Visitar a bela cidade de Ponte de Sor irá brindá-lo com uma coleção de paisagens deslumbrantes, ora com as típicas extensas planícies repletas de sobreiros, ora com a Albufeira de Montargil como pano de fundo. Seja pela cultura, natureza ou desporto, Ponte de Sor é um destino de paragem obrigatória em todos os roteiros pelo Alentejo, tendo no turismo industrial uma das suas grandes bandeiras, convidando à visita do Museu Municipal de Ponte de Sor e do Centro Interpretativo de Molinologia de Foros de Arrão.
Ponte de Sor destaca-se pelo seu património natural. O concelho é marcado pelo montado de sobro e também pela água (Ribeira de Sor e Albufeira de Montargil). Por esse motivo, destaca-se o percurso pedestre PR1 – Percurso da Ribeira de Sor, cuja parte do trajeto é junto à margem da ribeira de Sor, na Zona Ribeirinha de Ponte de Sor, passando por antigos moinhos de água de rodízio. O PR2 – Olhar Montargil, tem uma componente urbana, dentro da vila de Montargil e passando pelos principais pontos históricos, nomeadamente no que respeita ao património religioso. Tem ainda uma componente rural que leva o visitante pelo meio da natureza permitindo vistas fabulosas sobre a Albufeira de Montargil, sendo este um dos pontos fortes da cidade, graças à possibilidade de se praticarem aí diversos desportos náuticos, atraindo muitos turistas. A Albufeira de Montargil é ladeada pela Estrada Nacional 2, sendo que Ponte de Sor faz parte da Rota da Estrada Nacional 2 que, nos últimos anos, tem sofrido uma grande intensificação trazendo muitos turistas ao nosso território. É, sem dúvida, um ativo que permite canalizar muitos visitantes, seja aqueles que vêm em busca de um carimbo no seu passaporte, seja aqueles que ficam por um tempo e desfrutam do que de melhor temos para oferecer.
Também a nível cultural, Ponte de Sor tem vindo a ganhar atrativos significativos, seja através do Centro de Artes e Cultura (antiga fábrica de moagem de cereais e descasque de arroz, atualmente convertida em espaço cultural – salas de exposição, biblioteca municipal, Centrum Sete Sóis Sete Luas, Arquivo Histórico Municipal, Museu Municipal, arte urbana e o Maior Mosaico do Mundo em Rolhas de Cortiça – record do Guiness), seja pelo Centro Cultural de Montargil e o recém inaugurado Centro Interpretativo de Molinologia de Foros de Arrão.
Este último, pretende dar a conhecer a sua inserção no contexto molinológico mundial, nacional e regional, fazendo a ligação ao moinho de vento de Foros de Arrão, próximo do espaço do Centro Interpretativo e aos espaços museológicos existentes no município, como o Museu Municipal. Neste espaço é ainda enfatizada a vertente da sustentabilidade e da educação ambiental, pois os moinhos usavam a água e o vento como fonte, energias renováveis, estabelecendo-se aqui a relação com as energias limpas, mudanças climáticas, a descarbonização e as novas tecnologias. Neste espaço são abordadas algumas temáticas, entre as quais Imaginários (dos moinhos), Saberes (dos moinhos), Moinhos do Mundo, Moinhos do Alto Alentejo e Moinhos do Futuro.
Neste Centro existe ainda o espaço do Funlab, uma sala lúdico-pedagógica, cujas atividades são organizadas de modo a que se adequem às várias faixas etárias, especialmente, ao Jardim de Infância, 1º ciclo do ensino básico e ao 2º ciclo do ensino básico que abordará a “Ciência dos moinhos” com uma cenografia de um laboratório futurista/nave espacial contendo elementos como o túnel do vento que permite a experimentação e aprendizagem do comportamento do ar como fluído, o seu movimento e aplicações técnicas.
A Caixa de Areia interativa com realidade aumentada e o chão interativo jogável que permite a projeção de jogos no chão e a respetiva interatividade quando este é pisado, com 3 níveis de dificuldade e menus temáticos. E as bancadas de apoio e plintos que servem para realizar outras atividades ou de apoio às mesmas, por exemplo relacionadas com a experimentação e diversão das crianças, contendo também, um micro-ondas para fazer cupcakes, um pequeno forno elétrico para cozer pequenos pães e uma máquina de pipocas.
Conheça a riqueza histórico-patrimonial desta cidade alentejana através do Museu Municipal de Ponte de Sor
O Museu Municipal de Ponte de Sor nasceu da necessidade de dar o devido enquadramento museológico ao património industrial do já centenário edifício da Fábrica de Moagem de Cereais e Descasque de Arroz de Ponte de Sor (1920-1980’s), no qual se instalou o seu núcleo central. Tratando-se de um Museu polinucleado, que inclui também dois núcleos externos. O núcleo central é constituído por duas salas de referência e por duas antigas secções industriais da Fábrica. A Sala 1 é dedicada à história e ao património do território concelhio em geral, numa perspetiva temática, que vai desde a sua ocupação no período da pré-história até aspetos ligados à cultura e à educação na época contemporânea, passando pela ocupação e configuração do território e pela sociedade através dos séculos. Na Sala 2 são abordados mais especificamente a história e o património da agricultura e da indústria do arroz no concelho, nos séculos XIX e XX, incluindo aspetos de economia, a ligação entre a cultura do arroz e a saúde pública e o caso concreto da Fábrica de Moagem e Descasque. Fazem também parte do núcleo central do Museu as antigas secções de moagem de farinha em rama e de descasque de arroz da Fábrica, que permitem um contacto próximo com o passado deste equipamento industrial. Para além do núcleo central, o Museu Municipal inclui dois núcleos externos, o do Mercado Municipal e o núcleo do Moinho da Zona Ribeirinha. O Museu Municipal de Ponte de Sor tem como principal objetivo a valorização e a divulgação do património e da história do território correspondente ao atual concelho de Ponte de Sor, estimulando ao mesmo tempo a contínua produção de conhecimento naqueles domínios. É, portanto, sem qualquer dúvida, o local ideal de promoção histórico-patrimonial para os visitantes de Ponte de Sor.
Ateste o seu paladar com as iguarias típicas de Ponte de Sor
Paralelamente a todo o património presente em Ponte de Sor, a cidade destaca-se ainda pela gastronomia tipicamente alentejana, com as migas (coentros e espargos) e a carne de porco, com destaque para os enchidos e o porco preto. Também o peixe do rio aqui é rei nas suas mais variadas formas: assado, frito ou sopa. O tradicional ensopado de borrego é de prova obrigatória, assim como a açorda alentejana, o sarrabulho, entre uma panóplia de iguarias bem apetecíveis. No final da refeição, para doçar a boca, não deixe de provar os doces de amêndoa e de gila, o bolo da bacia, os doces elaborados a partir de bolota, o bolo de mel, o bolo cigano de Montargil e a boleima de Ponte de Sor.