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Na cidade onde o vibrante e corajoso passado, marcado por históricas batalhas, contrasta em absoluto com a atual vida pacata dos habitantes, não faltam vestígios de um importante e vasto património material, classificado pelo UNESCO como Património da Humanidade, em 2012. Localizada bem perto da fronteira com Espanha, na cidade raiana de Elvas podemos encontrar um local tipicamente alentejano onde a gastronomia local e a hospitalidade dos elvenses se assumem como uns dos seus principais cartões de visita.

Elvas tem um património incrível a todos os níveis. Estão classificadas como Património da Humanidade todas as fortificações, as muralhas abaluartadas, as fernandinas e as duas cercas islâmicas, o centro histórico, o Forte da Graça, o Forte de Santa Luzia, o Fortim de São Pedro, o Fortim de São Mamede, o Fortim de São Domingos e o Aqueduto da Amoreira. Só estes monumentos com o selo UNESCO atribuem uma riqueza enorme à cidade, mas há muito mais a apreciar: 20 igrejas e sete conventos que nos contam a história de arte desde o século XIII, os museus, os restantes edifícios militares, a Casa da História Judaica, as judiarias, a mouraria, as vielas medievais merecem a visita de todos. Um património histórico que é o reflexo do passado glorioso de Elvas, várias vezes palco de importantes acontecimentos de relevo para a história de Portugal.

O melhor local para apreciar as gentes, os costumes e o território é o novo Museu de Arqueologia e Etnografia de Elvas, onde se conhece a história e a tradição da cidade desde o paleolítico até à atualidade. Pontos altos são também o Santuário do Senhor Jesus da Piedade com o seu valioso núcleo de milhares de ex-votos desde o século XVIII e também a Semana Santa e o Natal, quando as roncas, instrumento musical típico da região, saem à rua com os cantares alentejanos.

Paralelamente a todo este acervo, e como não poderia deixar de ser numa típica cidade alentejana, a gastronomia é sobejamente conhecida e Elvas acompanha essa qualidade e tradição. O Bacalhau Dourado, o porco alentejano, o borrego e a doçaria conventual com a sericaia e as ameixas de Elvas deixam água na boca.

O selo UNESCO que a Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e suas fortificações ostentam há mais de uma década leva a que o turismo seja, cada vez mais, uma importante alavanca para a economia local. Poucas são as atividades que crescem quase 10% ao ano e isso mexe com todas as áreas, dos restaurantes aos hotéis e ao comércio local. Por isso mesmo, o turismo em Elvas é e tem que continuar a ser uma missão de todos, liderada pela autarquia e tendo como parceira a Entidade Regional de Turismo. Todos contam, porque o património é dos elvenses e tem vários proprietários: as paróquias, os militares e os privados.