem a reputação da instituição como um centro de excelência em saúde e inovação, atraindo talentos e investimentos adicionais, além de promover a transferência bem-sucedida de avanços científicos para a indústria, contribui para o desenvolvimento económico e social.

Como avalia o trabalho desenvolvido pela Faculdade de Ciências da Saúde até ao momento e quais são as suas expetativas relativamente ao futuro?

Até ao momento, avaliamos o trabalho desenvolvido pela Faculdade de Ciências da Saúde da UBI como altamente satisfatório e em linha com a sua missão de promover a mais elevada qualidade académica, investigação de ponta e prestação de serviços à comunidade. As nossas expetativas para o futuro são de continuar a crescer e inovar, adaptando-nos às necessidades em constante evolução da sociedade e impulsionando avanços significativos na área da saúde. Estamos comprometidos em continuar a fortalecer parcerias, tanto a nível nacional quanto internacional, e a contribuir para um desenvolvimento mais equilibrado e saudável da região e do país. Afirmar o compromisso da FCS – UBI com a investigação não é apenas académico, mas um veículo para moldar um futuro mais saudável e próspero.