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O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) está presente em 8 municípios de Portugal Continental através de 85 cursos e cinco escolas distribuídas por dois campus, um em Setúbal e outro no Barreiro. Ângela Lemos assume a presidência do IPS desde abril e foi com ela que estivemos à conversa para conhecer o presente e projetos futuros desta instituição, como é exemplo a criação da nova Escola Superior em Sines.

O IPS surgiu em 1979 integrando inicialmente as duas escolas localizadas em Setúbal: a Escola Superior de Tecnologia e a Escola Superior de Educação. Atualmente engloba, para além destas, a Escola Superior de Ciências Empresariais, a Escola Superior de Tecnologia do Barreiro e a Escola Superior de Saúde. Com 42 anos de história, o IPS foi construindo a sua oferta formativa em consonância com as necessidades da região. “Os seus fundadores cedo compreenderam que o seu desenvolvimento dependia de uma relação forte com o tecido social, empresarial e industrial da região, nomeadamente da península de Setúbal”, começa por explicar Ângela Lemos. O alargamento à cidade do Barreiro, com a construção de uma escola de tecnologia e engenharia, foi o primeiro passo. Hoje, a instituição desenvolve a sua atividade em diferentes regiões que vão desde o Alentejo – Ponte de Sor, Sines e Grândola – a Lisboa Norte – Loures, Amadora e Vila Franca de Xira. “Este alargamento terá uma maior incursão no litoral alentejano com a construção, em parceria com o município, da nova escola de Ensino Superior em Sines”, adianta a Presidente.

Atualmente com cinco Escolas Superiores, situadas no campus de Setúbal e no campus do Barreiro, que abrangem um leque significativo de áreas do saber e oferecem um largo espetro de programas de formação, o IPS torna-se indispensável na região em que se insere e na oferta formativa a nível nacional. A aposta em formações de diferentes níveis de ensino – Cursos Técnicos Superiores Profissionais, Licenciaturas, Pós-graduações e Mestrados – diversificadas e multidisciplinares, que promovem e desenvolvem o pensamento crítico e a inovação através da aquisição e do aprofundamento do conhecimento científico, têm permitido aos diplomados do IPS serem reconhecidos e valorizados no mercado de trabalho pela sua sólida formação cultural, científica e técnica. No domínio da mobilidade o IPS tem acordos com diversas universidades e instituições internacionais de ensino superior de prestígio, favorecendo a cooperação estratégica entre instituições, bem como o intercâmbio de experiências, culturas e de conhecimentos académicos. Neste domínio destaca-se a Aliança E³UDRES² (Engaged and En-trepreneurial European University as Driver for European Smart and Sustai-nable Regions) que o IPS integra, desde 2020, com mais cinco países (Áustria, Bélgica, Hungria, Letónia e Roménia), no âmbito das Alianças do Conhecimento para o Ensino Superior – Universidades Europeias. Esta aliança desenvolve-se mediante práticas de cocriação e de Ciência Cidadã, alicerçadas no trabalho em rede partilhado entre a academia e a comunidade, em torno de cinco dimensões: ensino e a aprendizagem, investigação, inovação, internacionalização e serviço à comunidade. “O envolvimento dos estudantes permite–lhes desenvolver competências transversais promotoras do sucesso no seu ingresso no mercado de trabalho”. Para além desta aliança, destacam-se ainda múltiplos projetos com instituições de Ensino Superior europeias e os projetos de formação desenvolvidos com Angola e Guiné-Bissau, que vieram contribuir para o desenvolvimento do sistema educativo e empresarial destes países.

O IPS é hoje a “casa” onde todos os dias estudam, investigam e inovam milhares de pessoas. A afirmação e o reconhecimento da atividade do IPS devem-se, em grande parte, à aposta na qualidade do processo de ensino e aprendizagem, na inovação, na investigação, no estabelecimento de parcerias e no desenvolvimento do território. À semelhança do presente, para o futuro “espera-se uma instituição de Ensino Superior centrada no estudante, que aposta continuamente no desenvolvimento das pessoas e da região, focando-se na inovação pedagógica e científica e na valorização e partilha do conhecimento”.