Serafim Fertuzinhos é uma empresa que possui uma rede de clientes espalhada pelos 5 continentes, exportando para mais de 30 países. Atualmente, é a única empresa em Portugal que se dedica ao fabrico de tesouras, estando a produzir um novo produto desenvolvido sob os princípios da sustentabilidade ambiental, como nos conta Jorge Silva, Diretor da Serafim Fertuzinhos.
Que tipo de produtos e marcas a Serafim Fertuzinhos oferece no mercado?
A Serafim Fertuzinhos é uma empresa familiar com 65 anos de história e a única produtora de tesouras do país. Temos duas marcas comerciais que nos permitem “separar” os dois segmentos de mercado que trabalhamos, o agrícola/jardim com a marca “CARPA” onde predominam as tesouras de podar, tesouras de colheita, tesourões e corta-sebes, e o doméstico/hotelaria com a marca “BA-TIL” onde enquadramos as tesouras de costura, alfaiate, de cozinha, entre outras.
Quais os valores que estão associados à missão da Serafim Fertuzinhos e que, desta forma, vos distingue das restantes empresas do mesmo ramo?
Creio que podemos apontar vários fatores, mas o mais importante será o facto de dominarmos todos os processos de produção e fazermos praticamente tudo dentro de portas. Não nos limitamos a desenvolver e fabricar a tesoura, fabricamos também o parafuso que é usado na nossa tesoura e inclusive a embalagem dessa tesoura, por exemplo. Com isto conseguimos o controlo absoluto sobre o processo, que se traduz numa maior celeridade na resolução de possíveis problemas e uma maior confiança para o cliente que nos aborda. Para além desta verticalidade na produção devemos também frisar a constante inovação, otimização do consumo de recursos e eficiência.
A sua empresa está presente em mais de 30 países. Qual o impacto que o mercado nacional representa no vosso volume de trabalho? E a nível internacional?
O mercado nacional representa cerca de 30% do nosso volume de negócios, o restante divide-se por cerca de 30 países em todas a latitudes, que vão desde a vizinha Espanha até ao México ou da África do Sul ao Canadá. Temos também uma empresa comercial no Brasil desde 2010, para servir exclusivamente aquele mercado.
Quais as metas para o futuro da Serafim Fertuzinhos?
Desde há mais de uma década que nossa empresa tem feito investimentos significativos na redução da pegada ecológica, desde a instalação de painéis fotovoltaicos, substituição de fornos a gás por fornos de indução, instalação de estação de tratamento de águas industriais e certificação ambiental desde 2019. Com este trabalho desenvolvido nas instalações da empresa, a ideia é passar agora para o produto, sendo que grande parte da produção já é pela sua natureza, “sustentável”, pois são produtos recicláveis compostos praticamente por metal, temos uma gama onde usamos polímeros e que queríamos melhorar. Então nasce agora a “Carpa Natura”, que utiliza biocompósito de fibra de coco nos cabos das tesouras, para diminuir a utilização de polímeros sintéticos sem perder a ergonomia nem a capacidade reconhecida dos produtos. Este é o desenvolvimento produtivo que estamos a trabalhar atualmente. Ao nível dos mercados, continuamos a alargar a lista de países onde queremos estar e temos feito algumas incursões em mercados onde achamos que há espaço para o tipo de produtos que fabricamos.
65 years of cutting the path to success
Serafim Fertuzinhos is a company with a customer network spread across five continents, exporting to more than 30 countries. It is currently the only company in Portugal dedicated to the manufacture of scissors and is producing a new product developed under the principles of environmental sustainability, as Jorge Silva, Director of Serafim Fertuzinhos, tells us.
What kind of products and brands does Serafim Fertuzinhos offer on the market?
Serafim Fertuzinhos is a family-run company with 65 years of history and the only producer of shears in the country. We have two commercial brands that allow us to “separate” the two market segments we work in: agricultural/gardening with the “CARPA” brand, where pruning shears, harvesting shears, loppers and hedge clippers predominate, and domestic/hotel with the “BA-TIL” brand, where we include sewing, tailoring and kitchen shears, among others.
What values are associated with Serafim Fertuzinhos’ mission and what sets you apart from other companies in the same industry?
I think we can point to several factors, but the most important is the fact that we master all the production processes and do practically everything in-house. We don’t just develop and manufacture the scissors, we also manufacture the screw that is used in our scissors and even the packaging for those scissors, for example. This gives us absolute control over the process, which means we can resolve any problems more quickly and the customer who approaches us has greater confidence in us. In addition to this verticality in production, we must also stress constant innovation, optimization of resource consumption and efficiency.
Your company is present in more than 30 countries. What impact does the national market have on your workload? And internationally?
The national market accounts for around 30% of our turnover, the rest is divided between around 30 countries in all latitudes, ranging from neighboring Spain to Mexico or from South Africa to Canada. We’ve also had a sales company in Brazil since 2010 to serve that market exclusively.
What are Serafim Fertuzinhos’ goals for the future?
For more than a decade, our company has made significant investments in reducing its ecological footprint, from installing photovoltaic panels, replacing gas ovens with induction ovens, installing an industrial water treatment plant and environmental certification since 2019. With this work carried out at the company’s facilities, the idea is now to move on to the product, with much of the production already being “sustainable” by nature, as they are recyclable products made up practically of metal, we have a range where we use polymers and we wanted to improve it. So now “Carpa Natura” is born, which uses coconut fibre biocomposite in the handles of the scissors, to reduce the use of synthetic polymers without losing the ergonomics or the recognizability of the products. This is the production development we are currently working on. In terms of markets, we continue to expand the list of countries where we want to be and we have made some inroads into markets where we think there is room for the type of products we manufacture.