: 25 de Abril, 2025 Redação:: Comentários: 0

Com uma sólida experiência em gestão financeira e liderança, Ana Dâmaso, uma mulher empreendedora e com visão para os negócios, desvenda alguns detalhes sobre a Cidade do Padel, um projeto promissor que terá um grande impacto a nível desportivo, social e económico.

Pode começar por nos falar um pouco sobre si? Quem é a Ana Dâmaso e como tem sido o seu percurso profissional até agora?

Sou uma mulher que vive com paixão e intenção. O meu percurso tem sido guiado por uma vontade profunda de contribuir para projetos que realmente façam a diferença na vida das pessoas. Cresci em ambientes exigentes, como o Instituto de Odivelas e os Pupilos do Exército, que me ensinaram o valor da responsabilidade, da disciplina e da entrega. Mas foi ao longo da vida profissional que aprendi a aliar a estrutura à empatia e a estratégia ao impacto.

Formei-me em Contabilidade e Administração, especializei-me em controlo financeiro e fui sempre evoluindo para funções de maior responsabilidade. Passei pela auditoria, pela direção financeira, pela liderança executiva e por contextos associativos nacionais e internacionais. Em tudo o que faço, o meu foco está nas pessoas — em criar estruturas que as libertem, em desenvolver negócios que as sirvam, em promover mudanças que gerem impacto real.

Ao longo da sua carreira, tem investido bastante na formação, como demonstra o Executive MBA que concluiu recentemente no ISCTE. Considera que a formação contínua é essencial para o sucesso?

Sim, acredito profundamente nisso. O Executive MBA que conclui agora no ISC-TE Executive Education em colaboração com a London Business School, foi mais do que uma formação académica — uma travessia interior. Um desafio para refletir sobre quem somos como líderes, como agentes de mudança, como seres humanos.

A formação contínua é liberdade: abre portas, expande a visão, ajuda-nos a reposicionar o nosso lugar no mundo. Sempre tive sede de aprender, mas hoje sei que aprender é também uma forma de me manter viva, curiosa e preparada para fazer parte de soluções maiores.

Durante 22 anos, esteve ligada ao Club 7. Que impacto teve este projeto na sua vida profissional e pessoal? Que balanço faz desse período?

O Club 7 foi mais do que um trabalho — foi uma casa. Durante 22 anos, acompanhei de perto a evolução de um espaço que se tornou uma referência na promoção da saúde e bem-estar em Lisboa. Trabalhei com a Pacific Investments, do Sir John Beckwith, cuja visão e exigência foram determinantes para o crescimento sustentável do projeto. Tive o privilégio de liderar equipas extraordinárias, com uma dedicação genuína ao bem-estar dos clientes, com total confiança para implementar mudanças estruturais, e de reinventar o negócio em plena pandemia, com a digitalização dos serviços em apenas uma semana.

Foi também ali que conduzi uma das negociações mais desafiantes da minha carreira — a do direito de superfície, que levou quase uma década a ser resolvida. Mas mais do que resultados, o Club 7 foi uma verdadeira escola de relações humanas, de liderança com proximidade e de criação de valor com propósito. Saí em setembro de 2022, após a venda do clube a um grupo de empresários portugueses liderado por António Gelweiller, Diogo Lino e António Ribeiro da Cunha. Saí com o coração cheio, com um legado construído com dedicação e integridade — e com a certeza de que, quando trabalhamos com verdade, o impacto permanece.

Atualmente, qual é a sua principal ocupação? Quais os desafios que enfrenta no dia a dia enquanto mulher e empreendedora?

Hoje, continuo a trabalhar por conta própria como facilitadora de negócios e consultora financeira. Apoio empresas e empreendedores na criação de planos de negócio, orçamentos, forecasts e estruturação financeira. Gosto de pôr as mãos na massa, mas também de ajudar a sonhar mais alto com os pés bem assentes na terra. O meu trabalho é técnico, sim — mas é, acima de tudo, humano. Tenho uma escuta ativa, uma intuição prática e uma vontade enorme de ver ideias ganharem forma.

Hoje, continuo a trabalhar por conta própria como facilitadora de negócios e consultora financeira. Apoio empresas e empreendedores na criação de planos de negócio, orçamentos, forecasts e estruturação financeira. Gosto de pôr as mãos na massa, mas também de ajudar a sonhar mais alto com os pés bem assentes na terra. O meu trabalho é técnico, sim — mas é, acima de tudo, humano. Tenho uma escuta ativa, uma intuição prática e uma vontade enorme de ver ideias ganharem forma.

Para si, o que significa ser uma mulher bem-sucedida?

Ser bem-sucedida é viver alinhada com os nossos valores. É ter a liberdade de dizer sim ao que nos inspira e não ao que nos fere. É liderar com competência e com coração. É construir legados, mas também laços. Para mim, o sucesso mede-se na qualidade dos projetos que abraçamos, no bem que fazemos aos outros e na paz com que colocamos a cabeça na almofada ao final do dia.

O sucesso não é um lugar onde se chega — é um estado de ser. E, neste momento da minha vida, sinto-me mais bem-sucedida do que nunca: por continuar a ser fiel a mim mesma, por continuar a crescer e por manter intacta a minha paixão por transformar o mundo à minha volta.

Onde se imagina daqui a cinco anos? Que objetivos ainda pretende alcançar?

Daqui a cinco anos, imagino-me envolvida em projetos que combinem o que mais me move: pessoas, bem-estar e impacto positivo no quotidiano das famílias. Tenho um carinho especial pela área do fitness, onde estive ligada durante tantos anos, e acredito que ainda há muito por explorar, sobretudo na criação de soluções que integrem toda a família — espaços e experiências que promovam a saúde física, mental e emocional, de forma acessível, acolhedora e inovadora.

Vejo-me a trabalhar com equipas inspiradoras, a pensar estrategicamente, a desenhar conceitos com propósito e a tirar ideias do papel. O meu objetivo é continuar a construir, a contribuir e a usar o meu conhecimento financeiro e humano para apoiar projetos com alma. Quero continuar a ser um elo entre visão e execução, ajudando a transformar ideias em realidades que toquem a vida das pessoas de forma genuína e duradoura.