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Famosa pelo incontornável Santuário do Cristo Rei, pela maravilhosa e privilegiada vista para a cidade de Lisboa e pelas praias da Costa da Caparica, Almada é um dos concelhos portugueses de visita obrigatória. Os passeios pedestres em contexto de natureza pura, o património, os inúmeros eventos culturais, e a oferta gastronómica de excelência, compõem uma oferta turística diversificada e para todos os gostos, 365 dias por ano.

Considerado por muitos a porta aberta para o sul de Portugal, o concelho de Almada destaca-se pela harmonia entre os prazeres da praia, o verde da natureza e o ambiente cosmopolita. A localização geográfica privilegiada de Almada, com uma vista soberba para o Rio Tejo e para a cidade de Lisboa, faz do concelho uma das paragens obrigatórias para quem visita Portugal. Neste concelho, localizado mesmo em frente à capital, pode-se vivenciar um leque de atividades, experiências e tradições que tornam Almada num destino turístico bastante diversificado durante todos os dias do ano. Para além das famosas vistas e praias de areia fina e branca, o concelho emoldurado pelo estuário do Tejo e pelo Atlântico, distingue-se também pelo seu património histórico, por uma oferta gastronómica de excelência, pelo tradicionalmente rico programa da sua agenda cultural, e por deter as condições ideais para a prática de um vasto leque de desportos marítimos e de natureza, apostando na sustentabilidade e na vida ao ar livre.

Aprecie o vasto e rico património histórico e cultural presente em Almada

Fazer um roteiro turístico pelos principais pontos de interesse em Almada não é tarefa fácil, não faltando locais emblemáticos e paisagens magnificas emolduradas pelo horizonte. O Santuário do Cristo Rei é o ex-líbris da cidade de Almada, este monumento, que se ergue a mais de 100 metros, com vistas de 360º sobre toda a região de Lisboa, o rio e o oceano, é um dos pontos turísticos de maior afluência procurado por milhares de visitantes e peregrinos durante todo o ano. Descendo até ao Mar da Palha, uma grande bacia do estuário do Rio Tejo, é nos possível chegar a Cacilhas, onde podemos encontrar o emblemático Farol de Cacilhas, o submarino Barracuda e a Fragata D. Fernando II e Glória, que recria a vida a bordo em pleno século XIX. Percorrendo as margens do Rio Tejo, podemos ainda avistar o Chafariz de Cacilhas, no coração da localidade, mesmo ao lado do secular Sítio Arqueológico da Fábrica Romana de Salga de Peixe (séculos I a III, d.C.) e da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, com a imagem que ainda hoje sai em procissão, pelo milagre de salvar as gentes de Cacilhas no terramoto de 1755.

Subindo ao centro de Almada, encontra-se grande parte do património histórico do concelho, nomeadamente o centro histórico, mas também a moderna Igreja da Nossa Senhora da Assunção, o Jardim Dr. Alberto Araújo, com o painel de cerâmica de Manuel Cargaleiro, o edifício da antiga Fábrica Nacional de Relógios Monumentais – “Boa Construtora”, prestigiada pelo fabrico de famosos relógios e maquinismos de carrilhão para monumentos nacionais e estrangeiros, ou ainda o edifício da Sociedade Filarmónica Incrível Almadense, a mais centenária das coletividades do concelho de Almada e a segunda mais antiga do país. Ainda no coração da cidade encontra-se a Igreja da Misericórdia, a Igreja de Santiago, o Jardim do Castelo, o Museu de Almada – Covas de Pão, o Sítio Arqueológico da Quinta do Almaraz e a Casa da Cerca que, além de ser o Centro de Arte Contemporânea de Almada, conta no seu Jardim “O Chão das Artes”, que explora a ligação entre a natureza e as artes plásticas, com vistas magníficas sobre o rio Tejo e a capital portuguesa. De destacar ainda a descida pelo elevador Panorâmico da Boca do Vento até ao Jardim do Rio, localizado mesmo junto às águas do rio Tejo, um belíssimo espaço de fruição que dá o mote para o seguimento do percurso nas importantes zonas de construção e reparação naval de Olho de Boi, Ginjal, Cacilhas e dos antigos estaleiros da Lisnave. Uma viagem até ao centro de Almada permite-nos ainda ficar a conhecer aquele é considerado o “pulmão da cidade”, graças aos 50 hectares ricos em fauna e flora que compõe o Parque da Paz. Este é um espaço ideal para toda a família e para os amantes de natureza e praticantes de desporto. Este vasto espaço de lazer apela à descoberta de uma natureza surpreendente, com cerca de sete quilómetros de caminhos pedonais e cicláveis por entre clareiras com relvados amplos, bosque, souto e pinhal manso, e lagos. No extremo norte do parque uma ponte pedonal liga-nos ao Parque Urbano do Pragal. O percurso segue por esta localidade, até ao novo Museu da Água, a caminho do Cristo-Rei, ou permite chegar ao centro da cidade. A Cova da Piedade, uma freguesia do concelho de Almada, está apetrechada com um tesouro que conta um pouco da origem das gentes de Almada. As zonas da Romeira e Caramujo revelam-nos a memória de um passado industrial, onde outrora se afirmavam o núcleo corticeiro, a antiga Fábrica de Moagem e a nora de ferro, e os segundos silos de cereais mais antigos da europa. Após anos de decadência, esta zona ganha agora uma nova vida com a arte urbana que decora e pinta as suas paredes e muros. Neste sentido, o Museu de Almada é um espaço de grande importância para quem quer saber mais sobre a história dos almadenses, um espaço onde está materializada e preservada três mil anos de história da região. A beleza e as experiências únicas que se podem encontrar em Almada não se resumem apenas à própria cidade e às margens banhadas pelo Rio Tejo. Uma série de localidades pitorescas que circundam a cidade de Almada e a própria autenticidade das suas gentes, contam a história das atividades ribeirinhas tradicionais que se realizavam nas localidades. Neste sentido, a Trafaria, o Porto Brandão ou a Caparica desvendam um pouco mais da história dos almadenses. Por exemplo, na Caparica, o Convento dos Capuchos, com os seus jardins e miradouros, assume-se hoje como um centro cultural com programação de excelência, um património arquitetónico e histórico que ainda espelha a simplicidade, o isolamento e a contemplação do quotidiano dos frades franciscanos que aqui viveram. Na zona mais rural do concelho, a Sobreda destaca-se pela forte tradição de arte equestre e pela sua antiga quinta agrícola do século XVIII, o Solar dos Zagallos, hoje também centro cultural que, juntamente com os seus jardins românticos e capelas, conserva um vasto espólio de azulejos portugueses e é digno de visita.

Almada é reconhecida pela junção do ambiente cosmopolita, paisagens verdejantes e areais de areia fina e branca

Aliado ao vasto e único património histórico e cultural aqui presente, Almada é ainda o epicentro de um extenso património natural para explorar. Aliás, o concelho sempre teve uma forte ligação à Natureza, algo que não é de estranhar, uma vez que 24% do seu território é ocupado por área florestal. Assim, a comunhão entre os espaços verdes e o ambiente citadino é uma marca indelével de Almada. A Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos é prova disso mesmo, sendo que percorrer os seus trilhos permite alcançar os miradouros sobranceiros às praias, de visita obrigatória, e explorar a Arriba Fóssil da Costa da Caparica, área protegida de grande relevância geológica e geomorfológica, vegetação autóctone e espécies de fauna e flora raras. Por todo o concelho de Almada é possível encontrar parques e espaços verdes, graças à forte aposta na Natureza e sustentabilidade com que o concelho sempre se comprometeu. São muitos os parques urbanos e jardins que proporcionam uma experiência única de contacto com a Natureza, fazendo com que Almada seja uma das dez cidades mais verdes de Portugal (com 0.27m2 de jardins e parques por cada 1000 habitantes). Destaque para o Parque Aventura da Charneca de Caparica, que oferece áreas de recreio infantil, arborismo e escalada, percursos pedonais e pista ciclável, e para o Jardim Urbano da Costa da Caparica, que conta com um corte de ténis, vários percursos cicláveis e espaços de recreio infantis e juvenis. Como não poderia deixar de ser, as caraterísticas ímpares que os espaços verdes de Almada apresentam, formam um grande aliciante aos amantes de desportos junto da Natureza. Por isso mesmo, a região é fértil para a prática de trekking, com destaque para a Grande Rota Europeia do Caminho do Atlântico (GR11-E9) e também de desportos radicais. A prática de parapente, passeios de bicicleta e cavalo e os piqueniques também são recomendados. No Monte de Caparica localiza-se a Faculdade de Ciências e tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, aí existe um campus universitário e tecnológico que alberga centros de investigação de renome e também ninhos empresariais, atraindo a Almada não só população estudantil como investigadores e investidores. Aqui a natureza é inspiradora da inovação, da tecnologia e da ciência.

À areia fina e branca das praias de Almada, juntam-se as belas paisagens que emolduram o cenário balnear do concelho

Almada é igualmente reconhecida e procurada pelos seus extensos areais, que nos brindam com uma área fina e branca de excelência para a prática balnear. Às tonalidades do azul das praias, junta-se a paisagem verde dada pela Arriba Fóssil, que circunda e dá cor a cerca de 13km de areal. As praias dunares, que se iniciam logo após o local de junção do Tejo e do Atlântico, passando pela Frente Urbana de Praias da Costa da Caparica até, mais a sul, percorrer as terras da Costa e chegar à aldeia piscatória da Fonte da Telha, as paisagens e diferentes ambientes, tornam inconfundíveis as praias da região. Dadas as circunstâncias, a frente atlântica de Almada atrai milhares de pessoas e oferece excelentes condições para a prática de desportos de onda e fascina pelos seus sunsets, sempre apetecíveis e pela sua ligação à pesca tradicional, em especial à Arte Xávega, património identitário da Costa da Caparica. A excelência destas praias confere-lhes a todas a Distinção de Praia Qualidade Ouro, pela Quercus e a dez delas, a Distinção Bandeira Azul, pela FEE.

A oferta gastronómica de Almada deixa qualquer um de água na boca

Muitas das iguarias que fazem parte da cozinha tradicional portuguesa podem ser encontradas em Almada, sendo parte integrante da identidade do concelho. Assim, uma visita a Almada só fica completa se fizer uma pausa para saborear a apetitosa e generosa oferta gastronómica do concelho, que reflete em cada prato a autenticidade tradicional, mas também a inovação cosmopolita que se sente nas cozinhas de autor que se podem provar. Naturalmente que o roteiro gastronómico de Almada está fortemente ligado aos sabores extraídos do oceano, sendo exemplo os pratos de peixe fresco, marisco, cataplanas, caldeiradas, “Ameijoas à Bulhão Pato” e carvoadas que se podem encontrar pelos restaurantes almadenses. Para adoçar a boca, a doçaria típica de Almada, a região convida a provar os típicos Pastéis Al-Madan, os Cláudinos, os Pastéis de Santo António, entre muitas outras pérolas da pastelaria e confeitaria. Estes sabores locais expressam-se por meio de vários eventos gastronómicos, que se unem a tantos outros, numa agenda cultural dinâmica e bem recheada de atividades de grande notoriedade (em áreas como a música, o teatro ou o desporto), ao longo de todo o ano. Cada vez mais, a vida cultural almadense atrai não só os locais como os visitantes nacionais e estrangeiros, potenciando um território fértil em criatividade, modernismo e empreendedorismo. Assim, não faltam razões para fazer uma visita a Almada e ficar a conhecer as singularidades deste território e deixar-se levar pelas inúmeras experiências que aqui pode encontrar. Sempre com o Tejo no horizonte, o vasto leque de oferta turística garante que qualquer dia é um bom dia para conhecer Almada.