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A Universidade Nova de Lisboa, uma das principais instituições de ensino superior em Portugal, destaca-se pelo seu compromisso com a excelência académica e a inovação. Fundada em 1973, esta instituição tem-se afirmado como um polo de conhecimento de renome internacional.

Apresente-nos a Universidade Nova de Lisboa, bem como a oferta formativa que disponibiliza aos seus alunos.

A Universidade NOVA de Lisboa é o resultado de uma das mais ambiciosas transformações do sistema de ensino superior português. Fundada em 11 de agosto de 1973, a NOVA revolucionou, desde o início, o ensino universitário em Portugal, ao lançar uma oferta letiva pioneira que pretendia formar cidadãos empenhados no desenvolvimento do país e do mundo. Da forte aposta na colaboração, na internacionalização e na interdisciplinaridade resulta uma investigação de grande prestígio e uma capacidade formativa orientada para a empregabilidade e para o empreendedorismo. Tem nove unidades orgânicas localizadas em 4 municípios da Grande Lisboa. Cobre áreas do conhecimento que vão das Ciências, Engenharias e Tecnologia, à Economia e Gestão, passando pelo Direito, Ciências Sociais e Humanas, Medicina e Saúde. Conta com cerca de 25 mil estudantes, 20% são estrangeiros, oriundos de 110 países. A NOVA é, também, a única universidade portuguesa com um campus fora do território nacional – NOVA Cairo – localizado na zona da nova capital administrativa do Egito. Orientada pela visão estratégica de ser uma universidade global e cívica, a NOVA assume o compromisso de servir o país e a sociedade em geral através do conhecimento, cumprindo a sua missão como instituição pública portuguesa, que se orgulha de ser.

De que forma é que a Universidade Nova de Lisboa marca pela diferença no panorama de ensino superior português? Regista alguma característica que mais nenhuma instituição tem?

A Universidade NOVA de Lisboa distingue-se, no panorama do ensino superior português, pela associação de três “ingredientes”: inovação, internacionalização e um forte compromisso com o desenvolvimento das comunidades onde está inserida. A internacionalização na Universidade NOVA de Lisboa, que começa logo pelo corpo docente e se estende a toda a comunidade, enriquece significativamente a formação dos estudantes. A presença de docentes, investigadores e estudantes estrangeiros proporciona uma perspetiva global e diversificada, enriquecendo o ambiente académico com diferentes abordagens e experiências. Para a efetivação desta componente internacional, muito contribui a participação em redes globais de Universidades, com destaque para a EUTOPIA, uma aliança estratégica de 10 universidades europeias. Reforçamos o nosso impacto nacional, a sul, com o Consórcio Campus Sul, que junta a Universidade NOVA de Lisboa a Universidade de Évora e a Universidade do Algarve. É ainda de reforçar que os estudantes da NOVA são formados num ambiente académico favorável à igualdade, à diversidade e à inclusão. Atualmente estão disponíveis bolsas de estudo que visam garantir o acesso equitativo ao ensino superior e a mobilidade entre níveis de estudos de forma a apoiar a coesão social, a igualdade de oportunidades e as aspirações de uma vida melhor a todas as pessoas com motivação e talento, independentemente das suas condições económicas.

João Sàágua, Reitor da Universidade Nova de Lisboa

A investigação é uma das apostas desta instituição? Atualmente estão envolvidos em algum projeto que gostasse de destacar?

A investigação na NOVA tem crescido qualitativa e quantitativamente, acolhendo 36 Unidades de Investigação e Desenvolvimento, que são reconhecidas como unidades de excelência, em todas as nossas áreas de conhecimento. A NOVA é a primeira universidade portuguesa em angariação per capita de financiamento europeu. 108 milhões de euros do Programa Quadro Horizonte 2020 e 68,80M€ no Horizonte Europa, através de 119 projetos, 37 liderados por investigadores da NOVA. Os nossos investigadores destacam-se por terem recebido 34 bolsas “milionárias” do programa European Research Council Grants , totalizando 42,8M€. Em 2020, a NOVA alcançou mais um marco ao tornar-se a primeira universidade portuguesa com uma bolsa ERC Synergy na área das Humanidades, 10M€. Em 2023, a Comissão Europeia e o Governo Português concederam à NOVA 33 milhões de euros para a construção e lançamento do Instituto de Biologia de Sistemas aplicada à Medicina, um centro de excelência pioneiro na aplicação de tecnologias biomédicas e digitais emergentes na área da saúde, com vista ao desenvolvimento de soluções para medicina de precisão. A Investigação feita na NOVA tem grande impacto na sociedade e na economia. A NOVA foi considerada em 2022 a Universidade mais empreendedora entre as Universidades com menos de 50 anos, resultando em mais do que uma centena de startups ativas criadas pelo ecossistema da NOVA. Recentemente, a Spinoff da NOVA CellMAbs foi protagonista do acordo mais significativo realizado por startups portuguesas na área das ciências da vida em Portugal, que inclui tecnologia da NOVA com vista ao desenvolvimento de um tratamento disruptivo para tumores sólidos. Esse acordo foi realizado com a empresa BioNTech, responsável pelo desenvolvimento de uma das vacinas para o COVID-19.

De que forma integram as novas tecnologias e adaptam os vossos métodos de ensino de forma a preparar os alunos para a entrada no mercado de trabalho?

Na NOVA o ensino sempre foi e será presencial e de proximidade. O toque humano do presencial é essencial para a nossa comunidade académica. Pessoas ensinam pessoas, colaboram com pessoas e avaliam pessoas. Tudo o mais é instrumental. O tempo de qualidade, a marca distintiva do ensino é a vida no campus, na sala de aula ou no laboratório, real, presencial, é o momento por excelência da aprendizagem. Mas há que tirar o melhor partido do digital. A componente mais expositiva é ‘exportada’ para uma ‘sala de aula www.unl.ptvirtual’, a que o aluno acede onde e quando quiser. Depois, na sala de aula real, presencial, o aluno vai esclarecer, questionar e operacionalizar esse conhecimento, através de debates, da solução de problemas, e do desenvolvimento de projetos em equipa. Mas, a própria sala de aula real está digitalmente transformada: ela possui tecnologia que possibilita a participação virtual, mas em tempo rela, por exemplo, de um professor que está em Oxford, ou de uma equipa que está a fazer trabalho de campo. Na NOVA isto está a acontecer a ritmo acelerado desde 2020 e estamos cada ver melhores a fazê-lo.

Para terminar, em termos futuros, onde é que vê a Universidade Nova de Lisboa? Que metas tem definidas para os próximos anos?

Ser, anos repetidos, campeã nacional em colaboração institucional, nacional e estrangeira, académica e não académica; mas, saber dizer “não” a quem não interessa, porque não partilha dos nossos valores. Enfrentar com sucesso, com os seus parceiros, os grandes desafios sociais de hoje.